quinta-feira, 31 de maio de 2012

Gás natural começa a substituir o diesel nos EUA

O aumento no custo do diesel no ano passado obrigou a Waste Management Inc. a cobrar dos clientes US$ 169 milhões extra apenas para pagar o combustível para sua frota de caminhões de lixo. Este ano, a maior empresa de transporte de lixo dos Estados Unidos tem uma nova estratégia defensiva: está comprando caminhões movidos a gás natural, mais barato que o diesel.



A empresa diz que 80% dos caminhões que vai comprar nos próximos cinco anos serão movidos a gás natural. Embora os veículos custem cerca de US$ 30.000 a mais que os modelos convencionais a diesel, cada um vai economizar US$ 27.000 por ano, ou mais, em combustível, diz Eric Woods, diretor de logística de frota da Waste Management. Até 2017, a empresa espera consumir mais gás natural do que diesel.
 
"A economia proporcionada pelo gás natural é enorme", diz Scott Perry, vice-presidente da Ryder Systems Inc., uma das maiores empresas de leasing de caminhões do país, e transportadora para os setores de alimentos, veículos, eletrônicos e varejo.
 
A revolução do gás de xisto, que reduziu o preço do gás natural nos Estados Unidos em cerca de 45% comparado com o ano passado, já provocou uma mudança nos serviços públicos de energia, que estão passando do carvão para o gás natural. Vastas quantidades de gás natural contidas em formações rochosas de xisto foram liberadas por meio de técnicas aperfeiçoadas de perfuração, tornando o combustível barato e abundante em todo o país.
 
Agora, o boom do gás de xisto está chegando aos transportes. Nunca houve uma diferença de preço tão grande entre o gás natural e o diesel, tornando, de repente, os caminhões movidos a gás natural uma opção atraente para as frotas empresariais. As operadoras ferroviárias, por outro lado, estão sendo afetadas pela diminuição nos carregamentos de carvão.
 
Muitas operadoras de frotas, especialmente de caminhões que percorrem longas distâncias, continuam preocupadas com a escassez de postos de abastecimento de gás. Outros desafios incluem os volumosos tanques de gás comprimido e os perigos da manipulação do gás liquefeito. No passado, a volatilidade dos preços do gás natural também impediu uma utilização mais generalizada.
 
Hoje, porém, os fabricantes de caminhões e caminhonetes estão adotando o gás natural para todo tipo de veículo, desde picapes híbridas como a Chevy Silverado HD até carretas de dezoito rodas que podem queimar seja o gás natural comprimido (GNC), ou o super-refrigerado gás natural liquefeito (GNL). A Navistar International Corporation, a Cummins Inc. e a General Motors Co. estão tentando atrair esse mercado com novos caminhões ou motores movidos a gás natural.
 
O objetivo da Navistar é "expandir-se nos próximos 18 meses para uma gama completa de produtos que usam o gás natural", diz Eric Tech, presidente da divisão de motores da Navistar. Este ano, a empresa sediada no Estado americano de Illinois está introduzindo caminhões de entrega movidos a gás natural. No ano que vem, vai lançar caminhões para longas distâncias equipados com seus maiores motores.

Tech diz que, daqui a dois ou três anos, um em cada três caminhões vendidos pela Navistar vai ser movido a gás natural. "Este não é um mercado movido a subsídios", diz Tech. "Ele está se desenvolvendo por conta própria, pois a vantagem econômica é convincente."
 
Empresas como a United Parcel Service Inc. e a AT&T Inc. estão comprando os veículos. A AT&T encomendou recentemente 1.200 vans de carga Chevrolet Express movidas a gás natural comprimido. A GM, fabricante da marca Chevrolet, disse que é sua maior encomenda de veículos movidos a GNC até hoje.
 
Durante anos, um barril de petróleo custava mais ou menos o mesmo que seis unidades de gás natural, e os preços de ambos variavam em conjunto, observa Don Mason, consultor para a indústria de gás no Estado americano de Ohio. Hoje, o barril do petróleo cru tipo West Texas Intermediate custa 33 vezes mais que uma unidade de gás natural nos EUA. Nos postos de abastecimento, um galão de diesel muitas vezes custa mais que o dobro do volume equivalente de GNC.
 
"Creio que estamos num ponto de virada, embora seja uma virada grande e lenta", diz Mason.
 
Apesar de os EUA terem gás natural em abundância, a adoção de veículos movidos a gás natural tem sido irregular. Menos de 0,1% dos veículos que rodam hoje no país usam gás, e o porcentual caiu ligeiramente entre 2005 a 2010, quando foram reduzidas as políticas federais de incentivo à sua utilização. O número começou a subir um pouco no ano passado, empurrado pelo mercado.

Muita gente está tentando descobrir se o gás natural é realmente capaz de ser usado amplamente como combustível para o transporte. Greg Burns, presidente da PLS Logistics Services Inc., de Pittsburgh, no Estado americano da Pensilvânia, decidiu este ano fazer essa pergunta a 100 executivos de empresas de transporte por caminhões. Quase um terço respondeu que estava estudando ativamente o uso do gás para suas empresas. Mas 54% disseram que a infraestrutura atual é inadequada e 23% se preocupam com o custo mais alto dos caminhões.

A conclusão de Burns: "Se você trabalha com um horizonte longo o suficiente, o panorama é bem otimista".

FONTE: The Wall Street Journal Americas

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Consumo de gás sobe 25% em Mato Grosso

Consumo de gás natural em Mato Grosso aumentou 25% no 1º quadrimestre de 2012, na comparação ao mesmo período do ano passado

Dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) mostram que a demanda foi de 771,4 mil metros cúbicos (m3), contra 616,9 mil (m3) de janeiro a abril de 2011. Se analisado apenas abril, quando foram demandados 195 mil (m3) de gás, a variação positiva sobe para 62,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram consumidos 120 mil (m3). João Marcelo Borges, proprietário do posto Santa Elisa, ainda não anotou tamanha diferença no consumo de GNV.

Para o empresário, a falta de oficinas que fazem a conversão e de um local em Cuiabá para fazer a vistoria do veículo convertido atrasam o crescimento nas vendas. Para piorar, segundo Borges, o governo não dá incentivos para uma pessoa adquirir o veículo que faz uso de GNV. No Rio de Janeiro, por exemplo, o desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) chega a 75%.

Situação que pode mudar aos poucos, afirma o engenheiro responsável da GNC Brasil, distribuidora do combustível em Mato Grosso, Francisco Jammal de Almeida, que já estima crescimento de 5% no consumo em maio, em relação ao mês anterior. "Maior problema era o fornecimento, que foi resolvido. Os demais serão solucionados aos poucos", garante ao citar que 3 oficinas estão se credenciando para fazer a conversão de veículos no Estado.

Por 40 anos o pai de Humberto Paulo de Oliveira Santana, 24, trabalhou como taxista. Quando ele faleceu, o filho assumiu o volante do táxi e passou a sustentar a mãe e os 2 irmãos caçulas. Para melhorar o faturamento diário, que varia de R$ 150 a R$ 300, ele economiza para trocar o veículo por um que abasteça com GNV. Segundo ele, carros com cilindros de fábrica não dão problemas. "Automóveis convertidos falham e perdem potência".

Negativo
No 2º bimestre, entre março (204,6mil m3) e abril deste ano (195 mil m3), a variação no consumo de GNV foi negativa em 4,6%. Queda ocorreu mesmo com a reativação, em 13 de abril, da Termelétrica Mário Covas, em Cuiabá.

Regiões
Sudeste é a que mais consome GNV no país (41,2 milhões m3) por dia em abril, seguido pelas regiões Nordeste (7,3 milhões m3), Sul (6 milhões m3), Centro-Oeste (1,5 milhões m3) e Norte (2,5 mil m3).

Brasil
Consumo médio em todo o país em abril foi o maior dos últimos 15 meses (58,7 milhões m3), representando uma expansão de 35,07% em relação a abril de 2011 e de 13,69% no quadrimestre.

Fonte: Cenário MT

terça-feira, 29 de maio de 2012

Potigás recebe PBGÁS e apresenta modelo de gestão do PGE

O modelo de gestão da POTIGÁS é exemplo para demais distribuidoras de gás natural canalizado. A Companhia Potiguar de Gás (Potigás) recebeu a visita de colaboradoes da PBGÁS (Companhia Paraibana de Gás), na sede em Natal, quarta-feira (23), para a apresentação do Plano de Gestão Estratégica (PGE) da Potigás.

Durante o encontro, estavam presentes: Herberton (Analista de TI), Rafael Mitzum (Coordenador do PPQ - Programa Paraibano da Qualidade), Tito Amorim (Estagiário de Planejamento e Gestão) e Luiz Ricardo Stern (Gerente de Planejamento e Gestão), representando a empresa paraibana e a equipe da Potigás, representada pelos colaboradores Ramid Risério (Assessor de Planejamento), Iericê Filho (Consultor Interno do PGE), Fábio Vilar (Gerente de TI), Antônio Saldanha (Gerente da Base de Mossoró) e Érica Pelicano (Gerente de RH).

A reunião teve por objetivo mostrar aos representantes da PBGÁS a importância de se ter um Plano de Gestão Estratégica firmado dentro da empresa. Na ocasião, Ramid Risério (Assessor de Planejamento) mostrou passo a passo do PGE, desde sua fundação até os resultados observados. Falou também sobre a RAE (Reunião de Analise e Estratégia) e sua importância fundamental no processo.



Para Ramid, a reunião foi uma oportunidade importante para a troca de experiências sobre o processo de implantação do planejamento estratégico. “Foi uma sinalização positiva para a equipe que participa da implantação do BSC (metodologia de gestão estratégica) na Potigás, pois receber a visita dos colegas nos mostra que o nosso trabalho está sendo feito de forma correta e atingindo seus objetivos, causando interesse nas companhias co-irmãs em conhecer nossa metodologia. Demonstra claramente que as duas distribuidoras estão buscando desenvolver processos de melhoria contínua, buscando avanço, crescimento e melhores desempenhos.” enfatiza, Ramid.


O PGE da Potigás, que vem despertando o interesse de outras distribuidoras de gás natural, foi considerado de extrema importância pelos representantes da PBGÁS, pois assim, puderam entender melhor como funciona, suas metas, e a importância para empresa.“Eu pensava que a reunião era uma troca de informações entre as duas empresas, mas pude perceber que não era só isso. Foi também uma troca de aprendizado. Só temos que parabenizar a Potigás pelo excelente trabalho que foi e está sendo desenvolvido”, declarou Luiz Ricardo, gerente de Planejamento da PBGÁS.
FONTE: Assessoria de Imprensa da Potigás

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Copergás apresenta as vantagens do gás natural para hotéis e gastronomia


A Copergás mostrou na Equipotel Nordeste 2012 – feira de hotelaria e gastronomia – as vantagens do gás natural para estes segmentos.

Durante a feira, aberta dia 23 e que foi ate esta sexta-feira (25), no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a Copergás vai disponibilizar material gráfico com informações sobre o uso do gás, além de manter técnicos no local para esclarecer dúvidas.
 

De acordo com estudos da Copergás, o uso do gás natural para geração e cogeração de energia elétrica ou para aquecimento de água em cozinha ou banheiro é um investimento que gera economia, além de contribuir com o meio ambiente. Fora estes setores, o gás natural também é vantajoso com a utilização no setor de panificação e lavanderias.

Na Equipotel, o stand da Copergás possui 60 metros quadrados, em formato de “ilha”, o que permite circulação pelos quatro cantos da área. A estimativa dos organizadores é de que o potencial de negócios do Nordeste em hotelearia e gastronomia fique em torno de R$ 3,9 bilhões/ano. Para quem quiser conferir a feira, a entrada é gratuita, basta efetuar cadastro na entrada do evento que funciona das 14h às 22h. Outras informações sobre a Equipotel podem ser obtidas no site: http://www.equipotelnordeste.com.br.

Fonte Assessoria de Comunicação da Copergás 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Comgás intensifica aposta no residencial

Distribuidora quer atingir 2,5 milhões de clientes até final de sua concessão, frente aos atuais 855 mil

Com menos da metade de seu prazo de concessão vencido, a Comgás vai intensificar a aposta no mercado residencial até o fim do seu contrato, em 2029. A distribuidora paulista vê espaço para atingir a marca de 2,5 milhões de clientes no período, frente aos cerca de 855 mil consumidores atuais.


Se cumprida a meta, a companhia deverá chegar ao final de sua concessão com cerca de 40% do potencial de mercado atingido. De acordo com os cálculos da Comgás, existem hoje 8 milhões de residências na área de concessão da companhia, sendo seis milhões potencialmente captáveis.
Hoje, a Comgás distribui cerca de 460 mil m3/dia aos clientes residenciais. Apesar de responder por apenas 3% do volume comercializado pela companhia, o segmento residencial representa 23% da margem da distribuidora.
Fonte: Brasil Energia

quinta-feira, 24 de maio de 2012

PIB da Região Sul depende de suprimento de gás natural

Workshop reúne entidades para discutir oferta e demanda do combustível para os Estados do Sul e para o Mato Grosso do Sul.

O impacto da falta de infraestruturas para atender as necessidades de gás natural das indústrias dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul pode afetar o Produto Interno Bruto (PIB) destes Estados - no caso do Paraná, o prejuízo pode chegar a R$ 100 bilhões por ano. Este foi um dos pontos destacados no workshop realizado na manhã (22) que discutiu as alternativas de suprimento de gás natural para a Região Sul. Participaram do evento, representantes das distribuidoras de gás natural, de órgãos e secretarias do governo, instituições e sindicatos, além de profissionais do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e da Petrobras.


De acordo com o diretor-presidente da Compagas (concessionária responsável pelo fornecimento de gás natural no Paraná), Luciano Pizzatto, além do prejuízo no PIB, com a falta de estrutura para o desenvolvimento através do gás natural, o Paraná deixa de gerar cerca de 450 mil novos empregos. "Seguindo a determinação do Governador do Paraná, Beto Richa, precisamos de alternativas que viabilizem a interiorização do combustível para agregar mais competitividade à indústria do Paraná, bem como de todo o Sul, possibilitando a criação de novos postos de trabalho e o aumento do PIB", declarou. O diretor-presidente da SCGÁS (concessionária de Santa Catarina), Cosme Polêse, compartilhou da mesma opinião: "o mapa de Santa Catarina começa a drenar a população para as regiões onde há a distribuição de gás. Uma política de interiorização deste desenvolvimento, se não praticável, é condenável. Temos que olhar nossos horizontes de uma forma mais ousada", destacou.
Entre as alternativas apontadas como possíveis para atender o atendimento da demanda, estão a recapacitação do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) com a ampliação dos city-gates e da compressão, além da construção de novos dutos interligando os pólos de consumo. Uma das alternativas é ligar um gasoduto oriundo do Gasbol a Londrina e expandi-lo, passando pelo interior de Santa Catarina, chegando ao município de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
As soluções apontadas partem de ações conjuntas das distribuidoras. Esta união é aprovada pelos órgãos federais, conforme as exposições feitas pelo Aldo Barroso, representante do Ministério de Minas e Energia (MME) e, por José Cesário, representante da Agência Nacional de Petróleo (ANP). "As distribuidoras, em conjunto, devem tomar iniciativas para ampliar a distribuição do combustível. Cito como exemplo, a instalação de um terminal de recebimento e regaseificação do gás natural liquefeito (GNL), as distribuidoras podem se reunir em consórcio, solicitar um financiamento e implantar o terminal em uma região que viabilize o fornecimento a todos", alega Cesário.
No entanto, de acordo com estudos realizados pela Petrobras, a ampliação do Gasbol é mais econômica do que a instalação de um terminal de GNL. "A Petrobras monitora permanentemente as variáveis do mercado e realiza estudos, isoladamente ou em conjunto com outras empresas, a fim de identificar oportunidades de ampliação do suprimento de gás natural à região Sul. A Petrobras continua comprometida com o desenvolvimento responsável e sustentado da indústria do gás natural", diz Luciana Bastos de Freitas Rachid, Gerente Executiva de Logística e Participações em Gás Natural da Petrobras.
A partir deste workshop, novas ações serão estruturadas pelas companhias para tornar as soluções apontadas factíveis com as demandas de todos os agentes envolvidos. O evento foi realizado, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), e organizado pelas distribuidoras de gás natural da Região Sul - Compagas, SCGÁS, Sulgás -, e do Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), e com as Federações das Indústrias dos Estados
FONTE: Notícias SCGÁS

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Consumo de gás natural bate recorde dos últimos 15 meses

O consumo médio diário de gás natural em abril foi o maior dos últimos 15 meses, tendo atingido 58,7 milhões de metros cúbicos, crescimento de 15,57% em relação a março e de 35,07% em relação a abril do ano passado. Os dados consolidados de abril foram divulgados nesta terça-feira pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

Os dados indicam que o setor de geração elétrica foi o que mais influenciou este resultado, com crescimento de 377,72% nos últimos 12 meses. A Abegás ressalta, porém, que se for considerada a comercialização de gás natural para as usinas térmicas, o consumo atingiu pouco mais de 40 milhões de metros cúbicos - o que representa um aumento de apenas 3,97% em relação ao volume diário consumido em março e de 1,74% em relação a abril de 2011.


À exceção dos segmentos residencial e industrial, que apresentaram retração de, respectivamente, 6,28% e 3,82%, todos os outros apresentarem aumento de consumo entre abril de 2011 e o mesmo mês do ano anterior.
Nesta base de comparação, a Abegás destacou o crescimento de 22,98% na utilização do gás natural como matéria-prima (para o segmento industrial), bem como a demanda do comércio (alta de 7,92%) e do gás natural veicular (GNV), com elevação de 1,49%.
Com a elevação de 15,57%, de março para abril, o crescimento acumulado no quadrimestre já chega a 13,69%, puxado, principalmente, pelas expansões de 91,97% no setor de geração elétrica e de 11,53% no consumo residencial.
A Região Sudeste continua sendo a região que mais consome gás natural no País, com 41,2 milhões de metros cúbicos consumidos por dia em abril. Na sequência, estão as regiões Nordeste com 7,3 milhões de metros cúbicos por dia, o Sul com 6 milhões, o Centro-Oeste com 1,5 milhões, e o Norte com um consumo diário de 2,5 mil metros cúbicos por dia.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Workshop das Alternativas de Suprimento de Gás Natural para a Região Sul

Hoje, foi realizado na FIEP - Federação das Indústrias do Paraná, o Workshop das Alternativas de Suprimento de Gás Natural para a Região Sul. Este trabalho teve a presença dos presidentes das Distribuidoras de Gás da região sul e do Mato Grosso do Sul, membro do Codesul, além das Federações Industriais dos quatro estados, representante do Ministério de Minas e Energia, representante da ANP e também representante da Petrobrás.

Discutiu-se sobre o poder de oferta que ainda temos e a futura demanda que está por vir nos próximos anos. Debateu-se também os diferentes pontos de vista colocados pelas distribuidoras para com a Petrobrás. Foi colocado também as novas alternativas propiciadas pela Lei do Gás, que entrou em vigor em 2010.

O impacto da falta de infraestrutura para atender as necessidades de gás natural das indústrias pode gerar um prejuízo da ordem de 100 bilhões de reais por ano nos próximos dez a vinte anos, no PIB do Paraná. Devido aos incentivos dados pelos governos do Sul à atração de empresas, e a assinatura de novos protocolos de fornecimento de gás natural, a Compagas estuda alternativas de suprimento para atender a demanda. “O potencial do mercado de gás natural nos Estados do Sul é muito otimista, é competitivo. Somos um bom negócio e uma solução que pode gerar empregos e desenvolvimento”, relatou Luciano Pizzatto, presidente da Compagas.

Luciano Pizzatto

“Que crescimento queremos para os Estados do Sul, com que fontes energéticas e com que perfil? Muitos agentes precisam participar deste debate. Não podemos reduzir a relevância deste tema para o crescimento dos estados”, disse Roberto Tejadas, presidente da Sulgás.

“O mapa de Santa Catarina começa a drenar as populações onde o gás está perto. Uma política de democratização, de interiorização deste desenvolvimento, se não praticado é condenável. Temos que olhar os horizontes com um cenário mais ousado. Queremos sinceramente ver isto acontecer”, Cosme Polêse, presidente da SCGÁS.

Cosme Polese e Roberto Tejadas


Fonte: Ass. Imprensa Compagas

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mais gás natural para o Sul



Paraná sedia evento que discutirá alternativas de suprimento para a Região  


Na próxima terça-feira, 22, será realizado em Curitiba um workshop que terá como tema central as Alternativas de Suprimento de Gás Natural para a Região Sul.  

O evento é coordenado pelas Distribuidoras de Gás Natural dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul – Compagas, SCGás, Sulgás e MSGás – em conjunto com o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) e com as Federações das Indústrias dos Estados. Participarão representantes de órgãos e secretarias do governo, instituições e sindicatos, além de deputados federais e estaduais e profissionais do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e da Petrobras. 

Entre os assuntos a serem discutidos estão os projetos prioritários e as necessidades da Região Sul, os estudos para expansão da malha de distribuição do gás natural, os impactos da regulamentação da lei do gás e os planos de suprimento para os Estados. O workshop será realizado na Sala dos Conselhos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). O início do evento está programado para às 8h e o término para às 12h. 

Petrobras: Brasil e Bolívia têm 'casamento' em torno do gás

Brasil e Bolívia têm um "casamento" em torno do gás natural, disse nesta quinta-feira um alto funcionário da Petrobras, que participa de um congresso internacional organizado pela petroleira boliviana YPFB.

"O Brasil incrementará sua produção de petróleo, mas não tanto a de gás, e temos uma importante sociedade, um casamento entre Brasil e Bolívia, e necessitamos do gás da Bolívia", disse o gerente para a América Latina da área internacional da Petrobras, José Carlos Vilar Amigo, citado em um boletim da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPFB) entregue à AFP.



A Petrobras tem importantes investimentos na Bolívia, que por sua vez fornece, em média, 30 milhões de metros cúbicos diários (MMCD) de gás natural ao Brasil, por meio de um gasoduto de 3 mil quilômetros que abastece todo o sul do país.

"É um gasoduto que nos permite hoje uma condição operacional grande e permite à Bolívia vender o gás que produz", disse Vilar sobre o contrato vigente até 2019.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Compagas se prepara para explorar gás natural na bacia do Paraná

Companhia quer ganhar experiência com o campo de Pitanga para, mais tarde, buscar novas áreas e vencer gargalo de abastecimento.


Para atender a necessidade de ter mais gás natural e por menor valor, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas), que hoje apenas distribui o recurso no Paraná, deve entrar no setor de exploração e produção do combustível. O plano é atuar em pequenos campos para ganhar experiência e na sequência participar da exploração de grandes reservas no estado, caso se confirmem os indícios da existência de novos campos.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) estuda bacias de Norte a Sul do Brasil, que podem elevar a oferta ao mercado em 360%, o que, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, faria o país viver a “era do ouro para o gás” (leia mais nesta página). Na Bacia Sedimentar do Paraná – formação geológica que abrange quase todo o Sul do país e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste – há potencial para geração e acumulação de gás natural, mas a área é praticamente inexplorada e pouco conhecida.
A bacia será objeto de um levantamento magnetotelúrico (que analisa o tipo de rocha e sua permeabilidade) encomendado pela ANP. Uma empresa está sendo contratada para projeto e a coleta de dados deve começar em setembro. A ANP não informa em que parte da bacia será feito o estudo. Para a área do Paraná, em especial, um segundo levantamento sísmico está programado e deve ser licitado em setembro.
De olho neste potencial, a Compagas pretende participar da licitação do campo de Barra Bonita, em Pitanga, no Centro do estado, onde já é comprovada a existência de uma reserva de pelo menos 500 milhões de metros cúbicos – a área é considerada marginal para exploração. Por essa razão, a Petrobras, que detinha a permissão de explorar a área, devolveu a concessão para a ANP, por não tê-la explorado. Não há previsão para a licitação ocorrer.
A Compagas, que no ano passado teve faturamento de R$ 350 milhões, planeja investir entre US$ 18 milhões e US$ 20 milhões (cerca de R$ 38 milhões) para a exploração da área, que atenderia as regiões de Guarapuava e Maringá. O valor não leva em conta o lance da licitação. “A Compagas pretende disputar o direito de explorar o campo, que, apesar de pequeno, nos faria aprender com a operação, a ter experiência para atuar em outras áreas”, salienta o presidente da empresa, Luciano Pizzatto.
Pelo fato de a área ser pequena, Pizzatto acredita que o campo de Barra Bonita não deva atrair o interesse de grandes exploradores. “Entretanto, pequenos exploradores, que hoje atuam no Nordeste, podem querer participar. Mas como a Compagas tem a vantagem de ter o mercado próximo, talvez a disputa não fique tão acirrada e os lances não fiquem tão altos”, pondera. O presidente da companhia afirma que a empresa não tem previsão para os lances.
A exploração viria em boa hora. Para 2013 e 2014, a companhia tem contratos fechados na ordem de R$ 800 milhões. O faturamento poderia chegar a R$ 1,5 bilhão, mas a empresa não pode se comprometer por falta de garantia de suprimento. “Temos condições de operar on shore [na terra] e não se exclui a possibilidade de participarmos de outras concorrências para novas reservas no estado. A Compagas tem o benefício do monopólio, mas, como contrapartida, deve buscar o atendimento de todo o estado. Hoje estamos limitados à Grande Curitiba e a Ponta Grossa, o que impede o surgimento de novos polos, mas isso poderia mudar com a exploração”, explica Pizzatto.
7 trilhões de metros cúbicos é a estimativa do total de reservas de gás natural no Brasil, segundo o Departamento de Energia dos EUA – volume bem maior que os 395 bilhões de metros cúbicos constatados atualmente.
Exploração
Atualmente boa parte do gás natural consumido no Paraná vem do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). A exploração do campo de Pitanga pela Compagas pode ser uma experiência para que novas áreas no estado sejam aproveitadas para levar o combustível para outras regiões do Paraná.

Primeiro passo
Estudos para realizar as licitações estão prontos, diz ANP
O potencial com a exploração do gás natural é enorme. Hoje 96% das bacias ainda não foram exploradas. Estudos geológicos da ANP indicam grandes reservatórios em seis bacias, do Norte ao Sul. O diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP e ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer vai mais longe: para ele, o Brasil está à beira de uma revolução energética.
Segundo o especialista, estimativas do Departamento de Energia dos EUA apontam que o Brasil pode ter reservas de 7 trilhões de metros cúbicos, contra os 395 bilhões de metros cúbicos atuais. “É uma verdadeira revolução. Com o desenvolvimento de tecnologia na produção, haverá redução dos custos e menores impactos ambientais. Mas o governo tem que traçar uma política para isso”, destaca Sauer.
Os recursos da ANP para os estudos das bacias vêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para evitar que esse dinheiro seja contingenciado pelo governo. Nos últimos quatro anos, foram destinados R$ 500 milhões. A agência diz que já está com todos os estudos prontos para realizar a 11ª rodada de licitações, em áreas acima do Rio Grande do Norte. Só falta a presidente Dilma Rousseff autorizar.
País viverá era do combustível em cinco anos
Visto como a nova fronteira energética do país, o gás natural pode colocar o Brasil em um novo patamar no cenário internacional. Até então associado à exploração de petróleo no mar, o gás virou tema de estudos profundos, feitos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e por empresas, que indicam enorme potencial em bacias terrestres. Para especialistas, o país tem reservas gigantescas de gás natural do porte das de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos. Com isso, a oferta ao mercado deve aumentar 360%, passando dos atuais 65 milhões para 300 milhões de metros cúbicos por dia entre 2025 e 2027. Para 2020, a Petrobras, principal produtor, trabalha com um cenário de 200 milhões de metros cúbicos por dia.


O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não esconde seu entusiasmo em relação ao potencial de reservas de gás natural no país. Para o ministro, em cinco anos, o Brasil poderá se tornar autossuficiente em gás. “Dentro de cinco anos podemos ser autossuficientes, quando a produção deverá estar na faixa dos 170 milhões de metros cúbicos por dia. O mundo e o Brasil vão viver a ‘era do ouro para o gás’”, afirma o ministro.
Entretanto, segundo Lobão, o país não vai deixar de importar o gás da Bolívia. “Não vamos deixar de importar. Temos o gasoduto que custou caro. O gás boliviano continuará sendo importante como segurança adicional, além do que a Bolívia é um país amigo. Temos que ajudar”, ressalta.
É tanto gás que em áreas como nas bacias do Parecis, em Mato Grosso, e do São Francisco, em Minas Gerais, as reservas chegam a borbulhar, num fenômeno denominado exsudações. Em certos pontos, como na pequena Buritizeiro (MG), na água que jorra do solo, com apenas um fósforo, se acende uma chama intermitente. “No rio Teles Pires, em Mato Grosso, há 800 metros de rio borbulhando gás e, em certos pontos, se pode até gravar o som. Podemos deixar um Brasil desses para trás?”, pergunta Magda Chambriard, diretora-geral da ANP.

Mas, para aproveitar todo esse potencial, é preciso que o governo defina uma nova política para o uso do gás e que a ANP, que já investe R$ 120 milhões por ano no estudo das bacias sedimentares, volte a fazer as rodadas de licitações, paradas desde 2008, com a descoberta do pré-sal.

Fonte: Gazeta do Povo.

SCGás travada pelo Gasbol

Distribuidora tem potencial de crescimento de 1,1 mi de m3/d até 2020, mas falta alternativa de suprimento.

A SCGás tem um potencial de crescimento de 1,1 milhão de m3/dia até 2020, que não pode ser atendido em função de restrições na capacidade do Gasbol, de acordo com dados apresentados nesta quarta-feira (16/05) pela companhia.
O contrato de suprimento assinado entre a Petrobras e a SCGás prevê volumes de 2 milhões de m3/dia à distribuidora catarinense até 2019. Hoje, a demanda no estado é de 1,89 milhão de m3/dia, já tendo atingido picos superiores ao volume contratado.

 “Assim como a Compagas e Sulgás, estamos chegando ao limite e precisamos achar uma alternativa. A solução da equação da região Sul precisa ser trabalhada com múltiplas inteligências”, comentou o presidente da SCGás, Cosme Polese.
No próximo dia 22, as três distribuidoras do Sul – Compagas, SCGás e Sulgás –, além da MSGás, se reúnem em Curitiba (PR) para debater uma frente de atuação em torno da ampliação da logística de oferta à região. Entre algumas das alternativas em discussão, está a instalação de um terminal de GNL no Rio Grande e a construção de um gasoduto paralelo ao Gasbol até o Rio Grande do Sul.

FONTE: Energia Hoje

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Moradores de casas da Cohab terão gás natural

A ação faz parte do Programa de Incentivo ao Uso do Gás Natural Social do governo do Estado


Futuras moradias de conjuntos habitacionais da Cohab poderão ser abastecidas com gás natural. A oferta desta fonte de energia, mais econômica e menos poluente, em habitações populares de Curitiba, é possível a partir de termo de cooperação firmado nesta semana pela Prefeitura, o governo do Estado e da Compagás.

A ação faz parte do Programa de Incentivo ao Uso do Gás Natural Social do governo do Estado. A primeira rede de gás natural deverá atender os moradores dos Residenciais Parque Iguaçu I, II e III, que estão em construção no bairro do Ganchinho e serão entregues até o final deste ano.

Gov. Beto Richa, Luciano Pizzatto e Prefeito Luciano Ducci

No total serão R$ 12,9 milhões para construção de 899 casas e execução de melhorias habitacionais em 343 unidades. Além disso, foram definidos investimentos de R$ 947 mil em saneamento em empreendimentos de moradia destinados à faixa de interesse social.

Cemig: mercado de gás natural é o mais promissor nos próximos cinco anos

Companhia, que prevê iniciar perfurações em 2013, vê grande demanda por geração térmica no futuro

O diretor financeiro e de relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, acredita que, dentro do portfólio de negócio da companhia, o segmento de gás natural é o de "maior potencial" de crescimento nos próximos cinco anos. Para ele, a demanda pelo insumo em Minas Gerais é "significativa", ao mesmo tempo em que falta suprimento.
Atualmente, a Cemig detém o controle da Gasmig, além de ter anunciado a compra, em fevereiro deste ano, de 40% da Gas Brasiliano junto à Petrobras. A companhia também detém participação em blocos de exploração na bacia do São Francisco, no recôncavo baiano e na bacia potiguar.



"Na bacia do São Francisco, a perspectiva é muito positiva, porque as perfurações de outros players (na região) foram bastante animadoras. Havendo disponibilidade, vamos deflagrar os investimentos necessários para utilização desse gás", apontou.
O executivo deixou claro que existe "uma série de oportunidades de utilização" do insumo e destacou a geração termelétrica, que "vai assumir um papel relevante no suprimento do País, uma vez que as novas hidrelétricas estão sendo construídas sem reservatórios".
A Cemig vê "uma perspectiva muito boa" e trabalha agora em processos de estudos geológicos que devem tomar todo o ano de 2012. "Provavelmente, os primeiros furos (para exploração) vão se dar em 2013", prevê Rolla.

Fonte: Jornal da Energia

terça-feira, 15 de maio de 2012

Austrália diz ter gás suficiente para 184 anos de produção

A Austrália tem reservas de gás de cerca de 390 trilhões de pés cúbicos, sem contar as de gás de xisto, o que assegura ao país 184 anos de produção deste recurso aos níveis atuais, disse nesta segunda-feira (data local) o ministro de Recursos e Energia, Martin Ferguson.
O ministro citou o relatório "Avaliação Australiana de Recursos de Gás 2012", elaborado pela GeoScience Austrália e divulgado na inauguração da conferência anual da Associação Australiana de Prospecção e Produção de Petróleo, na cidade de Adelaide.


"O estudo confirma novamente a capacidade da Austrália de continuar sendo um grande exportador de gás e de satisfazer a crescente demanda mundial no futuro", declarou Ferguson no discurso de inauguração do evento.
O ministro destacou que a Austrália exportou 20 milhões de toneladas de gás natural liquidificado (GNL) no ano fiscal 2010-2011 e que se espera um aumento de 19% para o período de 2012-2013 graças ao projeto Pluto LNG no noroeste do país.


Fonte: EFE

segunda-feira, 14 de maio de 2012

'Novo' gás natural nos EUA atrai interesse da Braskem

Empresa quer processar gás de xisto para gerar o próprio insumo

A Braskem revelou ontem estudos para processar gás de xisto no mercado norte-americano. O gás de xisto, ou "shale gas", está promovendo a retomada da indústria petroquímica local. A empresa é a sexta maior petroquímica do mundo, atrás de gigantes como Sabic, Exxon, Dow, Ineos e LyondellBasel. Segundo Carlos Fadigas, presidente da Braskem, o plano da companhia é tentar produzir o próprio propeno, que será consumido nas cinco plantas de PP, ou polipropileno, que a empresa tem nos Estados Unidos.
A grande oferta de gás natural de xisto abre a possibilidade de a empresa obter o propano e convertê-lo em propeno para suas fábricas.
Não há definição sobre investimentos. A Braskem não descarta a opção de buscar um parceiro para o projeto. "Poderíamos oferecer a garantia de compra do propeno", disse Fadigas.


MÉXICO
Enquanto o projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) não sai do papel, a Braskem avança em outros mercados. A empresa promete iniciar neste ano a construção da central petroquímica no México, onde pretende investir cerca de US$ 4 bilhões.
A Braskem e a Abiquim, a associação da indústria química, têm cobrado do governo federal uma política industrial. "O que a petroquímica será no fim da década dependerá de decisões tomadas agora", disse Fadigas.
O principal pedido do setor é a definição de uma política industrial que dê condições para o uso do gás natural como matéria-prima na indústria. Hoje, o insumo tem uso energético.

BALANÇO

A Braskem fechou o primeiro trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 152 milhões, valor 50% inferior ao resultado obtido no mesmo período ao ano passado.
O presidente da empresa disse que a queda de demanda no mercado internacional interferiu no resultado. No Brasil, houve pequena recuperação das vendas.

Fonte: Folha de S. Paulo

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Desconhecimento trava crescimento da venda de gás natural no Brasil

A venda de gás natural no Brasil e sua política de ofertas e preços foi discutida nesta quinta-feira (10/05), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em reunião do Conselho Superior de Infraestrutura (Coinfra).
Ao discorrer sobre a Lei do Gás e as dificuldades de implementar novos gasodutos pelo Brasil, a diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine de Santa Araújo, defendeu o uso do gás natural para o futuro, apontando-o como mais vantajoso que outros combustíveis.

"Se o gás natural tiver segurança e preço, ninguém ganha dele no mercado”, afirmou, ressaltando sua vantagem em relação os energéticos concorrentes. “Ele é energética e ambientalmente superior. Sua competitividade hoje é diretamente ligada à oportunidade e preço", apontou Symone, que também ressaltou os desafios a ser enfrentados no processo de expansão dos gasodutos pelo país.
Em sua avaliação, um dos desafios é o pioneirismo, pois “tudo é muito novo para todo mundo”. Outra questão complicada, segundo Symone, é a dos prazos para o cumprimento das etapas desde os estudos de expansão até a conclusão das licitações. Ela exemplificou: “É como trocar o pneu com o carro andando. Obtenção de informação suficiente para fazer planejamento também é importante para ganhar respeito até da indústria".

Desconhecimento

O presidente do Conselho de Administração da Gas Energy, Marco Tavares, concordou com a diretora do Ministério de Minas e Energia. Ele apresentou um estudo intitulado Política de Oferta e Preços do Gás Natural, segundo o qual o problema está no desconhecimento e na descrença por parte das empresas e dos consumidores em relação ao potencial do mercado de gás.

"O gás não tem problema de competitividade, mas sim de credibilidade. [As pessoas e as empresas] não acreditam no potencial do gás natural. Não há cultura de uso de gás no Brasil", analisou Tavares, completando com uma crítica ao monopólio de venda e, também, à atitude das empresas em não divulgar este combustível.

"É uma estrutura muito aquém do que poderia ser, dado o tamanho da economia brasileira. Onde está o mercado? Não temos parâmetros de competição”, afirmou, argumentando que outros mercados possuem ofertantes, compradores, energéticos para brigar. “Aqui não temos isso. É 100% vendido por única empresa. E as outras que descobrem o gás não divulgam, ficam esperando para ver o que vai acontecer.”

Na visão de Tavares, se o Brasil mantiver esse "mercado monopolista" corre o risco de não olhar para frente e perder ainda mais terreno para a vizinha Argentina, por exemplo. “A Comgás hoje vende no país 12 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente a 1/4 do que é vendido em Buenos Aires, quando deveria vender 60 milhões”, concluiu.


FONTE: Agência Indusnet Fiesp

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Estudos para expansão de gasodutos devem ser publicados em junho


Os estudos para a elaboração do Plano Decenal de Expansão da Malha de Transportes Dutoviários de Gás Natural (Pemat) deverão ser divulgados no próximo mês, segundo a diretora de gás natural da Secretaria do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Symone Christine de Santana Araújo. Os estudos deveriam ser divulgados em abril, segundo a diretora, mas houve a necessidade de mais detalhamentos e a data foi adiada. 



Depois da publicação dos estudos, será necessária ainda uma chamada pública para identificar a demanda efetiva e as empresas interessadas em contratar o uso da capacidade instalada dos gasodutos. Symone afirmou que a publicação do primeiro Pemat, muito aguardada pela indústria do gás, já sofreu muitos atrasos, mas a expectativa é de que aconteça no segundo semestre deste ano. Companhias que necessitam escoar o gás e as próprias empresas fornecedoras de equipamentos e serviços esperam a publicação do documento para o desenvolvimento do setor. 

O plano será elaborado em conjunto pelo Ministério de Minas e Energia, Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com a contribuição da indústria, e trará um levantamento da necessidade da construção de dutos para o escoamento da produção de gás natural em solo brasileiro. A partir do levantamento, as construções deverão ser viabilizadas por meio de licitações. A ideia é que o plano seja divulgado anualmente. A criação do Pemat foi estabelecida a partir do decreto que regulamenta a Lei 11.909/09, a chamada "Lei do Gás", que trata da produção, logística e estoque do gás natural no Brasil. 

O prazo para as companhias apresentarem propostas de projetos a serem construídos terminou em 31 de março e a EPE recebeu apenas uma proposta. Segundo Symone, outros projetos ainda podem ser apresentados, desde que o proponente explique o motivo do atraso. 

Symone destacou que a participação da indústria na elaboração do plano será muito importante. “O MME estabelece regras para que os agentes da indústria do gás natural forneçam à EPE [Empresa de Pesquisa Energética] dados para a elaboração dos estudos sobre a expansão da malha dutoviária”, explicou. “Temos feito um exercício grande de transparência e democracia”, disse. 

O mapa do petróleo 

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que até julho será divulgado o estudo chamado Zoneamento do Potencial Petrolífero Brasileiro, que oferecerá subsídios para as políticas do Ministério de Minas e Energia. O levantamento, que está sendo feito há cerca de um ano, conterá informações que serão usadas nas próximas licitações de blocos petrolíferos e também no Plano Decenal de Expansão da Malha de Transportes Dutoviários de Gás Natural (Pemat). O estudo está sendo desenvolvido há cerca de um ano. 

Segundo Tolmasquim, o mapeamento visa levantar as áreas com maior probabilidade de encontrar petróleo e gás e apontar onde estão os locais com infraestrutura avançada para o setor, como gasodutos e refinarias. As áreas de preservação ambiental também deverão constar no levantamento. A ideia da EPE é publicar este estudo periodicamente 

“Isso será importante tanto para os investidores quanto para outros setores que precisam reconhecer as áreas estratégicas do setor de petróleo e gás”, disse Tolmasquim, que participou nesta terça-feira de seminário sobre gás natural, do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), no Rio de Janeiro. 

Fonte: Valor Online 

terça-feira, 8 de maio de 2012

A Integração da Cadeia no Novo Cenário de Oferta


13o Seminário sobre Gás Natural - realizado pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo)




Nos dias 07 e 08 de maio, participei deste Seminário, no Rio de Janeiro. Fui acompanhado de Paulo Scholl e Guilherme Bedene, ambos da Compagas. Houve um amplo debate sobre como o mercado do gás vai encarar os próximos 10 anos e quais as prospecções para os próximos 30 anos.

Foram divididos estes objetivos em tópicos. Primeiro discutiu-se sobre como o Brasil vai melhorar e ampliar  a oferta de gás. Quando vai buscar a interiorização desta distribuição. Apos falou-se sobre as questões de infraestrutura tanto de transporte como distribuição.

No final do primeiro dia foi feita uma mesa redonda onde os impactos da regulamentação da Lei do Gás nos mercados regionais foi colocada sobre a visão do regulador federal e do regulador estadual.

Começamos o segundo dia falando sobre as alternativas tecnológicas para a monetização de reservas de gás. Sobre esse assunto vale ressaltar o professor Michael J. Economides, da University of Houston, que deu realmente uma aula sobre o assunto. Seguindo o cronograma discutiu-se sobre os obstáculos e alternativas para atendimento ao potencial de demanda.

Durante o almoço, trocamos muitas informações sobre GNL, experiências Offshores em vários paises com o consultor da Saipem – Eni, João Antonio Bernardi Filho e com o Gerente Comercial da Sul Gás, Jackson Spreb.

Retornamos para o evento para discutirmos sobre as garantias do crescimento sustentado do mercado e precificação. Foram tratadas varias experiências nesse debate, como a da Argentina, os preços do GNL, seus indexadores internacionais e impactos no consumo final de gás.

Ao final do dia e do encontro criou-se uma nova mesa redonda onde o assunto foi um balanço de oferta e demanda e seus desafios para os próximos dez anos.

Vai ser disponibilizado um material para os participantes deste evento. Farei um resumo do mesmo e disponibilizarei aqui no blog.

Alexandre Capanema

O mercado livre de gás – perspectivas e desafios



Recentemente, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou os primeiros comercializadores de gás no estado. Duas empresas cumpriram os requisitos colocados pela agência e se credenciaram para comercializar gás para os consumidores livres.

Potencialmente há 180 consumidores industriais com consumo acima de 10 mil  m3/dia, de início na área de concessão da Comgás, que podem contratar o energético com qualquer comercializador autorizado pela agência e pagar uma tarifa para que o gás seja distribuído pelo sistema da concessionária até seu ponto de consumo. O objetivo é criar oportunidades para que haja concorrência no fornecimento do gás, já que a distribuição na rede continua um monopólio natural regulado pela agência estadual.

Até o momento não foram registrados contratos com consumidores livres em São Paulo. Um dos principais motivos para uma movimentação tão pequena desse mercado é a falta de ofertantes de gás. Esse quadro também reflete quão jovem é ainda este mercado.

Apenas a partir de 1990, com a descoberta de reservas na Bacia de Campos e o início da construção do Gasoduto Brasil-Bolívia, é iniciado um período de evolução significativa do gás no país, cujo principal marco regulatório atual é a Lei 11.909/2009, a Lei do Gás. Nesse período, e comandado pela Petrobras, houve um crescimento muito significativo na prospecção de petróleo, que gerou uma elevação concomitante das reservas nacionais de gás, as quais passaram a 423 bilhões de m3 em 2010 – sem contabilizar as reservas do pré-sal. Considerando que o consumo nacional está por volta de 60 milhões de m3/dia, pode-se dizer que as perspectivas para a oferta são muito positivas.

Adicionalmente, no cenário mundial há valorização desse energético. O período futuro tem sido chamado de “Era de Ouro do Gás”, devido à revolução tecnológica do GNL, que permite o transporte do gás em navios a custos economicamente atrativos, e também pelas descobertas e pelo desenvolvimento de tecnologias viáveis de extração dos chamados gases não convencionais, sobretudo o gás de xisto (shale gás) e o tight gas. Nos EUA, o desenvolvimento recente envolveu uma consolidação dos negócios e o crescimento da oferta deste e de outros gases não convencionais. Por isso se prevê uma redução quase completa de importações de gás daquele país até 2030. 

Outras significativas descobertas ao longo do planeta elevaram as reservas provadas de gás natural a 138 trilhões de m3, hoje suficientes para abastecer o mercado mundial por 62 anos, considerando-se o consumo estável. No Brasil, além das reservas mencionadas há descobertas de shale gas nas bacias do Paraná e do Parnaíba e de tight gas na Bacia de São Francisco. Então, pelo lado da oferta as perspectivas são bastante positivas. No entanto, para ancorar investimentos que permitam a elevação da oferta de modo a baixar os preços internos é preciso haver um mercado firme para o gás.

Podemos citar alguns desafios para que esse mercado floresça: o setor químico, grande consumidor de gás, sofreu estagnação nos últimos anos pela falta desse energético a preços competitivos. As unidades petroquímicas de primeira e segunda gerações são fundamentais para o desenvolvimento do gás no país. A cogeração, que é o aproveitamento mais eficiente do gás, ainda não decolou também em função do preço. Quanto às termelétricas, importante fonte de energia firme para nossa matriz elétrica, baseada na hidreletricidade, falta uma política integrada de gás e energia elétrica para seu desenvolvimento. E o GNV, usando uma expressão popular, também tem “andado de lado”, à espera de sinais claros de oferta e preço. Com tudo isso, o desenvolvimento das redes de distribuição também fica esperando que as âncoras se desenvolvam.

Para quebrar esse círculo vicioso algumas importantes medidas governamentais são necessárias, como a integração da política energética englobando gás e energia elétrica, envolvendo o futuro das termelétricas, da cogeração e do GNV. Além disso, cabe ao mercado ficar atento à evolução do shale gas, que agora desponta na Argentina com bastante força e pode representar a grande diferença aqui também, assim como já o fez nos EUA.

Artigo de Silvia Calou (diretora de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Gás Canalizado e diretora presidente da Arsesp) sobre o tema.
 
FONTE: Revista Brasil Energia

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