segunda-feira, 13 de março de 2017

Gás natural distribuído para geração de energia deve viver era de ouro, aponta estudo

Concorrência com sistemas de armazenamento é uma das tendências apontadas para usinas de pequeno porte abastecidas pelo insumo, segundo Navigant.
O gás natural para a geração de energia por pequenas usinas, especialmente em unidades de cogeração, deve experimentar uma “era de ouro” nos próximos cinco anos no cenário global, avalia a empresa internacional de consultoria Navigant Research. Normalmente essas usinas estão conectadas a redes de distribuição de gás natural e ligadas a redes de baixa tensão.
De acordo com a empresa, a fonte de energia pode viver uma nova era de testes de tecnologias que serão usadas em novos modelos de negócio e em novos mercados.

Entre as tendências apontadas pela Navigant está a possível concorrência do gás natural com sistemas de armazenamento de energia e uma possível busca de fornecedores de células de combustível por mercados externos, de olho numa recuperação após um difícil ano de 2016. Outra possível tendência é do reconhecimento de entes regulatórios dos benefícios da localização e da partida rápida de empreendimentos conectados em redes de distribuição de gás natural.
Abundante, flexível e de baixo risco
Alguns fatores-chave explicam o bom momento que a geração distribuída a gás pode experimentar. Um deles é a abundância do gás natural no mercado mundial, a preços baixos. De acordo com o estudo, o combustível vem alcançando mercados globais e mantendo-se como fontes economicamente viáveis na grande maioria dos países no médio e longo prazo, especialmente após o boom do gás não-convencional na América do Norte, buscando regiões como China, África e boa parte da América Latina.
Outro fator de crescimento é o aumento da base instalada de energia renovável intermitente, que vai continuar demandando níveis crescentes de geração flexível.
“Como sendo uma tecnologia estabilizada e de baixo risco, o DNG [gás natural distribuído, na sigla em inglês] vai desempenhar um papel-chave na rede, juntamente com o mercado de armazenamento de energia, que vive uma acelerada expansão”, disse a Navigant no estudo, ressaltando que a adição de nova capacidade instalada eólica e solar no mundo entre 2016 e 2020 deve totalizar 547 GW, mais que a soma do total implementado na Alemanha e no Japão.
O armazenamento de energia, avalia, está com os preços em queda e está sendo visto como a resposta mais importante para os problemas que a intermitência causa, com apoio de órgãos reguladores. “No entanto, a expansão da transmissão e o armazenamento podem ser vistos como necessários, mas insuficientes na corrida para integrar as energias renováveis”.
Fonte: Brasil Energia

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