terça-feira, 27 de agosto de 2013

ANP destaca potencial de gás natural em terra no Brasil

“O potencial do gás natural em terra é muito grande no Brasil, está em toda parte”, disse nesta segunda-feira, 26, em evento da Câmara de Comércio Americana, no Rio.
No caso do gás não convencional de folhelho (shale gas), Magda disse que, apesar de não haver confirmação do tamanho das reservas, o potencial é grande e a fonte precisa ser explorada. “Não é possível deixar o não convencional de lado.”
A ANP calcula, num exercício hipotético, que o potencial de gás não convencional em cinco bacias geológicas brasileiras poderia passar de 500 trilhões de pés cúbicos (TCFs), o que seria mais do que o pré-sal brasileiro. “É apenas um exercício, uma provocação”, esclareceu Magda.
O cálculo é feito com base no tamanho das bacias, usando como referência a produtividade da área de shale Barnett, uma região de shale gas de referência nos Estados Unidos.
Magda disse que, provavelmente, as bacias brasileiras não alcançarão a mesma produtividade. Porém, se obtivessem, a Bacia do Parnaíba teria 64 TCFs, Parecis 124 TCFs, Recôncavo 20 TCFs, São Francisco 80 TCFs e Paraná 226 TCFs.
A ANP destaca que a estimativa do Paraná foi feita por uma agência norte-americana e não é endossada pelo regulador brasileiro por falta de estudos.
A diretora-geral disse que o Ibama participará do licenciamento de poços para gás não convencional e estabelecerá requisitos específicos para este fim. Ela lembra que há Estados com larga experiência com licenciamentos, como a Bahia, e outros que estão sendo apresentados agora ao setor de óleo e gás, como Mato Grosso. “O Ibama vai ser um ator chave no licenciamento não convencional.”
Fonte: Estadão

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Honda será âncora para Comgás em novo polo automobilístico

Distribuidora vai poder atender outros clientes em Itirapina (SP) a partir de estrutura que fornecerá gás para nova fábrica de veículos

A Comgás contará com um citygate para atendimento da cidade paulista de Itirapina, a 212 km da capital, onde será construída a segunda fábrica da marca japonesa Honda no Brasil, com investimento de R$ 1 bilhão.
A concessionária já tem acordo em andamento com a companhia, mas sob cláusula de confidencialidade que não permite a divulgação de detalhes como o volume previsto de consumo.

A Honda servirá como âncora para uma futura estrutura de distribuição que permitirá fornecer gás natural para as demais empresas que virão à cidade de apenas 15 mil habitantes, formando um novo polo da indústria automobilística no estado de São Paulo.
Comércio, residências e municípios vizinhos também poderão ser atendidos futuramente, tão logo o mercado local se desenvolva e a rede vá se capilarizando, permitindo inclusive o suprimento a veículos movidos a GNV.

Elektro
Itirapina é atendida com eletricidade pela distribuidora Elektro, que informou que a fábrica da Honda terá suprimento em nível de transmissão a partir de instalações da CTEEP. Mas uma nova subestação da Elektro, de 138 kV/13,8, com 12,5 MVA, vai poder fazer frente à nova demanda por energia à medida que mais empresas se instalem no município e região. O investimento na nova subestação não foi revelado.

Fonte: Energia Hoje

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Reunião do Codesul vai discutir oferta de gás para região

O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul realizou, na segunda-feira, 19 de agosto, na sede da Fiesc em Florianópolis (SC), uma reunião reservada aos integrantes do Conselho e uma plenária com os governadores dos quatro estados membros, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O grupo vai discutiu em plenária comandada pelo presidente do Conselho, o governador de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, soluções para o problema da baixa oferta de gás natural para os estados membros.
Os quatro estados são atualmente atendidos exclusivamente pelo Gasoduto Bolívia-Brasil, que limita a capacidade de operação para o Sul do país em 12 milhões metros cúbicos diários de gás natural. Por ser suprida com gás importado com preço indexado em dólar, o que aumenta o preço e a deixa sujeita a volatilidade do câmbio, a região opera em desvantagem com outros estados supridos com gás nacional.
Atualmente, a região opera no limite de sua capacidade de oferta. Segundo informações da Transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil, em janeiro de 2013 foi registrado a distribuição de 95,9% da capacidade de transporte. Estudo realizado pelo Grupo de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro apontou uma demanda de mais de 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia até 2019 para os quatro estados, o que fortalece a necessidade de ampliação imediata do suprimento.

Cósme Polêse, presidente da SCGÁS, também participou da reunião. Ele reforça a importância dos supridores ampliarem a oferta à Região Sul do Brasil. De acordo com ele, a falta de mais suprimento de gás natural engessa o desenvolvimento da indústria de toda a região, que é a alavanca da economia do Sul do Brasil. Se o problema não for solucionado, há o risco de observar sérios danos ao desenvolvimento econômico da região.
No encontro, os estados assinaram um ofício endereçado à Petrobras, que solicita a ampliação da oferta e o acesso aos estudos da empresa que apontam as alternativas de ampliação da capacidade de fornecimento de gás aos Estados do Codesul. Entre as soluções sugeridas pelo grupo baseadas no estudo da UFRJ, estão a ampliação da capacidade de transporte do Gasbol e a implantação de um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito em um dos portos do Sul do Brasil. Além disso, outra solução possível é o transporte à costa do gás produzido nos campos de petróleo da costa sul-brasileira e que atualmente é queimado.
Fonte: Agência CanalEnergia