segunda-feira, 14 de maio de 2012

'Novo' gás natural nos EUA atrai interesse da Braskem

Empresa quer processar gás de xisto para gerar o próprio insumo

A Braskem revelou ontem estudos para processar gás de xisto no mercado norte-americano. O gás de xisto, ou "shale gas", está promovendo a retomada da indústria petroquímica local. A empresa é a sexta maior petroquímica do mundo, atrás de gigantes como Sabic, Exxon, Dow, Ineos e LyondellBasel. Segundo Carlos Fadigas, presidente da Braskem, o plano da companhia é tentar produzir o próprio propeno, que será consumido nas cinco plantas de PP, ou polipropileno, que a empresa tem nos Estados Unidos.
A grande oferta de gás natural de xisto abre a possibilidade de a empresa obter o propano e convertê-lo em propeno para suas fábricas.
Não há definição sobre investimentos. A Braskem não descarta a opção de buscar um parceiro para o projeto. "Poderíamos oferecer a garantia de compra do propeno", disse Fadigas.


MÉXICO
Enquanto o projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) não sai do papel, a Braskem avança em outros mercados. A empresa promete iniciar neste ano a construção da central petroquímica no México, onde pretende investir cerca de US$ 4 bilhões.
A Braskem e a Abiquim, a associação da indústria química, têm cobrado do governo federal uma política industrial. "O que a petroquímica será no fim da década dependerá de decisões tomadas agora", disse Fadigas.
O principal pedido do setor é a definição de uma política industrial que dê condições para o uso do gás natural como matéria-prima na indústria. Hoje, o insumo tem uso energético.

BALANÇO

A Braskem fechou o primeiro trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 152 milhões, valor 50% inferior ao resultado obtido no mesmo período ao ano passado.
O presidente da empresa disse que a queda de demanda no mercado internacional interferiu no resultado. No Brasil, houve pequena recuperação das vendas.

Fonte: Folha de S. Paulo

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