segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Nova fonte de gás no Paraná

Um dos principais projetos da Compagas para 2017 é analisar, por quatro meses, a viabilidade da produção de biogás e biometano com agricultores do interior
O biogás pode ser a nova alternativa da Compagas para desenvolver o mercado de gás natural no interior do estado paranaense. A distribuidora montou um projeto com a Castrolanda, empresa do segmento agropecuário, para estudar a viabilidade técnica e econômica da produção de biogás e biometano na região de Castro, no Paraná.
Aliás, a Compagas tem grandes planos para 2017, quando pretende investir R$ 25 milhões para chegar ao fim do ano com uma rede de distribuição de gás natural de 815 km no Paraná. Outra meta da concessionária é ampliar sua carteira de clientes em 10%, além de dar início a novos projetos de pesquisa e desenvolvimento, como o de biogás com a Castrolanda.

A pedido da Brasil Energia, a Compagas compartilhou os detalhes desse projeto. O termo de cooperação assinado pelas duas empresas foi estruturado em cinco etapas. Na primeira, serão colhidas informações socioeconômicas da região pecuarista onde o empreendimento viria a ser executado. Em seguida, uma equipe designada pelas empresas vai apresentar as normas e os regulamentos técnicos pertinentes ao projeto.
A terceira é a fase de dimensionamento das alternativas disponíveis para o aproveitamento de biogás e biometano e, claro, o orçamento de cada uma delas. Depois, a ideia é que a equipe comece a delinear as soluções viáveis para o projeto de acordo com o modelo de negócios da Compagas e da Castrolanda e, por fim, as empresas vão analisar os resultados do estudo para que possam decidir se o investimento trará o retorno esperado.
Prazo definido
Todas as etapas do estudo serão realizadas nos próximos quatro meses, de acordo com a distribuidora paranaense, controlada pela Copel. “A Compagas tem muito interesse em desenvolver essa fonte energética no Paraná. [O biogás] permite a interiorização e o desenvolvimento do mercado de gás natural, além de servir como instrumento de sustentabilidade para a cadeia do agronegócio e de gerenciamento de resíduos sólidos”, de acordo com a concessionária de gás natural.
Atualmente, 849 produtores agropecuários de Castro são associados à Castrolanda. Os subprodutos dessas atividades, resíduos de origem vegetal e animal, são reaproveitados por biodigestores na produção de biometano, produto de composição praticamente idêntica à do gás natural. Além de aumentar a oferta de um energético de alto poder calorífico, há também benefícios para o meio ambiente, já que alguns subprodutos, como esterco e estrume, emitem grande quantidade de gases de efeito estufa para a atmosfera, como o gás metano (CH4).
Outras frentes para biogás
A concessionária coordena outro projeto de análise de viabilidade técnica relacionada a biogás e biometano, fruto de uma parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).
O foco desse estudo são as pequenas e médias propriedades rurais, cooperativas, granjas e também empresas instaladas na região oeste do Paraná, que, juntas, podem aumentar significativamente o volume de biogás produzido no estado.

Fonte: Brasil Energia Online

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