quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Indústria cerâmica escolhe o gás natural como garantia de qualidade e competitividade

Fornecimento contínuo e vantagens operacionais também estão entre os atributos do combustível fornecido pela Compagas.
Em busca de mais qualidade e competitividade no mercado as indústrias cerâmicas paranaenses optam pelo gás natural. Além de vantagens técnicas e operacionais que interferem diretamente no acabamento do produto final destas empresas, o uso do combustível fornecido pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas) permite ainda maior economia.
Assim que chegou à Porcelarte, indústria de porcelanas localizada em Campo Largo (PR), há pouco mais de um ano, a primeira sugestão do técnico em porcelana e consultor de empresas, Osvaldo Júlio Falaz, foi trocar a energia elétrica utilizada na fábrica para o gás natural. “Sem a mudança para o gás natural, é provável que a fábrica tivesse parado de produzir, já que o uso da energia elétrica é muito cara. Além de competitividade, ganhamos em qualidade visual, devido à queima limpa e uniforme que o gás natural proporciona”, revela o consultor, destacando que com o gás natural a produção da indústria dobrou e os custos com a manutenção dos equipamentos caíram.

Assim como na Porcelarte, a qualidade visual das peças é um dos principais motivos para o uso do gás natural na Porcelanas Bordignon, indústria também localizada em Campo Largo (PR). A diretora comercial da empresa, Márcia Bordignon, aponta, ainda, o fornecimento contínuo e a dispensa de cilindros para estocagem de combustível como outras vantagens da utilização do gás natural na indústria. “Antes da chegada do gás natural canalizado a Campo Largo, a Bordignon utilizava o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e era necessário destinar um local específico para armazenar os cilindros, com o gás natural isso não é mais preciso”.
O gerente do segmento industrial da Compagas, Mauro Melara, explica por que o gás natural é um insumo tão importante para os empresários do setor de cerâmica e porcelana e atribui características únicas às peças. “Usado no processo de queima em substituição aos antigos fornos movidos à lenha, óleo combustível ou até mesmo energia elétrica, o gás natural oferece uma queima limpa, não deixa resíduos nas louças. Por isso, as peças ficam melhor acabadas. O gás natural também apresenta mais segurança no processo de queima e menor custo, além de emitir menos poluentes”.
A Compagas atende atualmente oito clientes industriais do setor cerâmico instalados em Campo Largo e São Mateus do Sul que, juntos, consomem cerca de 90 mil m³/dia do gás natural para a fabricação de seus produtos. Este volume representa pouco mais de 9% do total comercializado ao segmento industrial pela Compagas. Para saber mais, acesse: www.compagas.com.br/industrial
Compagas patrocina Feira da Louça
Para estreitar o relacionamento com o setor ceramista de Campo Largo, a Compagas patrocina a 26ª Edição da Feira da Louça, que acontece de 2 a 11 de setembro. Organizada pelo Sindilouça-PR, a mostra tem o objetivo de apresentar ao público a produção do maior polo cerâmico paranaense e é um dos principais eventos do gênero, inserida na agenda de eventos e turismo nacional.
O polo-cerâmico de Campo Largo é destaque por sediar as maiores empresas de porcelana da América Latina. Líder de produção, seus produtos são exportados para a Europa, EUA, Austrália, entre outros países. Vale ressaltar que 90% da porcelana, 50% da cerâmica eletroeletrônica e 30% da cerâmica branca consumidas no território brasileiro são produzidos em Campo Largo.
Sobre a Compagas: a concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Estado do Paraná completou 20 anos em 2014. Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia – Copel, com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%. Em março de 2000, a empresa passou a ser a primeira distribuidora do Sul do país a fornecer o gás natural aos seus clientes, com a inauguração do ramal sul do gasoduto Bolívia – Brasil (Gasbol). Atualmente, a Compagas conta com mais de 33 mil clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica e está presente em 17 municípios: Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, São Mateus do Sul, Pinhais, Campina Grande do Sul, Paranaguá, Londrina, Carambeí e Castro.
Fonte: Compagas / Comunicação

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Gás natural canalizado tem sido a aposta dos condomínios residenciais

Com utilizações práticas em ambientes como cozinha, banheiro, área de serviço, área de lazer e na climatização de ambientes, o gás natural canalizado tem sido uma aposta dos condomínios residenciais verticais e horizontais. A prova disso é que a Companhia Potiguar de Gás (Potigás), distribuidora exclusiva do produto, fechou contrato para 1.197 unidades residenciais em 2016.
A praticidade é uma das vantagens oferecidas pelo gás natural canalizado. São muitas as aplicações do combustível e pode ser utilizado em fornos, fogões, geladeiras a gás, para aquecer a água do chuveiro, pia e banheiras. As áreas de lazer dos condomínios também podem utilizar nas churrasqueiras e para aquecer a água das piscinas e saunas. Outra utilização é nas centrais de ar condicionado, o que garante ainda mais economia com energia elétrica.

Com o gás natural canalizado, os condomínios também garantem mais espaço útil para os moradores, já que não é necessário estocar gás para posterior distribuição, além da segurança em não armazenar botijões. O produto vem diretamente da rua e seu abastecimento é contínuo, configurando ainda mais vantagem para o consumidor.
A economia também é garantida, pois além de o gás natural canalizado ser mais barato, ainda eleva a vida útil dos equipamentos em virtude da baixa emissão de gases ácidos e compostos de enxofre. A produção de uma chama mais forte permite um consumo menor do produto. E o melhor é que o consumidor só paga depois de consumir o combustível.
No mês de julho, a Potigás fechou a distribuição de gás natural canalizado para mais 180 novos clientes de quatro condomínios residenciais, o que resulta em um incremento de 1.300 m³ por mês. São eles: Vivant, em Lagoa Nova; Therramare, em Ponta Negra; Eudes Galvão, em Petrópolis; e Tom Jobim, no bairro de Nova Betânia, em Mossoró.

Fonte: Natal Post

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Uma nova chance para o gás natural?

Todas as grandes companhias de energia enxergam o gás natural como um combustível e/ou matéria-prima essencial para o desenvolvimento econômico, além de uma ponte para a transição para uma matriz energética menos poluente. Embora tenhamos acordado para a necessidade de aumentar o uso de gás natural na geração de eletricidade, no Brasil esse setor se desenvolveu timidamente quando se olha para o resto do mundo. A nossa indústria do gás carece de dinamismo.
O investimento privado nessa área, não considerando a Petrobras, é muito pequeno para um país como o Brasil. Existe um consenso sobre a existência de um problema, mas não sobre as suas causas e, muito menos, sobre o tratamento a ser aplicado para reverter esse quadro.
Nossa legislação supõe existirem milhares de empreendedores implorando para serem autorizados a investir
Durante muito tempo, havia quem enxergasse a Petrobras como uma causa de todos os males. Dizia-se que ela bloqueava a entrada de novos agentes nesse setor, etc. Por outro lado, também havia quem enxergasse que sem a Petrobras o mercado de gás natural no Brasil simplesmente não existiria. A Lei do Gás, promulgada em 2009, comprou o primeiro entendimento. Para tentar resolver esse “problema”, acabou introduzindo uma miríade de novas regras e conceitos para o transporte e comercialização de gás natural. Não faltou quem visse na Lei do Gás uma nova e promissora era, com investimentos privados vindos em profusão. Doce ilusão: desde que promulgada, praticamente nenhum novo investimento relevante aconteceu.

Mas, afinal, o que está errado? Para reflexão do leitor, podemos citar alguns episódios recentes de dificuldades enfrentadas por quem resolveu investir nesse setor.
Um grande empresário resolveu comercializar gás em um estado do sul do Brasil por meio da importação de “gás natural liquefeito” (GNL), usando um porto da região. Depois de muito analisar a viabilidade da construção de gasoduto ligando o terminal marítimo de recebimento de GNL a centros consumidores, chegou à conclusão de que seria praticamente impossível diante das inúmeras complexidades regulatórias criadas pela Lei do Gás. Resolveu, então, no lugar de construir o gasoduto, construir barcaças para transportar o gás até os centros consumidores usando uma rota fluvial que, por sorte, existia nesse caso. Quem perdeu? A infraestrutura do Brasil, que estaria muito melhor servida se o gasoduto fosse construído.
Outro grande empresário descobriu reservas de gás natural no Nordeste. Depois de também concluir pela inviabilidade de construir um gasoduto para comercializar o gás natural junto a complexos industriais relativamente próximos, decide construir uma termelétrica a gás literalmente em cima das reservas. Para a sua surpresa, a emissão da licença ambiental vem com a exigência de que seja contratada a distribuidora de gás canalizado da região. Diante da impossibilidade de contornar essa exigência, constrói um gasoduto de poucos metros, dentro do seu próprio terreno, ligando a instalação de processamento do gás até à usina termelétrica. O gasoduto é doado para a distribuidora que é contratada para fazer a sua operação e manutenção por uma remuneração de muitos milhões de reais por ano, penalizando o retorno do investimento feito pelo empresário. Um dos melhores exemplos de custo Brasil que se pode imaginar.
Poderíamos dissertar longamente sobre outros casos e também outros fatores (inclusive tributários) que contribuem para o Brasil ter uma indústria do gás tão pouco dinâmica. Evidentemente, esse espaço não é adequado para isso, mas é uma oportunidade para chamarmos atenção para o fato de estamos diante de um momento sem precedentes para tentar reverter esse cenário. Começa a se abrir uma janela de oportunidade para a indústria do gás no Brasil.
Destacamos quatro fenômenos que convergem para criar essa situação. O primeiro é a revolução da indústria do gás não convencional nos Estados Unidos, que aumentou a oferta de gás natural de forma inimaginável até pouco tempo atrás. O segundo foi a evolução tecnológica da produção e transporte de GNL, que cada vez aproxima o gás natural das características de uma commodity tipo o petróleo. O terceiro é o desejo da Petrobras de reduzir ao máximo a sua presença na comercialização e transporte de gás natural, por meio da venda de infraestrutura estratégica, para se concentrar no desenvolvimento de campos de petróleo do pré-sal. E o quarto é o fato de que teremos o gasoduto Bolívia Brasil já praticamente todo amortizado e talvez com capacidade disponível para outros carregadores diante da possível diminuição da oferta do gás boliviano para o Brasil e da implementação do swap.
Para que não percamos mais essa janela de oportunidade, algumas reformas legais são urgentes. O governo e os agentes do setor estão se alinhando para encontrar um modelo que seja mais transparente, eficiente e receptivo a novos players.
Contudo, mais importante do que a forma pela qual essa mudança será implementada, é a necessidade de coordenação entre os atuais players do mercado de produção/importação/transporte com a esfera estadual na qual se inserem as distribuidoras de gás e os grandes consumidores. Além de reduzir ineficiências do sistema, nessa nova realidade será preciso encontrar formas de manter a garantia de suprimento (ou security of supply) em nível compatível com aquela hoje oferecida pela Petrobras em seu modelo verticalizado.
Sem pretender discutir agora todas as mudanças legais que julgamos necessárias, gostaríamos apenas de pedir aos nossos governantes que coloquem uma questão na perspectiva correta: quem está fazendo um favor a quem? Não é o país que presta um favor quando autoriza um empreendedor a construir infraestrutura na área de gás. Mas, sim, o empreendedor que constrói essa infraestrutura que presta um favor ao país. Infelizmente, a nossa legislação supõe existirem milhares de empreendedores implorando para serem autorizados pelo poder público a investir nesse setor. A realidade é bem diferente como o tempo acabou mostrando.

Fonte: Valor Econômico / José Roberto Faveret e Ivan Londres