quinta-feira, 12 de julho de 2012

Gás natural e novas tecnologias são debatidos no MME


“É importante para o Brasil promover discussões sobre o assunto e conhecer estudos de fontes confiáveis sobre o gás não convencional (Shale gas)”, destacou o Secretário-Executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, ao abrir o segundo dia do Seminário da Agência Internacional de Energia (AIE).

O evento, que ocorreu na segunda-feira (09 de julho) e terça (10 de julho), mostrou um panorama do mercado de gás não convencional no mundo e apresentou as tecnologias utilizadas para obtenção de uma matriz energética limpa e renovável. Os temas foram apresentados pelo Vice Diretor-Executivo da AIE, o Embaixador Richard Jones.

Em dois dias de Seminário, Jones falou de duas publicações da AIE: Perspectivas Tecnológicas de Energia 2012: Caminhos para um Sistema de Energia Limpa (Energy Technology Perspectives 2012: Pathways to a clean Energy System) e o relatório da AIE intitulado “Regras de Ouro para uma Era de Ouro do Gás Natural (Golden Rules for a golden age of gás)”. Na terça-feira, 10 de julho, ao apresentar relatório sobre gás natural, Jones disse que os governos precisam ter medidas regulatórias para as preocupações que podem ser geradas a partir da produção do gás não convencional. Segundo Jones, “para alcançar essa era de ouro, o governo, as indústrias, e as partes interessadas devem trabalhar em conjunto para abordar de forma eficiente impactos associados”, disse.

Na avaliação do Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Marco Antônio Almeida, a produção de gás não convencional no Brasil deve levar um pouco mais de tempo para se tornar realidade. Para o Secretário, “o objetivo é que essa oportunidade se transforme, na verdade, numa produção efetiva, numa melhora nas condições para o mercado brasileiro de gás natural”, afirmou.

“Produzir gás não convencional requer investimento em infraestrutura e equipamentos. Além disso, também é um desafio mostrar à sociedade brasileira que o gás e óleo não convencional têm mais benefícios que problemas. Esse trabalho em grande parte é nosso: Governo brasileiro e Agência Nacional do Petróleo, Gás Naturais e Combustíveis, que são responsáveis pelo desenvolvimento do setor de petróleo no país. A condução de um trabalho conjunto é fundamental para que a produção de gás não convencional seja bem sucedida”, declarou.


Perspectivas Tecnológicas de Energia 2012


Com o objetivo de ressaltar a relevância das fontes renováveis na matriz energética mundial, o primeiro dia do Seminário da Agência Internacional de Energia foi dedicado à apresentação do livro Perspectivas Tecnológicas de Energia 2012: Caminhos para um Sistema de Energia Limpa (Energy Technology Perspectives 2012: Pathways to a clean Energy System).

O representante da AIE apresentou os objetivos que o documento, intitulado ETP 2012, traz para que o aproveitamento de ferramentas tecnológicas e fontes limpas sejam utilizadas para fortalecer a matriz de energia mundial, bem como limitar alterações climáticas e promover um futuro energético limpo, seguro.

“Os desafios estão muito claros. Nós podemos aproveitar as tecnologias e os potenciais energéticos para alcançar metas”, disse Richard Jones.

Destacando a participação de fontes renováveis na matriz brasileira, o Secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Moacir Bertol, declarou que “a participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira atualmente é cerca de 47%. A Perspectiva para o planejamento decenal, até 2020, é que a participação destes recursos alcance 47,7 % até o final da década”, completou.

Jones informou que a Agência Internacional de Energia está elaborando, em conjunto com o Brasil e outros parceiros, um roteiro para o desenvolvimento sustentável de hidroeletricidade. O documento deve ser finalizado nos próximos meses.


Fonte: Ministério de Minas e Energia

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