quinta-feira, 24 de maio de 2012

PIB da Região Sul depende de suprimento de gás natural

Workshop reúne entidades para discutir oferta e demanda do combustível para os Estados do Sul e para o Mato Grosso do Sul.

O impacto da falta de infraestruturas para atender as necessidades de gás natural das indústrias dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul pode afetar o Produto Interno Bruto (PIB) destes Estados - no caso do Paraná, o prejuízo pode chegar a R$ 100 bilhões por ano. Este foi um dos pontos destacados no workshop realizado na manhã (22) que discutiu as alternativas de suprimento de gás natural para a Região Sul. Participaram do evento, representantes das distribuidoras de gás natural, de órgãos e secretarias do governo, instituições e sindicatos, além de profissionais do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e da Petrobras.


De acordo com o diretor-presidente da Compagas (concessionária responsável pelo fornecimento de gás natural no Paraná), Luciano Pizzatto, além do prejuízo no PIB, com a falta de estrutura para o desenvolvimento através do gás natural, o Paraná deixa de gerar cerca de 450 mil novos empregos. "Seguindo a determinação do Governador do Paraná, Beto Richa, precisamos de alternativas que viabilizem a interiorização do combustível para agregar mais competitividade à indústria do Paraná, bem como de todo o Sul, possibilitando a criação de novos postos de trabalho e o aumento do PIB", declarou. O diretor-presidente da SCGÁS (concessionária de Santa Catarina), Cosme Polêse, compartilhou da mesma opinião: "o mapa de Santa Catarina começa a drenar a população para as regiões onde há a distribuição de gás. Uma política de interiorização deste desenvolvimento, se não praticável, é condenável. Temos que olhar nossos horizontes de uma forma mais ousada", destacou.
Entre as alternativas apontadas como possíveis para atender o atendimento da demanda, estão a recapacitação do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) com a ampliação dos city-gates e da compressão, além da construção de novos dutos interligando os pólos de consumo. Uma das alternativas é ligar um gasoduto oriundo do Gasbol a Londrina e expandi-lo, passando pelo interior de Santa Catarina, chegando ao município de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
As soluções apontadas partem de ações conjuntas das distribuidoras. Esta união é aprovada pelos órgãos federais, conforme as exposições feitas pelo Aldo Barroso, representante do Ministério de Minas e Energia (MME) e, por José Cesário, representante da Agência Nacional de Petróleo (ANP). "As distribuidoras, em conjunto, devem tomar iniciativas para ampliar a distribuição do combustível. Cito como exemplo, a instalação de um terminal de recebimento e regaseificação do gás natural liquefeito (GNL), as distribuidoras podem se reunir em consórcio, solicitar um financiamento e implantar o terminal em uma região que viabilize o fornecimento a todos", alega Cesário.
No entanto, de acordo com estudos realizados pela Petrobras, a ampliação do Gasbol é mais econômica do que a instalação de um terminal de GNL. "A Petrobras monitora permanentemente as variáveis do mercado e realiza estudos, isoladamente ou em conjunto com outras empresas, a fim de identificar oportunidades de ampliação do suprimento de gás natural à região Sul. A Petrobras continua comprometida com o desenvolvimento responsável e sustentado da indústria do gás natural", diz Luciana Bastos de Freitas Rachid, Gerente Executiva de Logística e Participações em Gás Natural da Petrobras.
A partir deste workshop, novas ações serão estruturadas pelas companhias para tornar as soluções apontadas factíveis com as demandas de todos os agentes envolvidos. O evento foi realizado, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), e organizado pelas distribuidoras de gás natural da Região Sul - Compagas, SCGÁS, Sulgás -, e do Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), e com as Federações das Indústrias dos Estados
FONTE: Notícias SCGÁS

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