quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Abegás apresenta ao MME proposta em linha com Gás para Crescer

Ministério teria considerado “excelente” estudo apresentado pela associação, elaborado pela Strategy&
A Abegás apresentou ao MME nesta terça-feira (27/9) uma proposta com os principais pontos que, na visão das distribuidoras, precisam ser considerados na elaboração de novas políticas para o setor de gás natural, cuja discussão ocorre no âmbito do programa Gás para Crescer, criado para organizar a abertura do mercado de gás diante da saída da Petrobras. O estudo foi elaborado pela consultoria Strategy&, contratada pela Abegás, apurou a Brasil Energia.
Segundo fontes a par das discussões, o ministério teria considerado a proposta da Abegás como “excelente”, muito próxima às ideias já desenhadas pelo governo. A impressão geral, inclusive, é de que o estudo teria sido desenvolvido com base nas diretrizes principais já apontadas pelo MME. Essas diretrizes, junto às propostas apresentadas por diversos agentes interessados, serão alvo de uma minuta de resolução a ser publicada na próxima segunda-feira (3/10).

Em seguida, serão conduzidas novas rodadas de discussão até a redação de um texto definitivo, que seguirá para a análise do CNPE, na reunião de dezembro. Os dez temas prioritários são resultado de um consenso entre governo e indústria, segundo o secretário de Petróleo e Gás do MME, Márcio Félix.
As diretrizes preveem o compartilhamento de infraestruturas consideradas essenciais para o mercado de gás natural, o que deve incluir os terminais de regaseificação de GNL e as unidades de processamento (UPGNs); o apoio às negociações de compra de gás da Bolívia; a harmonização entre as regulações estaduais e federal, que representa hoje o principal entrave para o swap de gás; entre outras ações.
Mais prazo para revisão de tarifa
A Abegás também encaminhou à ANP um pedido de extensão do prazo da chamada pública que discute a revisão da tarifa referente ao transporte de gás natural que compõe os contratos de compra e venda do insumo. A associação pediu que o prazo seja de 90 dias no total, e não de 30, como foi previsto inicialmente. A ANP ainda não divulgou seu parecer.
A proposta inicial da agência prevê a transição de uma parcela fixa de preço para outra flexível, que levaria em consideração o custo proporcional à distância entre os pontos de entrada e saída do gás natural na rede. A princípio, o processo de consulta de interesse vai até 12 de outubro.

Fonte: Brasil Energia Online

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Petrobras vende 90% de gasoduto no Sudeste por US$ 5,2 bi

Transação é a maior feita pela estatal em seu programa de venda de ativos, criado para abater dívidas da companhia
Um consórcio liderado pela canadense Brookfield chegou a um acordo com a Petrobras para comprar 90% da unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS) da estatal. O negócio foi fechado por 5,2 bilhões de dólares.
A Brookfield, uma das maiores gestoras de recursos do mundo, vai deter uma participação de controladora no consórcio. O grupo inclui os fundos CIC Capital Corp, da China, e GIC Private, de Cingapura, que são clientes da Brookfield Asset Management, e o fundo de pensões de British Columbia, no Canadá.

A Petrobras informou nesta sexta-feira que a primeira parcela do montante acordado, correspondente a 84% do valor total (4,34 bilhões de dólares), será paga no fechamento da operação e o restante (850 milhões de dólares), em cinco anos.
O acordo para a venda da NTS, que tem cerca de 2.500 quilômetros de gasodutos no Sudeste do Brasil, representa o maior desinvestimento até o momento dentro do plano da Petrobras de vender 15,1 bilhões de dólares em ativos em 2015 e 2016.
A estatal tenta vender ativos para abater parte de sua enorme dívida, que somou em termos líquidos 332,39 bilhões de reais em 30 de junho. Esse é o maior débito de uma petroleira no mundo.
 “Essa operação abre oportunidades para que parcerias com outras empresas, com larga experiência e condições de investimento, contribuam para o fortalecimento da indústria de gás natural no Brasil”, afirmou a Petrobras em nota.
A estatal afirmou ainda que o acordo fomenta também novos investimentos na ampliação da infraestrutura de transporte de gás, com o objetivo de criar um modelo de desverticalização da cadeia de gás natural. Às 11h, as ações preferenciais da Petrobras estavam em baixa de 1,2%. As ordinárias, por sua vez, caíam 1%.

Fonte: VEJA.com