O impacto da falta de infraestruturas para atender as necessidades de gás
natural das indústrias dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul
e do Mato Grosso do Sul pode afetar o Produto Interno Bruto (PIB) destes Estados
- no caso do Paraná, o prejuízo pode chegar a R$ 100 bilhões por ano. Este foi
um dos pontos destacados no workshop realizado na manhã (22) que discutiu as
alternativas de suprimento de gás natural para a Região Sul. Participaram do
evento, representantes das distribuidoras de gás natural, de órgãos e
secretarias do governo, instituições e sindicatos, além de profissionais do
Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e da
Petrobras.
De acordo com o diretor-presidente da Compagas (concessionária
responsável pelo fornecimento de gás natural no Paraná), Luciano Pizzatto, além
do prejuízo no PIB, com a falta de estrutura para o desenvolvimento através do
gás natural, o Paraná deixa de gerar cerca de 450 mil novos empregos. "Seguindo
a determinação do Governador do Paraná, Beto Richa, precisamos de alternativas
que viabilizem a interiorização do combustível para agregar mais competitividade
à indústria do Paraná, bem como de todo o Sul, possibilitando a criação de novos
postos de trabalho e o aumento do PIB", declarou. O diretor-presidente da SCGÁS
(concessionária de Santa Catarina), Cosme Polêse, compartilhou da mesma opinião:
"o mapa de Santa Catarina começa a drenar a população para as regiões onde há a
distribuição de gás. Uma política de interiorização deste desenvolvimento, se
não praticável, é condenável. Temos que olhar nossos horizontes de uma forma
mais ousada", destacou.
Entre as alternativas apontadas como possíveis para atender o atendimento
da demanda, estão a recapacitação do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) com a
ampliação dos city-gates e da compressão, além da construção de novos dutos
interligando os pólos de consumo. Uma das alternativas é ligar um gasoduto
oriundo do Gasbol a Londrina e expandi-lo, passando pelo interior de Santa
Catarina, chegando ao município de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
As soluções apontadas partem de ações conjuntas das distribuidoras. Esta
união é aprovada pelos órgãos federais, conforme as exposições feitas pelo Aldo
Barroso, representante do Ministério de Minas e Energia (MME) e, por José
Cesário, representante da Agência Nacional de Petróleo (ANP). "As
distribuidoras, em conjunto, devem tomar iniciativas para ampliar a distribuição
do combustível. Cito como exemplo, a instalação de um terminal de recebimento e
regaseificação do gás natural liquefeito (GNL), as distribuidoras podem se
reunir em consórcio, solicitar um financiamento e implantar o terminal em uma
região que viabilize o fornecimento a todos", alega Cesário.
No entanto, de acordo com estudos realizados pela Petrobras, a ampliação
do Gasbol é mais econômica do que a instalação de um terminal de GNL. "A
Petrobras monitora permanentemente as variáveis do mercado e realiza estudos,
isoladamente ou em conjunto com outras empresas, a fim de identificar
oportunidades de ampliação do suprimento de gás natural à região Sul. A
Petrobras continua comprometida com o desenvolvimento responsável e sustentado
da indústria do gás natural", diz Luciana Bastos de Freitas Rachid, Gerente
Executiva de Logística e Participações em Gás Natural da Petrobras.
A
partir deste workshop, novas ações serão estruturadas pelas companhias para
tornar as soluções apontadas factíveis com as demandas de todos os agentes
envolvidos. O evento foi realizado, na Federação das Indústrias do Estado do
Paraná (FIEP), e organizado pelas distribuidoras de gás natural da Região Sul -
Compagas, SCGÁS, Sulgás -, e do Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Conselho
de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), e com as Federações das
Indústrias dos Estados
|
FONTE: Notícias SCGÁS
|
O objetivo deste blog é agregar conhecimento e partilhar informações referentes sobre as diversas fontes de Energia que possuímos. Tentaremos dar uma ênfase maior nas Energias renováveis, sejam elas oriundas de recursos naturais, ou seja, os que são naturalmente reabastecidos, como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica, ou ainda os de biomassa e biogás. As energias renováveis são o presente e, ao mesmo tempo, o futuro da produção mundial de eletricidade.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
PIB da Região Sul depende de suprimento de gás natural
Workshop reúne entidades para discutir oferta e demanda do combustível
para os Estados do Sul e para o Mato Grosso do Sul.
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