O aumento do preço de combustíveis como a gasolina, o diesel e o etanol, anunciado no início de fevereiro, fez aumentar a procura para a conversão de veículos em gás natural veicular (GNV) em Londrina. Em algumas oficinas a demanda cresceu 30% nas últimas semanas. De olho neste potencial de consumo da nova frota, a cidade vai ganhar em março um segundo posto para fornecimento do combustível.
Em alguns casos, a economia pode chegar a 50% no quilômetro rodado. Para incentivar o uso do GNV, no Paraná, há um desconto de 60% no valor da alíquota do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O gás natural é considerado um dos combustíveis mais limpos por quase não emitir monóxido de carbono, em virtude da ausência de enxofre na sua composição.
Segundo Danilo de Azevedo, de 43 anos, proprietário de uma oficina mecânica especializada na conversão de veículos em GNV, já há fila de espera de clientes interessados em realizar a mudança. “Sem dúvida o GNV é a melhor opção em termos de economia e também na questão ambiental. Tenho clientes que antes gastavam R$ 1,7 mil de combustível por mês e agora o valor não passa de R$ 800″, relata o empresário.
A maioria do público consumidor do gás natural é formado por frotistas e pessoas que percorrem muitos quilômetros diariamente, porém já há interesse por parte de motoristas não profissionais. “Oitenta por cento dos meus clientes trabalham com o veículo, mas já tem gente que nos procura com essa visão de economia, de pagar menos imposto, além da preocupação com o meio ambiente”, frisa Azevedo.
Este é o caso do gestor de produção Rodrigo Tozatti, de 37 anos, proprietário de uma caminhonete S-10 que recentemente gastou R$ 4,5 mil para fazer a conversão. “Por ser um veículo pesado, o consumo é maior. E mesmo usando o carro da casa para o trabalho apenas resolvi mudar. Com o mesmo valor, eu andava 114 quilômetros com gasolina. Agora com GNV, eu percorro 215″, garante.
Tozatti está satisfeito com a mudança e acredita que a procura pelo gás natural tende a aumentar com o passar do tempo. “Na minha caminhonete o sistema é todo eletrônico e ela quase não perde potência com o GNV. Você não sente diferença na troca de combustível. A minha mulher, mesmo tendo um carro popular, já viu a economia que estou fazendo e está pensando em converter o dela também”, relata.
Segundo a Associação dos Taxistas de Londrina são poucos os táxis equipados com GNV na cidade. Para o presidente da entidade, Antônio Pereira da Silva, a falta de uma gasoduto e a existência de, por enquanto, apenas um posto no município acaba afastando mais interessados. “São motivos que trazem muitas vantagens econômicas. Outro detalhe é que diversos taxistas em Londrina trabalham com carros 1.0 e fazendo a conversão o equipamento ocupa todo o porta-malas e o carro perde potência”, frisou.
O taxista Amauri Correia vai na contramão. Desde 2007 equipa seus carros com o conversor para GNV e não se arrepende. “O valor de um litro de álcool e de um metro cúbico de GNV é o mesmo. Antes eu andava seis quilômetros com um litro, agora faço 11″, compara.
O novo posto de fornecimento de GNV em Londrina entra em funcionamento até março e será instalado na Avenida Tiradentes, próximo ao Parque de Exposições Governador Ney Braga.
Fonte: Folha de Londrina (PR)
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