quinta-feira, 20 de junho de 2013

Gás natural deverá ganhar importância em transportes

A demanda de gás no transporte rodoviário cresceu dez vezes entre 2000 e 2010, mas o gás de baixo custo nos EUA, resultado do boom da produção de gás de xisto, e preocupações com a poluição do ar e com a dependência de petróleo na China poderiam ajudá-lo a se tornar um combustível mais popular, disse a AIE.
Na sua perspectiva de cinco anos, a agência disse que espera que o uso do gás natural no transporte rodoviário suba para 98 bilhões de metros cúbicos até 2018, cobrindo cerca de 10% das necessidades energéticas incrementais no setor de transportes. De acordo com a AIE, essa mudança deverá reduzir o crescimento de médio prazo da demanda de petróleo e atingirá menos os biocombustíveis e carros elétricos.
“O gás já é um grande combustível na geração de energia”, mas, nos próximos cinco anos, ele também deverá “emergir como um importante combustível para transporte, impulsionado pela oferta abundante, assim como pelas preocupações com a dependência do petróleo e a poluição do ar”, disse Maria van der Hoeven, diretora-executiva da AIE.

A AIE disse que o gás teve um potencial significativo para utilização em transporte pesado, como o ferroviário, embora essa evolução seja improvável nos próximos cinco anos.
Apesar deste novo fator de demanda, a AIE também destacou desafios para o gás em todas as grandes regiões, incluindo o contínuo uso de carvão na América do Norte, a fraca demanda na Europa e às dificuldades de produção no Oriente Médio e na África.
Embora a agência ainda veja os próximos cinco anos como uma “Idade de Ouro” do gás, a sua mais recente previsão de médio prazo reduz a projeção de demanda de cinco anos em 75 bilhões de metros cúbicos em comparação com o sua perspectiva de 2012.
No entanto, a demanda mundial de gás natural deverá aumentar 15,6% nos próximos cinco anos para chegar a 3,962 trilhões de metros cúbicos, ante o nível atual.
China deve se manter como principal motor da demanda, respondendo por 30% do crescimento global nos próximos cinco anos. O país deve se tornar o quarto maior produtor de gás do mundo, mas ainda irá absorver um terço do aumento esperado da oferta de gás natural liquefeito e todo o aumento da produção da Ásia Central, disse a AIE.
Os EUA deverão continuar a dominar o crescimento da oferta, o que representa mais de um quinto do aumento da produção mundial de gás, à medida em que continua a explorar suas reservas de gás de xisto.

Fonte: Dow Jones Newswires.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Estados do Sul planejam integrar redes

Ainda que cada estado da região Sul tenha seu plano alternativo para o esgotamento da capacidade de distribuição do Gasbol, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul planejam que as futuras redes sejam integradas.

Em Santa Catarina, um terminal semelhante ao paranaense está projetado para o porto de São Francisco. No Rio Grande do Sul, o mesmo está previsto para Porto Alegre. Com as três linhas em funcionamento, a previsão é de que os estados passem, inclusive, a fornecer o eventual gás excedente para São Paulo. “Com gasodutos ampliados, os três estados podem fornecer gás para o restante do Brasil, principalmente o Paraná, pela proximidade geográfica”, afirma o presidente da Compagas, Luciano Pizzatto.


Os três estados também negociam com o Ministério de Minas e Energia para que uma ramificação seja puxada a partir de Penápolis, no interior de São Paulo, aproveitando parte do gás boliviano. O projeto, no entanto, está parado.



Funil

A capacidade do Gasbol está esgotada porque o duto diminui de tamanho quando sai de São Paulo em direção ao Sul. Enquanto no Sudeste o canal tem 32 polegadas de diâmetro, a largura reduz para 24 e 16 polegadas quando o canal desce o mapa. “É uma limitação física que existe em função da engenharia de como o duto foi feito. A integração de novos dutos é benéfica para todos os estados”, afirma o professor do departamento de energia, petróleo e gás da PUC-RS, Armando Emmendoerfer.

Fonte: Gazeta do Povo