segunda-feira, 13 de abril de 2015

Oferta de gás para o Sul pode ser aumentada em 15 milhões de m³/dia

Os estados do Sul poderão contar com o incremento de até 15 milhões de m³/dia na oferta de gás natural para a região até 2020. O cenário está em um estudo elaborado pela Chemtech em parceria com a Gas Energy e a Vortex, que indica a viabilidade do novo suprimento a partir da combinação de três projetos estruturantes a serem implantados.
De acordo com o estudo, cerca de 30% do novo volume pode ser obtido com a recompressão do Gasbol a partir do trecho Sul em Campinas (SP). Em uma estimativa conceitual, seria necessária a construção de seis estações de compressão no trecho para redirecionar uma parcela do gás boliviano importado que atende a região Sudeste.
A alternativa prevê uma operação de swap, em regulamentação pela ANP, onde o Sudeste receberia um volume adicional de GNL importado por meio do terminal de regaseificação do Rio de Janeiro, para compensar a parcela de gás direcionada para o Sul. O custo da importação seria arcado pelos estados do Sul como forma de viabilizar a operação.

Outra parte do volume seria obtido com a instalação de um terminal de regaseificação em Rio Grande (RS). A unidade, que já é prevista em um projeto integrado de geração do Grupo
Alternativamente, a Chemtech considerou que este volume poderá ser disponibilizado com a liquefação do gás natural produzido no pré-sal em uma futura embarcação do tipo FLNG (floating liquefied natural gas), em estudo na Petrobras, que abasteceria o terminal do Rio Grande., contribuiria com um volume da ordem de 8 milhões de m³/dia, correspondente a capacidade de regaseificação da planta não utilizada pela usina térmica do projeto. Esta sobra de gás seria injetada na ponta do Gasbol em Porto Alegre (RS).
A terceira ação prevê o suprimento a partir de uma planta de gaseificação de carvão com capacidade para produzir cerca de 2 milhões de m³/dia de gás. A tecnologia de conversão do carvão jé está em estudo na região em um projeto da Copel, no Rio Grande do Sul.
A importação de gás da Argentina por meio do gasoduto de Uruguaiana foi considerada inicialmente, mas descartada em função do custo do combustível, considerado inviável.
Segundo o gerente do projeto na Chemtech, Leandro Russo, foram consideradas cerca de dez alternativas no início do estudo. “Chegamos a esse modelo levando em conta principalmente características da infraestrutura na região como a boa oferta de instalações portuárias”, explicou.
A demanda projetada para a região foi levantada através de pesquisas de mercado realizadas pela Gas Energy e a Vórtex, considerando o potencial de consumo de indústrias tradicionais no Sul, como cerâmicas e metalúrgicas, que utilizam óleo combustível e GLP. O volume maior é previsto para o Paraná (56%), seguido do Rio Grande do Sul (28%) e Santa Catarina (16%).
O trabalho foi encomendado pelas federações de industrias da região Sul, lideradas pela Fiergs.

Fonte: Brasil Energia

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