terça-feira, 31 de março de 2015

Compagas inicia operação da rede de gás natural na região metropolitana de Curitiba em maio

A Compagas irá ligar o seu primeiro cliente à rede de distribuição construída no projeto Nordeste Região Metropolitana de Curitiba, trata-se de uma indústria instalada em Quatro Barras. Ligando os municípios de Colombo, Quatro Barras, Pinhais e Campina Grande do Sul, o projeto tem conclusão prevista para dezembro de 2015, mas a operação de parte dos 30 km de rede que já estão concluídos será iniciada em maio. O investimento da Compagas no projeto, superior a R$ 23 milhões, irá permitir, até o fim das obras, a execução de uma linha tronco e de ramais de distribuição de gás natural nas quatro cidades que somam 35 km.

Gás na RMC
Antes mesmo do início das obras, o gás natural já estava presente nos municípios contemplados pelo projeto Nordeste RMC através do sistema de gás natural comprimido (GNC). Nesta tecnologia, o gás natural é armazenado em conjuntos de cilindros por meio de compressores especiais, que são transportados até os pontos de consumo em carretas e/ou caminhões. Ao chegar ao local de consumo, o conjunto de cilindros é descarregado e conectado a uma estação de descompressão e regulagem, possibilitando, o consumo final. Tal processo é contínuo para garantir o fornecimento ininterrupto do gás natural. Em Colombo, quatro postos de combustível utilizam o sistema de GNC e comercializam o gás natural veicular (GNV), em Pinhais também há um posto de combustível com o GNV e em Quatro Barras a indústria têxtil Michel Thierry opera com o gás natural comprimido desde 2010.
Uma das principais vantagens do gás natural comprimido é a criação de novos mercados de consumo em localidades não atendidas por redes de distribuição, possibilitando a utilização do gás natural em substituição a outros combustíveis. O Projeto Nordeste RMC é uma das constatações desta vantagem, uma vez que o gás natural chegou à região antes mesmo da rede, criando um polo de consumo para o combustível.
Sobre a Compagas: A concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Estado do Paraná completou 20 anos em 2014.  Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia – Copel, com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%. Em março de 2000, a empresa passou a ser a primeira distribuidora do Sul do país a fornecer o gás natural aos seus clientes, com a inauguração do ramal sul do gasoduto Bolívia – Brasil (Gasbol). Atualmente, a Compagas conta com mais de 25 mil clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica e atendimento a 16 municípios: Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, São Mateus do Sul, Pinhais, Paranaguá, Londrina, Carambeí e Castro.

Fonte: Comunicação Compagas

segunda-feira, 30 de março de 2015

Bilhões do gás

A produção de gás natural está crescendo no Brasil e deve ganhar uma nova escala até 2020, o que demandará também um grande volume de novos investimentos em escoamento. Nas contas da consultoria Wood Mackenzie, serão necessários US$ 6 bilhões em cinco anos para a construção de novos gasodutos no mar e para a ampliação de redes já existentes em terra.

Compra e venda
O diretor da Wood Mackenzie na América Latina, Eric Eyberg, conta que há muitos investidores interessados em adquirir ativos no setor de distribuição e transporte de gás no País. Depois que a Petrobras anunciou a venda de ativos no segmento, a consultoria já foi procurada por três empresas interessadas em investir na compra de participações.

Fonte: Jornal do Commercio (RJ)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Compagas alcança faturamento recorde em 2014

No ano em que completou 20 anos de fundação, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) atingiu uma conquista histórica. O resultado de vendas foi o maior já registrado pela companhia e chegou à média de 2.803.114 m³/dia, volume de gás que representa alta de 169% em relação ao comercializado em 2013, de 1.042.123 m³/dia. O incremento de mais de 1,7 milhões de m³/dia é explicado pelo contrato assinado com a Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA) no valor de R$ 1,5 bilhões, para uso do gás natural na geração de energia elétrica. Como consequência, o contrato com a UEGA possibilitou à empresa o faturamento recorde de R$ 2,03 bilhões, valor cinco vezes maior do que o registrado em 2013, quando a receita bruta foi de cerca de R$ 480 milhões.
A crise do setor elétrico brasileiro abriu uma oportunidade para o crescimento do gás natural na matriz energética do país e no Paraná não foi diferente. Além do volume utilizado pela UEGA, a utilização do gás natural para a geração de energia elétrica por indústrias em horários de pico, registrou crescimento de 113% em relação a 2013.
Com o incremento de 24% em relação ao ano anterior no número de clientes, o segmento residencial fechou 2014 com 25.466 unidades domiciliares com o gás natural.  O aumento de mais de 5 mil clientes elevou o consumo de gás e a média diária de consumo passou de 14.058 m³, em 2013, para 15.241 m³ em 2014. Tais resultados possibilitaram à Compagas encerrar o ano com participação de 3% no volume nacional de gás natural comercializado, permanecendo como a 3ª maior distribuidora em número de consumidores residenciais, totalizando 26.052 clientes em todos os segmentos.

Em 2014, a companhia também fechou contrato com mais 15 indústrias. Destaque para a Evonik, primeira indústria do município de Castro a fechar contrato com a Compagas, que tem e consumo estimado em 15 mil m³/dia de gás natural como matéria-prima na linha de produção. Na comparação nacional, o consumo das indústrias paranaenses, que foi de 342,5 milhões de m³ em 2014, representa 2,77% do total de gás natural utilizado pelo setor.
O segmento veicular registrou um aumento de 1,37% no número de usuários de GNV na comparação com 2013. Em 2014, 450 carros passaram a integrar a frota de veículos a gás natural no Paraná, sendo Curitiba o município que registou o maior crescimento, com 110 veículos. O volume comercializado para o segmento foi de 32,8 milhões de m³ do combustível, média diária de 90.100 m³. Para 2015, a expectativa é de crescimento em virtude do reajuste do custo dos combustíveis líquidos.
INVESTIMENTOS APLICADOS – Em 2014, a companhia deu continuidade à expansão da infraestrutura de sua rede de distribuição, com o objetivo de criar condições para o atendimento de novos consumidores. No período, a malha de dutos cresceu 80 km, totalizando 726 km, aumento de 12% em relação a 2013. Este crescimento exigiu investimentos totais de R$ 81,4 milhões.
PUBLICAÇÃO – Todas as informações relacionadas ao desempenho da Compagas em 2014 estão no Relatório de Administração da Companhia, publicado na sexta-feira (20) no Diário Oficial do Estado do Paraná e no jornal Gazeta do Povo. As demonstrações estão disponíveis também no site da Compagas 
Fonte: Notícias Compagas

segunda-feira, 23 de março de 2015

Portaria da Aneel deverá elevar procura por gás natural

A demanda por gás natural em indústrias e grandes comércios deve apresentar elevação nos próximos meses em razão da portaria 44 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que entrou em vigor neste mês. O texto, assinado pelo ministro Eduardo Braga, de Minas e Energia, determina que os agentes distribuidores – no caso da Grande São Paulo, a AES Eletropaulo – devem realizar chamada pública para incentivo à geração própria por parte dos consumidores. O estímulo será feito por meio de crédito na fatura dos estabelecimentos que gerarem a própria energia e a disponibilizarem à rede de distribuição.
A medida inclui apenas os clientes do chamado Grupo A, que recebem energia em alta tensão. Se enquadram nesse perfil as indústrias e centros comerciais de grande porte, como shoppings, clubes e hospitais. Segundo o gerente de marketing industrial da Comgás, Ricardo Vallejo, cerca de 95% desses consumidores possuem geradores, que podem ser movidos a diesel ou a gás natural – sendo a última opção mais barata e mais limpa do que o óleo. Esses equipamentos costumam ser ligados entre 17h30 e 20h30, o chamado horário de ponta, no qual a tarifa é mais cara em razão da elevação na demanda. Nesse período, é mais vantajoso utilizar o gás como fonte de abastecimento, diz Vallejo.
 “O governo viu que há um potencial de empresas com polos geradores, mas que ficavam por 21 horas em ociosidade. Então, por que não comprar essa energia excedente?”, explica o gerente. Vallejo afirma que a utilização do gás, “que já era vantajosa, vai somar um incremento de receita”. A portaria determina que “a energia gerada deverá ser comprovada por meio de medição individual instalada na unidade de geração própria” e que “o pagamento poderá ser feito, prioritariamente, mediante crédito concedido na fatura de consumo e/ou do uso do sistema de distribuição”.
Há dois tipos de geradores a gás: os que utilizam apenas esse tipo de combustível e os modelos flex, que também podem ser movidos a diesel. “Nos bicombustíveis, a economia de energia é de aproximadamente 30%. Já nos que são exclusivamente a gás, o gasto diminui entre 45% e 50%”, acrescenta.
A Comgás não informa o valor para instalação de sistema a gás natural nos empreendimentos, pois o gasto varia conforme o tamanho da empresa e do tipo do motor que será utilizado. Entretanto, Vallejo garante que o retorno do investimento pode ser obtido em 15 a 18 meses. Ele estima que, após a regulamentação da portaria e a publicação dos editais de chamada pública e da vigência dos Contratos de Adesão de Geração Própria, o prazo para retorno deverá cair para apenas dois meses.

CRISE HÍDRICA – A escassez em diversas regiões do País e os recentes reajustes anunciados pelo governo federal nas tarifas de energia elétrica fizeram com que aumentasse o interesse por fontes alternativas de energia. A companhia informa que, desde o fim do ano passado, “a procura por projetos de cogeração e climatização aumentou cerca de 20%”. Não foi informada, entretanto, a estimativa de crescimento desse mercado para o Grande ABC nos próximos anos, pois os números são classificados como estratégicos.
INVESTIMENTO – Até 2021, a Comgás planeja investir aproximadamente R$ 210 milhões para expandir a rede de tubulações no Grande ABC – o que equivale a R$ 30 milhões por ano. A informação é do gerente regional da companhia, Silvio Renato Del Boni, que participou na semana passada de evento no campus da UFABC (Universidade Federal do ABC) em Santo André para comentar sobre o plano de crescimento da empresa nos sete municípios. Atualmente, quase 116 mil clientes utilizam o gás natural na região, sendo a maioria ligações residenciais. Cerca de 5% (aproximadamente 5,8 mil) são dos segmentos da indústria, comércio e serviços. A estimativa da companhia é elevar o total em 12 mil clientes por ano, o que representa crescimento anual próximo a 10%.
Segundo Del Boni, o tamanho da rede terá aumento significativo nesses sete anos. “O nosso crescimento depende da expansão das redes. Então, à medida que ampliamos, vamos disponibilizando o serviço para novos clientes, inclusive dos setores da indústria e do comércio”, comenta o gerente, responsável pelas áreas do Grande ABC e Baixada Santista.
A maior rede está disponibilizada em São Bernardo, com cerca de 440 quilômetros. “Em Santo André, onde temos 170 quilômetros, temos como projeto alcançar 900 quilômetros até 2021. Estamos falando em algo em torno de seis vezes o que nós já temos implementado”, diz Del Boni. Em todo o Grande ABC, o planejamento é para que sejam construídos aproximadamente 1.500 quilômetros de tubulação no período estipulado.
Por ter a maior rede, São Bernardo concentra a maioria dos clientes: 64,4 mil, seguida por Santo André (28,2 mil), São Caetano (13,7 mil), Diadema (9.500) e Mauá (30). Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra possuem apenas um consumidor cada.
A Comgás não informou o volume de gás utilizado pela indústria e o comércio no Grande ABC. A justificativa é o fato de a quantidade ser sazonal, podendo variar conforme o cenário nacional, como mudanças no cenário econômico e a crise hídrica em diversas regiões do País.
Em relação ao GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás natural é considerado mais vantajoso. Isso porque, além de ser mais barato, oferece mais segurança, já que não precisa ficar armazenado e, por ser mais leve que o ar, se dissipa facilmente em caso de vazamento.

Fonte: Diário do Grande ABC

sexta-feira, 20 de março de 2015

Investimento da Compagas será de R$ 40 mi em 2015

A Companhia Paranaense de Gás (Compagas), concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Estado do Paraná, investirá R$ 40 milhões na Região dos Campos Gerais somente neste ano de 2015. O valor faz parte do investimento do gasoduto que ligará a rede da Companhia, que chega até Ponta Grossa, até o Parque Industrial II de Castro, em um ramal de 77 quilômetros que receberá investimentos totais de R$ 82,4 milhões. Além disso, será iniciada a expansão para o consumo residencial e comercial na área urbana em Ponta Grossa, cujo investimento será de aproximadamente R$ 5 milhões.

Esses investimentos fazem parte dos R$ 85,7 milhões em projetos, materiais e obras ao longo de 2015. De acordo com o diretor-presidente da Compagas, Fernando Ghignone, o investimento vai possibilitar a expansão da companhia. “A Compagas passa por um grande momento, com a construção de novos ramais de gás e projetos que serão dirigidos a diferentes regiões do Paraná. Esse expressivo valor de investimento irá permitir que o gás natural chegue a mais municípios no interior do Estado”, diz. Em 2014, a empresa atingiu o faturamento recorde de R$ 2,4 bilhões.
O projeto nos Campos Gerais, que contempla os municípios de Ponta Grossa, Carambeí e Castro, está em ritmo acelerado e a previsão é que até o fim de 2015 esteja concluída a instalação de 41,8 km de rede, dos quais 22,5 km já estão instalados. Toda a extensão de rede dos Campos Gerais deve ser concluída em 2016.
A expansão urbana para a segmento residencial e comercial começa a ser executada em setembro e irá contemplar um total de 6 quilômetros de rede de distribuição de gás natural. O investimento será de R$ 5 milhões até 2018. Em Araucária, também haverá um investimento na área residencial, de R$ 1 milhão até 2018. “Apostar nessas regiões é dar a elas condições competitivas, e tenho a certeza de que os investimentos da Compagas levarão um grande avanço a esses municípios”, declara Ghignone.
Companhia investe em estudos
Além dos investimentos em gasodutos, a Compagas prevê, ainda, o desenvolvimento de pesquisas e estudos para novas alternativas de suprimento, entre elas o biogás. “O biogás é uma alternativa sustentável e que pode também trazer vantagens aos seus produtores, por isso é importante que a Compagas mantenha as pesquisas na área e trabalhe para que o planejamento abranja a criação de uma infraestrutura adicional para incorporar os benefícios do biogás”, completa o diretor-presidente da Companhia.

Fonte: Jornal da Manhã

Crise elétrica engorda o caixa da Compagas

Faturamento da distribuidora passou de R$ 2 bilhões com a venda de gás natural para a termelétrica UEG Araucária

A crise do setor elétrico fez muito bem ao caixa da Compagas, companhia responsável pela distribuição de gás natural canalizado no Paraná. A venda de combustível para a usina termelétrica de Araucária (UEG Araucária) – que funcionou praticamente o ano todo para ajudar a poupar reservatórios de hidrelétricas – multiplicou por quatro o faturamento da distribuidora, que saltou de R$ 483 milhões em 2013 para a marca recorde de R$ 2,034 bilhões no ano passado. O lucro líquido, por sua vez, subiu de R$ 18 milhões para R$ 60 milhões.

Também teve crescimento significativo o fornecimento para a classe industrial, que aumentou 16%, para 627 mil metros cúbicos por dia. Em 2014, a Compagas fechou contrato com 15 empresas industriais, entre elas a Evonik, fabricante de especialidades químicas com fábrica em Castro (Campos Gerais), que sozinha consome cerca de 15 mil metros cúbicos de gás natural em sua linha de produção.

O volume vendido pela Compagas para todas as classes de clientes subiu 169%, de 1,042 milhão para 2,803 milhões de metros cúbicos por dia. A maior parte desse aumento se deve justamente à comercialização de gás para a UEG, que passou de zero para 1,744 milhão de metros cúbicos diários. O fornecimento de gás para a termelétrica responde, portanto, por mais de 60% de todas as vendas da Compagas.Até 2013, a Compagas fazia apenas o transporte do gás natural até a UEG Araucária, e era remunerada por isso. A partir do ano passado, a companhia passou também a vender o combustível, que compra da Petrobras. O contrato de suprimento foi assinado em fevereiro, na mesma época em que a Copel – controladora da Compagas – reassumiu a operação da usina termelétrica, que havia ficado sete anos arrendada para a Petrobras.

A companhia conquistou mais de 5 mil clientes residenciais no ano passado, elevando para 25,5 mil o número de unidades consumidoras desse segmento, o que faz da Compagas a terceira maior distribuidora brasileira de gás natural para residências. Em termos de volume, no entanto, essa classe ainda é pouco significativa: o consumo residencial diário subiu 8%, para 15,2 mil metros cúbicos por dia. O consumo do comércio ficou estável, em 14,8 mil metros cúbicos diários.
Embora 450 carros tenham passado a integrar a frota estadual de veículos movidos a gás natural veicular (GNV), as vendas para esse segmento caíram 3%, para 90,1 mil metros cúbicos diários. Em nota, a Compagas disse esperar crescimento nessa área em 2015, uma vez que o forte aumento de preços do álcool e da gasolina pode estimular consumidores a migrar para o GNV.

Investimentos

No ano passado, a Compagas investiu R$ 81,4 milhões, o dobro do valor desembolsado em 2013 (R$ 40,4 milhões). Os recursos foram aplicados principalmente na ampliação da malha de dutos, que aumentou 80 quilômetros, chegando a um total de 726 quilômetros. Para 2015, a perspectiva de investimentos é de R$ 85 milhões, para a construção de 65 quilômetros de rede e a captação de 5 mil novos consumidores.

fonte: Gazeta do Povo

quarta-feira, 18 de março de 2015

Biometano na rede

A oferta de gás nacional ganhou um incremento no início deste ano, com a abertura da possibilidade de comercialização de biometano para as distribuidoras de gás natural. Com a resolução 8/2015 da ANP, publicada em 30 de janeiro, está autorizada e regulamentada a venda do biometano para uso veicular, em instalações comerciais e residenciais e para geração de energia. O potencial de produção do biocombustível é enorme, estimado em cerca de 102 milhões de m3 por dia, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Seria mais do que suficiente para atender ao consumo nacional de gás natural, atualmente de 78 milhões de m3/dia.
Entretanto, a realização desse potencial dependerá de uma série de variáveis, e a penetração do biometano projetada pela EPE para 2030 é de apenas 5,78 milhões de m3/d, podendo chegar a 17,72 milhões de m3/dia caso sejam promovidas novas políticas de incentivo. Os dados constam nos estudos de demanda de energia 13/14, com horizonte em 2050.

Para se tornar comercial, o biometano deve atender a critérios de composição e tratamento estabelecidos pela ANP. Todos os critérios visam garantir a intercambialidade com o gás natural, essencial para viabilizar a injeção do combustível sem danos à rede, e a manutenção do poder calorífico. A agência reguladora exige que cada molécula tenha percentual mínimo de 96,5% de metano e de 0,5% de oxigênio, entre outros limites estabelecidos pela resolução.
Para atestar que seu combustível atende aos critérios estabelecidos, os produtores deverão realizar sistematicamente um controle de qualidade em linha, emitindo diariamente um certificado de qualidade, com envio mensal de sumário estatístico à ANP, bem como notificação de interrupção de produção e fornecimento. Além disso, os certificados devem ser armazenados pelo período de um ano para viabilizar possíveis fiscalizações por parte da agência.
Exceção
Todos esses processos de teste de qualidade estão normatizados e listados na resolução da ANP, exceto para um tipo de biometano: o proveniente dos resíduos sólidos urbanos, ou seja, do lixo e do lodo de esgoto. Esses dois tipos de biometano passam por um tratamento a fim de eliminar contaminantes existentes nos resíduos sólidos urbanos.
A normatização desses procedimentos de coleta e análise é o que impedia até então a agência de autorizar a injeção do biometano na rede de distribuição de gás, liberando seu uso para clientes residenciais, industriais e em veículos. Atualmente, o único uso previsto na resolução é o industrial, já que as indústrias teriam condições de assumir o risco da aquisição do combustível e conhecimento para negociar.
Para enfrentar a situação, agentes interessados na liberação do biometano de resíduos sólidos, incluindo as associações do setor Abegas e Abiogás, estão propondo a norma que acreditam ser a mais adequada para a ABNT. Uma vez que a Associação Brasileira de Normas Técnicas aprove a normatização das metodologias de coleta e análise deste tipo de biometano, a ANP poderá abrir uma audiência pública para propor mudança na resolução e incluir o biometano de resíduos sólidos na regra atual.

Fonte: Brasil Energia

segunda-feira, 16 de março de 2015

Consumo de gás natural sobe 15,4% em um ano

Crescimento continua a refletir a manutenção do despacho termelétrico, que apresentou aumento de 54%
Levantamento estatístico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) aponta que a utilização de gás natural no país cresceu 15,4%, na comparação entre janeiro de 2014 e 2015. A manutenção do despacho termelétrico continua a puxar o consumo, que apresentou crescimento de 54% na comparação anual  e chegou a 34,8 milhões de m³/dia no primeiro mês deste ano.

O presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, defende uma nova política energética para viabilizar a entrada do gás natural na matriz elétrica nacional. “O incentivo à geração distribuída e à cogeração a gás natural reduziria o custo da geração termelétrica e elevaria a eficiência na geração de energia no país”. O executivo reforça que uma planta de cogeração pode ter uma eficiência de até 95%, enquanto uma termelétrica de ciclo combinado não ultrapassa 60%. A cogeração a gás natural apresentou retração de 15,7% no consumo, na comparação entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015, e 3% na avaliação anual.
Em janeiro de 2015 o segmento industrial apresentou crescimento de 1,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e 3,2% na comparação com dezembro de 2014, resultado do aumento da produção industrial registrado no período. Já o setor comercial apresentou retração de 1,5% na comparação anual e de 15% na comparação entre o primeiro mês de 2015 e o último de 2014.
O segmento automotivo registrou retração de 8%, na comparação com o mês anterior em virtude da sazonalidade do período de férias. Na comparação entre janeiro de 2014 e 2015, a retração foi de 3%. “A expectativa é que a partir do próximo mês seja retomado o crescimento devido ao preço competitivo do GNV em relação aos combustíveis líquidos (gasolina e etanol)”, declara Augusto Salomon.
O consumo residencial, cujo maior mercado encontra-se na região Sudeste, apresentou retração de 30,6% na comparação entre janeiro de 2015 e dezembro de 2014. O resultado reflete a crise hídrica na região e também a sazonalidade do período de férias, quando muitas pessoas viajam. No período de um ano essa queda foi de 7%.
Fonte: Comunicação ABEGÁS

terça-feira, 10 de março de 2015

Governo prepara leilão de gás

O MME está pedindo a todas as concessionárias de gás canalizado para informarem qual o volume de gás descontratado para ofertar em projetos de novas usinas termelétricas a serem construídas em caráter emergencial, em um prazo de dois anos. O volume será oferecido em um leilão previsto para o mês de maio e a expectativa do governo é viabilizar 1,5 GW térmico.
No levantamento junto ao mercado, o governo quer saber o volume e o ponto da rede de distribuição onde o gás poderá ser disponibilizado. As informações devem ser apresentadas até abril para que potenciais empreendedores possam simular o custo de geração do projeto em cada concessão. Os geradores que garantirem o fornecimento pela menor tarifa levam o volume.

Dependendo das condições do ponto de entrega, as distribuidoras poderão ter que lançar pequenos ramais para ligar as novas usinas, acarretando diferentes custos para o gás. Este seria o caso de volumes disponibilizados em estações de entrega ou plantas industriais, como refinarias, onde não há espaço para a construção térmica em uma área adjacente.
Pelas regras colocadas pelo governo, as distribuidoras de gás terão que garantir a geração das usinas por um período de oito horas por dia, em um contrato de 15 anos, prorrogável por mais cinco anos. Não haverá um preço base ou teto para o gás, que será estipulado livremente pelas distribuidoras, ao contrário do que aconteceu no PPT (Programa Prioritário Termelétrico), em 2000, quando os preços foram fixados pelo governo e subsidiados pela Petrobras.
Segundo uma fonte do setor, o leilão tem aspectos positivos e negativos para as distribuidoras de gás. A vantagem está na garantia de um contrato de longo prazo em um momento em que a indústria está descontratando volumes em função do desaquecimento econômico e o aumento do custo da energia. Em contrapartida, as distribuidoras de gás terão que conviver com uma margem de ganho menor do que nos contratos industriais, ainda que estes durem em média de dois a três anos e obriguem as concessionárias a fazer malabarismos para comercializar os volumes mínimos contratados junto à Petrobras (take or pay).
Fonte: Brasil Energia

sexta-feira, 6 de março de 2015

Rolândia (PR) terá rede para distribuição de gás natural

A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) atenderá o município de Rolândia com o fornecimento de gás natural. Até 2017, a empresa investirá R$ 5 milhões na execução do projeto. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (04) em reunião entre o diretor-presidente da Compagas, Fernando Ghignone, e o prefeito do município, Johnny Lehmann.


Depois de constatar a demanda pelo gás natural na região, a Compagas confirmou o investimento em Rolândia para uma rede de distribuição que vai atender os segmentos comercial e industrial. De acordo com o prefeito Johnny Lehmann, a expectativa dos empresários para a chegada do gás natural é alta e o combustível deve abastecer a indústrias de diferentes segmentos.
 “A nossa perspectiva é que a instalação do gás natural trará mais competitividade às empresas de Rolândia e, consequentemente, mais desenvolvimento para o nosso município”. As obras para o atendimento ao município devem ser iniciadas em dezembro de 2015 e o investimento previsto para esse ano é de R$ 1,5 milhão para execução de 0,4 km de rede. O projeto total contemplará 5,5 km.

A Compagas atende hoje 16 cidades paranaenses. De acordo com Fernando Ghignone, a meta é que até 2020 mais de 20 municípios sejam atendidos pela rede de gás natural e Rolândia faz parte do projeto de interiorização da Companhia.
 “A Compagas passa por um grande momento, com a construção de novos ramais de gás e projetos que serão dirigidos a diferentes regiões do Paraná. O nosso objetivo principal é fazer com que o gás chegue a cada vez mais municípios no interior do Estado”, explica o diretor presidente.
ATUAÇÃO – A Compagas, concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, completou 20 anos em 2014. Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia (Copel), com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%.
Em março de 2000 a empresa passou a ser a primeira distribuidora do Sul do país a fornecer o gás natural, com a inauguração do ramal sul do gasoduto Bolívia – Brasil (Gasbol).
Atualmente, a Compagas conta com mais de 23 mil clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica, atendendo 16 municípios: Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, São Mateus do Sul, Pinhais, Paranaguá, Londrina, Carambeí e Castro.

Fonte: Agência de Notícias – Governo do Estado do Paraná

quinta-feira, 5 de março de 2015

Brasil e Reino Unido destacam potencial brasileiro para pesquisa em gás natural

Com o crescimento da demanda por energia e as expectativas projetadas pela exploração do pré-sal e de bacias terrestres, a indústria do gás natural pode crescer consideravelmente nos próximos anos. Oportunidades de pesquisa surgidas desse cenário foram discutidas por cientistas e empresários do setor no “Scoping Workshop for Brazil-UK Sustainable Gas Future”, realizado na FAPESP no dia 25 de fevereiro.
O evento foi promovido pela FAPESP em parceria com o Natural Environment Research Council (NERC), conselho do Reino Unido que financia a pesquisa científica voltada ao meio ambiente. As discussões auxiliarão a Fundação e o NERC a formalizarem a iniciativa Futuro do Gás Sustentável, que apoiará pesquisas em energia e gás realizadas por brasileiros em colaboração com instituições do Reino Unido.

 “O gás terá uma participação cada vez maior na matriz energética brasileira e é necessário discutir e promover colaborações científicas para seu uso como fonte sustentável de energia”, disse Julio Romano Meneghini, coordenador do workshop e professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP).
 “Além do consumo interno, a exportação de gás liquefeito também ampliará a importância do setor. Mas, apesar de todo esse potencial, o mercado ainda é incipiente e muitas questões precisam ser tratadas de maneira científica para desenvolver o setor adequadamente, de forma plena e sustentável. Essas questões foram levantadas pelos pesquisadores que participaram do workshop e guiarão o acordo entre a FAPESP e o NERC”, disse Meneghini.
Entre os aspectos prioritários discutidos estiveram a captura e o armazenamento de carbono, a infraestrutura do setor, bioenergia e biogás, tecnologias inovativas para a produção de gás natural e sustentabilidade da cadeia produtiva.
Para Chris Franklin, coordenador da área de Ciências da Terra do NERC, as discussões do workshop foram ao encontro dos objetivos da iniciativa que será desenvolvida em parceria com a FAPESP.
“O NERC trabalha em conjunto com os demais conselhos de pesquisa do Reino Unido para planejar e desenvolver investigações na área de energia dentro de um quadro estratégico comum, unindo pesquisadores, indústria e inovação para aumentar a eficiência energética no mundo, ao mesmo tempo em que são reduzidas as emissões de dióxido de carbono tanto no Reino Unido quanto no exterior, garantindo segurança energética e acessibilidade”, disse.
De acordo com Franklin, o objetivo é fomentar colaborações que ajudem a alcançar as metas de aumento de 15% de energia a partir de fontes renováveis até 2020 e redução de 80% nas emissões de gases do efeito estufa até 2050.
 “O Futuro do Gás Sustentável vai desenvolver metodologias para exploração de gás e avaliar seu papel nos sistemas sustentáveis de energia, oferecer visões alternativas sobre sistemas sustentáveis de energia com baixa emissão de carbono, identificar tecnologias sustentáveis para o uso do gás nesses cenários e promover a interação de tecnologias atuais e futuras na cadeia do gás e de outras fontes de energia”, disse.
Segurança
Em 2012, o relatório World Energy Outlook, publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), divulgou que os Estados Unidos – país que mais consome energia do mundo – poderiam se tornar autossuficientes no setor até 2035.
A transformação viria da extração de petróleo e de gás de folhelho. Também chamado de gás de xisto ou gás não convencional, encontra-se aprisionado em rochas sedimentares de baixa permeabilidade, abaixo das rochas mais permeáveis de onde são retirados o petróleo e o gás convencionais.
De acordo com Colombo Celso Gaeta Tassinari, vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, um dos palestrantes do workshop, a exploração de gás não convencional pode beneficiar consideravelmente também o Brasil, mas há desafios a serem superados para seu aproveitamento adequado.
 “A extração desse tipo de gás é muito mais barata porque se dá em bacias terrestres, em área continental, e a diminuição desse custo o torna um produto altamente competitivo, especialmente dada a sua abundância. Mas o Brasil precisa saber caracterizar petrofisicamente essas rochas e o teor de matéria orgânica em todas as bacias sedimentares que contêm o folhelho brasileiro, que são várias, entre outras medidas que garantam a segurança ambiental da exploração. Trata-se de um grande potencial para a pesquisa”, disse.
Tassinari reforçou que há grande preocupação quanto à possibilidade de contaminação do solo no processo de extração do gás de folhelho. Isso porque, ante a pouca permeabilidade da rocha, o processo se dá por meio de fraturamento hidráulico, ou fracking, técnica que injeta grandes quantidades de água com areia e produtos químicos, sob alta pressão, no solo, para fazer com que o gás escape pelo poço até a superfície.
 “O poço tem todo um revestimento de concreto e aço para impedir as contaminações e a água utilizada pode ser reaproveitada. Mas é de extrema importância que sejam feitos estudos ambientais prévios e que se crie uma regulamentação própria do ponto de vista econômico e ambiental para que se possa desenvolver esse recurso no Brasil com segurança”, disse.
Além disso, as peculiaridades de cada bacia sedimentar exigem estudos específicos. “Universidades brasileiras já desenvolvem projetos de investigação para avaliar o quanto se tem de gás de folhelho disponível nessas bacias para exploração e garantir que o processo seja bem feito, em áreas adequadas, para não contaminar os aquíferos. Trata-se de um universo considerável para a pesquisa científica”, disse Tassinari.
Dorrik Stow, diretor do Institute of Petroleum Engineering da Heriot-Watt University, na Escócia, reforçou, durante o workshop, a necessidade de estudos ambientais aprofundados antes, durante e após a exploração do gás de folhelho.
“É fundamental que sejam sempre avaliadas as condições ambientais prévias para o desenvolvimento de recursos desse gás não convencional, a caracterização de eventuais áreas de contaminação por produtos orgânicos e inorgânicos, a criação de um sistema de monitoramento da água subterrânea em tempo real durante a exploração e o desenvolvimento de novas técnicas para evitar ou minimizar impactos ambientais”, disse.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizou em 2013 o primeiro leilão com foco em gás em terra, quando foram arrematados 72 blocos em cinco bacias, mas ainda não foram definidas as regras para a produção de gás de folhelho nesses locais.
Além da USP e da Heriot-Watt University, participaram do workshop pesquisadores e representantes das instituições britânicas Keele University, Cardiff University, University of Aberdeen, Durham University, University College London e Sustainable Gas Institute do Imperial College London, e das brasileiras Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Também participaram representantes de empresas de consultoria na área de energia e da indústria de óleo e gás, como BG E&P Brasil, Datagro e Petrobras.
O workshop teve apoio do Newton Fund, fundo do governo britânico de fomento à ciência e à inovação.
As apresentações feitas no evento estão disponíveis em: www.fapesp.br/9240.

Fonte: Agência FAPESP

quarta-feira, 4 de março de 2015

SCGÁS firma parceria para estudar a viabilidade de projetos de biogás

A SCGÁS e a Eco Conceitos de Pomerode estão celebrando acordo para avaliar a viabilidade da implantação de usinas de biogás no estado de Santa Catarina. A formalização pública da parceria ocorre hoje, em evento na Câmara de Comércio e Indústria no Consulado Brasil-Alemanha em Blumenau, onde ambas as partes assinarão o protocolo de entendimento do projeto.

A parceria busca estudar a geração de metano a partir de dejetos orgânicos provenientes de aterros sanitários, resíduos agrícolas, manejo de animais suínos e estações de tratamento doméstico. A Eco Conceitos também participou da criação da primeira usina de biometano de Santa Catarina, em Pomerode, e realiza várias pesquisas no setor. O contrato de parceria tem duração de três anos a partir da data de assinatura.
Para o presidente da SCGÁS, Cósme Polêse, o estudo sobre a viabilidade do insumo é um passo importante para a Companhia. “A implantação de usinas de biogás é uma solução sustentável do ponto de vista econômico, ambiental e social, gerando também uma importante contribuição para a diminuição do aquecimento global”, destaca.

Fonte: Notícias SCGÁS

Arquivo do blog