terça-feira, 15 de julho de 2014

Compagas deve bater faturamento recorde

O salto no caixa é resultado, sobretudo, do contrato de R$ 1,5 bilhão para o suprimento do combustível para a UEGA assinado em fevereiro, depois que a Copel reassumiu o controle da termelétrica de Araucária, após sete anos de arrendamento da usina para a Petrobras. Conforme o presidente da Compagas, Luciano Pizzatto, foram três anos de negociação e convencimento da Copel sobre a necessidade de voltar a operar a UEGA. A retomada ocorreu justamente no momento em que o setor elétrico passou a depender seriamente das térmicas para atender a demanda.
O faturamento recorde da companhia deve impactar positivamente os investimentos a partir de 2015. Mas a continuidade desse ciclo depende da busca de alternativas para o suprimento de gás no estado, prioridade máxima da companhia, que enfrenta a limitação da oferta causada pela saturação do gasoduto Bolívia-Brasil, explica Pizzatto.
Investimentos
Com mais dinheiro para investir, dois projetos devem ganhar atenção especial a partir do próximo ano. Um deles prevê a construção de novos ramais ligando Curitiba aos novos campos de gás convencional na região Centro-Sul do estado, na cidade de Pitanga, onde um consórcio formado pela Copel e mais três empresas venceu o leilão da ANP para exploração do combustível. “Esse investimento deve levar de três a cinco anos, o mesmo prazo para a maturação dos campos de gás. Trata-se de um investimento fundamental. A expectativa é que a exploração comece já em 2015“, afirma Pizzatto.

O outro é o projeto de construção de um gasoduto que liga o Porto de Paranaguá a Araucária, na região metropolitana, que a companhia tenta tirar do papel desde 2012. Com exceção da Copel, que é sócia majoritária da Compagas, a construção do terminal de importação de gás natural liquefeito (GNL) e do gasoduto sempre enfrentou resistência dos outros sócios da companhia – Petrobras e Mitsui.
Segundo Pizzatto, as duas empresas anunciaram recentemente o estudo de um projeto para a implantação de um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Rio Grande do Sul. ”Diante disso, não há argumentos que sustem as negativas das empresas em viabilizar um investimento semelhante no Paraná”, afirma.

Fonte: Gazeta do Povo – Curitiba/PR