A venda de gás natural no Brasil e sua política de
ofertas e preços foi discutida nesta quinta-feira (10/05), na sede da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em reunião do Conselho Superior
de Infraestrutura (Coinfra).
Ao discorrer sobre a Lei do Gás e as dificuldades de
implementar novos gasodutos pelo Brasil, a diretora do Departamento de Gás
Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine de Santa Araújo,
defendeu o uso do gás natural para o futuro, apontando-o como mais vantajoso que
outros combustíveis.
"Se o gás natural tiver segurança e preço, ninguém ganha
dele no mercado”, afirmou, ressaltando sua vantagem em relação os energéticos
concorrentes. “Ele é energética e ambientalmente superior. Sua competitividade
hoje é diretamente ligada à oportunidade e preço", apontou Symone, que também
ressaltou os desafios a ser enfrentados no processo de expansão dos gasodutos
pelo país.
Em sua avaliação, um dos desafios é o pioneirismo, pois
“tudo é muito novo para todo mundo”. Outra questão complicada, segundo Symone, é
a dos prazos para o cumprimento das etapas desde os estudos de expansão até a
conclusão das licitações. Ela exemplificou: “É como trocar o pneu com o carro
andando. Obtenção de informação suficiente para fazer planejamento também é
importante para ganhar respeito até da
indústria".
Desconhecimento
O presidente do Conselho de Administração da Gas Energy,
Marco Tavares, concordou com a diretora do Ministério de Minas e Energia. Ele
apresentou um estudo intitulado Política de Oferta e Preços do Gás Natural,
segundo o qual o problema está no desconhecimento e na descrença por parte das
empresas e dos consumidores em relação ao potencial do mercado de gás.
"O gás não tem problema de competitividade, mas sim de
credibilidade. [As pessoas e as empresas] não acreditam no potencial do gás
natural. Não há cultura de uso de gás no Brasil", analisou Tavares, completando
com uma crítica ao monopólio de venda e, também, à atitude das empresas em não
divulgar este combustível.
"É uma estrutura muito aquém do que poderia ser, dado o
tamanho da economia brasileira. Onde está o mercado? Não temos parâmetros de
competição”, afirmou, argumentando que outros mercados possuem ofertantes,
compradores, energéticos para brigar. “Aqui não temos isso. É 100% vendido por
única empresa. E as outras que descobrem o gás não divulgam, ficam esperando
para ver o que vai acontecer.”
Na visão de Tavares, se o Brasil mantiver esse "mercado
monopolista" corre o risco de não olhar para frente e perder ainda mais terreno
para a vizinha Argentina, por exemplo. “A Comgás hoje vende no país 12 milhões
de metros cúbicos por dia, o equivalente a 1/4 do que é vendido em Buenos Aires,
quando deveria vender 60 milhões”, concluiu.
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FONTE: Agência Indusnet Fiesp
|
O objetivo deste blog é agregar conhecimento e partilhar informações referentes sobre as diversas fontes de Energia que possuímos. Tentaremos dar uma ênfase maior nas Energias renováveis, sejam elas oriundas de recursos naturais, ou seja, os que são naturalmente reabastecidos, como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica, ou ainda os de biomassa e biogás. As energias renováveis são o presente e, ao mesmo tempo, o futuro da produção mundial de eletricidade.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Desconhecimento trava crescimento da venda de gás natural no Brasil
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