quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Petrobras coloca volume recorde de gás no mercado

A Petrobras entregou ao mercado um total de 91,4 milhões de metros cúbicos de gás natural na sexta-feira, volume considerado recorde segundo a estatal.
 
O recorde anterior, de 85,9 milhões de metros cúbicos, foi alcançado no dia 12 de novembro de 2010, informou a companhia em comunicado nesta terça-feira.
 
Do total entregue, grande parte foi destinada para abastecer o mercado termelétrico, que está produzindo energia para poupar reservatórios das hidrelétricas neste inverno seco. Cerca de 36,1 milhões de m3/dia foram destinados para as usinas térmicas.
 
Segundo a Petrobras, seu parque gerador tem batido sucessivos recordes este mês, atingindo o pico de 5.225 megawats (MW) na sexta-feira. A capacidade total do parque gerador da Petrobras é de 6.952 MW.
Nas termelétricas de terceiros, para as quais a Petrobras também fornece gás natural, foram gerados 1.310 MW, consumindo 6,4 milhões de m3 de gás natural.
 
O mercado não termelétrico (indústrias, residências, veicular, cogeração e outros) recebeu 41,5 milhões de m3/dia. O volume restante (13,8 milhões de m3/dia) foi consumido pelas próprias unidades da Petrobras.
 
Segundo a estatal, só foi possível o recorde de fornecimento de gás graças ao aumento da produção nacional, em especial nos campos da bacia de Santos (Mexilhão, Uruguá-Tambaú e Lula). A produção brasileira de gás atingiu 41,7 milhões de metros cúbicos diários.
 
O gás boliviano importado também atingiu o seu volume máximo de capacidade de transporte pelo gasoduto Bolívia-Brasil, de 31,5 milhões de m3/dia.
 
Os terminais de GNL da Petrobras em Pecém (CE) e na Baía da Guanabara (RJ) completaram o fornecimento, com a regaseificação de 18,2 milhões de m3/dia.
 
Fonte: Reuters

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

São Paulo vai atrás do shale gás

O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, assinou um convênio com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas para verificar se existe xisto no território do estado em quantidade e qualidade suficientes para produzir gás.
 
O gás de xisto está ocupando o debate no setor e é um dos temas principais da Rio Oil & Gas, que começou ontem no Rio de Janeiro. Tudo porque,como se sabe, o produto já ocupa significativa parcela da matriz energética dos Estados Unidos e o país está obtendo grande vantagem em custos comparativos com o petróleo que, aliás, por lá, anda em franca expansão. "Estamos cientes das questões ambientais levantadas, mas não podemos ficar só olhando o setor sem agir", diz Aníbal.
Fonte: Brasil Econômico

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Seminário Nacional de Telecomunicações terá sala da Compagas

A Compagas estará presente no 13º Seminário Nacional de Telecomunicações Aptel, que será realizado de 11 a 13 de setembro no Expo Unimed Curitiba. A companhia terá um mini-auditório, com capacidade para cerca de 150 pessoas, onde serão apresentados painéis com os temas: automação, monitoramento e medição; cogeração, geração de ponta e climatização; GNV; Biogás; mercado, suprimento e estratégias das distribuidoras de gás natural; infraestrutura e logística do gás natural no Paraná, entre outros assuntos.

 Os painéis serão apresentados por diretores e gerentes das companhias de gás natural do Brasil, entre elas Copergás, Ceg, Bahiagas, Algas, Gasmig e SCGás. Além dos dirigentes das distribuidoras, algumas palestras serão ministradas por representantes do Ministério de Minas e Energia e de fornecedores como Bosch, Cummings (Motormaq), Caterpillar entre outros.
 
Seminário discute novas tecnologias

 O Seminário da Aptel acontece anualmente. Em 2010 ocorreu na cidade de Florianópolis, em 2011 em Brasília e neste ano chega a Curitiba. Trata-se de um seminário técnico dedicado aos temas de aplicação de tecnologias de telecomunicação, automação e TI nas infrasestruturas de utilidade pública e engloba setores como energia elétrica, renováveis, gás, saneamento e telecomunicações. O objetivo é inteirar a comunidade presente das soluções tecnológicas mais recentes e apresentar casos de sucesso nesta área.

Os funcionários da Compagas têm direito a comparecer gratuitamente ao seminário. Quem tiver interesse, pode entrar em contato com a Ana Paula, da equipe de Marketing e Comunicação, pelo e-mail ana.feitoza@compagas.com.br, e informar nome completo e CPF. Os credenciamentos podem ser feitos até o dia 06/09 (quinta-feira).

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Richa autoriza ampliação de fornecimento de gás natural entre a Compagas e a Petrobras

 
O governador Beto Richa assina nesta terça-feira (4), às 14h30, no Palácio Iguaçu, em Curitiba, a autorização para a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) firmar contrato de suprimento adicional de gás natural com a Petrobras. O novo acordo, de R$ 3,5 bilhões, prevê o fornecimento do volume de 2,8 bilhões de m3 de gás natural no período de julho de 2013 a julho de 2024.
 
O Estado do Paraná possuía no início da gestão contrato de R$ 2,8 bilhões de suprimento de gás até 2024. Em 2011, o governo adquiriu mais R$ 1,2 bilhão adicional. Com este novo contrato é totalizado um investimento de mais de R$ 4,7 bilhões na compra de gás natural.

José Roberto Gomes Paes Leme, Luciano Pizzatto e
 Fábio Augusto Norcio com o Governador do Paraná, Beto Richa.
 
A autorização tem o objetivo ampliar o uso do gás natural no Estado, diversificando a matriz energética do Paraná, como uma forma indutora de desenvolvimento integrado estadual e regional.
 
 
SERVIÇO: Ampliação de fornecimento de gás natural entre a Compagas e a Petrobras.
Dia: 04 (terça-feira).
Horário: 14h30.
Local: Palácio Iguaçu.
Endereço: Praça Nossa Senhora de Salette, s/nº. Centro Cívico – Curitiba – Paraná
 
Fonte: Agência Estadual de Notícias

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Projeto de gasoduto no Brooklyn, em Nova York, gera uma série de preocupações

Nova York precisa de energia mais limpa e mais barata. Essa é a única coisa em que concordam todos os que estão acompanhando um gasoduto de gás natural proposto nas Rockaways. Mas o projeto – um duto vindo do Oceano Atlântico, passando sob a península de Rockaways e Jamaica Bay, e então seguindo para o sudeste do Brooklyn- tem provocado preocupação e oposição desde que foi anunciado neste ano.
 
O gás natural faz os consumidores economizarem dinheiro, diminui a dependência de petróleo estrangeiro e é mais limpo do que outros combustíveis fósseis (apesar da extração por meio de fratura hidráulica levantar outras questões). Mas diante dos recentes vazamentos e explosões em gasodutos, os defensores do meio ambiente e moradores do Brooklyn dizem temer que o gasoduto possa danificar ecossistemas frágeis, criar riscos à segurança e comprometer a maior área de parque nacional do distrito, o Floyd Bennett Field. E o próprio processo de planejamento tem atraído críticas de grupos comunitários, que disseram que ele não foi suficientemente aberto para revisão pública.

 
A National Grid, a empresa que fornece gás ao Brooklyn, diz que à medida que aumenta a demanda por gás natural, o sistema precisa ser ampliado. “O Brooklyn não vê um novo ponto de fornecimento há 50 anos”, disse John Stavarakas, o diretor de planejamento de longo prazo e desenvolvimento de projeto da National Grid. “Nós estamos no limite de nossa capacidade.”
 
Até que os estudos de impacto ambiental sejam concluídos -especialmente sobre o efeito do gasoduto no lado do oceano da península de Rockaways, onde o plano pede por escavação mais invasiva do que no lado da baía- muitos ambientalistas estão evitando dar apoio.
 
“Se não reduzirmos os gases do efeito estufa, então os pântanos de Jamaica Bay acabarão debaixo d’água de qualquer forma”, disse Glenn Phillips, diretora executiva do grupo ambiental New York City Audubon. “Mas as perturbações temporárias poderiam ser muito danosas ao local, que é de importância crítica para pássaros, límulos e peixes.”
 
No domingo (2), oponentes do gasoduto, liderados por um grupo chamado Coalizão Contra o Gasoduto de Rockaway, planejam realizar um comício na praia no Jacob Riis Park, em Rockaways, Queens.
 
O projeto de US$ 265 milhões, que levaria cerca de um ano para ser concluído, consiste de três partes: uma conexão de cinco quilômetros, construída pelas Williams Companies, entre o gasoduto Transco existente no Oceano Atlântico e a península de Rockaways; e um trecho de 2,5 quilômetros começando na Rockaways e passando sob Jamaica Bay e a Área Nacional de Recreação Gateway, até o Floyd Bennett Field, o aeroporto desativado que faz parte da Gateway; e uma estação de medição construída em um hangar desativado no Floyd Bennett Field.
 
Os defensores dizem que a construção geraria 300 empregos e que a estação concluída daria à cidade US$ 8 milhões anuais em impostos.
 
O governo Bloomberg, que pede pela ampliação do uso de gás natural em sua iniciativa PlaNYC 2030, encorajou os deputados Gregory W. Meeks, de Queens, e Michael Grimm, de Staten Island, a apresentarem em conjunto um projeto de lei federal, aprovado em fevereiro, autorizando o uso de terras do parque nacional para o projeto.
 
A Regional Plan Association, um grupo sem fins lucrativos que estuda questões de desenvolvimento local, apoia o gasoduto. “A cidade precisa de gás natural para substituir o óleo para aquecimento, uma meta ambiental importante”, disse Robert Pirani, vice-presidente da associação para programas ambientais.
 
Mas a Coalizão Contra o Gasoduto Rockaway e outros críticos apontam para o histórico de segurança das Williams Companies e expressaram preocupação com uma possível explosão em um parque nacional ou em um bairro densamente habitado. Desde 2008, os gasodutos da empresa sofreram acidentes -incluindo vazamentos, rupturas e explosões- em pelo menos sete Estados. A empresa e suas subsidiárias enfrentam “ordens de ações corretivas” do governo em dois casos, incluindo uma explosão no Alabama no ano passado, e multas em dois outros. Um porta-voz da empresa disse que todas as questões levantadas pelos acidentes foram tratadas.
 
Brian O’Higgins, diretor de engenharia das Williams Companies, disse que grande parte do gasoduto seria instalada usando um método relativamente não invasivo que envolve perfuração horizontal, que abre um pequeno buraco, perfura subterraneamente e então gradualmente alarga o buraco. Isso evitaria escavação nas praias da Rockaways ou em Jamaica Bay. Mas 3,58 quilômetros do gasoduto no oceano seriam instalados por métodos convencionais, exigindo grande escavação, disse a empresa. Um porta-voz das Williams Companies, Chris Stockton, disse que a rota planejada evita “hábitat sensível”.
 
Dois defensores do meio ambiente -Don Riepe, o Guardião de Jamaica Bay pela Sociedade do Litoral Americano, e Dan Mundy Jr., cofundador da Jamaica Bay Ecowatchers- disseram estar muito preocupados com a conexão no oceano.
 
“É uma escavação de um buraco imenso em uma área extremamente crítica”, disse Mundy. “Há muita vida ali – solha, linguado, lagosta.”
 
Dois conselhos comunitários, o No14 em Queens e o No18 no Brooklyn, também fizeram objeções ao projeto. Para o conselho do Brooklyn, o problema é a proposta de construção da estação de medição e da estação reguladora no Floyd Bennett Field.
 
Em uma reunião em 15 de agosto, organizada pela Coalizão Contra o Gasoduto Rockaway, várias pessoas disseram que a entrega de terras de um parque público para o setor privado estabelece um precedente preocupante.
 
O processo de planejamento também foi um problema. Em fevereiro, depois que o Congresso autorizou o Serviço Nacional de Parques a dar andamento ao projeto, ultraje e teorias de conspiração passaram a tomar conta dos blogs locais, listas de discussão online e jornais.
 
Stockton, o porta-voz das Williams Companies, disse que o uso de terras de um parque nacional exigia apoio do Congresso e da presidência apenas para que o processo pudesse ter início. “Esse ainda é um passo bem, bem inicial”, acrescentou O’Higgins, com muitos outros ainda necessários, incluindo os estudos de impacto ambiental e as aprovações da Comissão Reguladora Federal de Energia e do Departamento de Conservação Ambiental estadual.
 
Ativistas e ambientalistas se queixaram de que o plano parece fato consumado e de que o serviço de parques se manteve em silêncio, nunca mencionando a proposta durante as reuniões públicas para discussão do futuro do Floyd Bennett Field. A revelação de que Grimm recebeu um total de US$ 3 mil da National Grid e das Williams Companies para sua campanha para reeleição depois de apresentar o projeto de lei também causou controvérsia. Grimm disse que não houve toma lá, dá cá.
 
Caso o projeto avance, outra briga se pronuncia, em torno do dinheiro; todos os envolvidos parecem ter uma ideia diferente sobre quanta receita será gerada e para onde será destinada. Os defensores locais disseram que se tiverem que conviver com o gasoduto, o dinheiro deve ir para Jamaica Bay, e não desaparecer no orçamento geral do Serviço Nacional de Parques.
 
“Isso ao menos deveria fornecer algum dinheiro ao parque”, disse Riepe, acrescentando que o dinheiro seria altamente necessário para recuperação do pântano, que ele descreveu como “a força vital de Jamaica Bay”
 
 
Fonte: UOL