terça-feira, 20 de novembro de 2012

XIII Seminário Nacional de Petróleo e Gás Natural no Brasil




O 13° Seminário Nacional de Petróleo e Gás Natural no Brasil promete movimentar o Senado Federal, em Brasília, no próximo dia 22 de novembro (quinta-feira). Destaque para os painéis de debate sobre o PL 2565/2011, o sucesso da produção no Pré-Sal e as incertezas no mercado de derivados.
 
 
Tendo em vista a expressividade do setor de petróleo e gás natural no Brasil, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável, por meio do Programa Ação Responsável - que atua em parceria com o Governo Federal – realiza, em Brasília, a 13º edição do "Seminário Nacional de Petróleo e Gás Natural no Brasil: Desafios e Oportunidades". O evento será composto por um módulo, estruturado para democratizar e potencializar as estratégias do governo brasileiro, em busca de um melhor desempenho na cadeia produtiva de petróleo e gás natural, tal como fazer uma reflexão à política nacional e externa do país, sobretudo na matéria competitividade e inovaçãopara as indústrias nacionais.
 

 

Seguindo a tendência de representações do setor, o evento trará à pauta a disseminação do conhecimento e da inovação tecnológica pelas empresas da cadeia, o aumento da transparência das políticas de exigência de conteúdo nacional, o acesso a matérias-primas e infra-estrutura em condições competitivas, a atração de investimento de empresas internacionais e a garantia de isonomia tributária, técnica e comercial entre empresas brasileiras e estrangeiras.
 
 
Entre os painéis de debate no evento, estão:o PL 2565/2011, que trata da nova distribuição dos royalties, na Câmara dos Deputados; a previsão da 11ª rodada de licitações em maio de 2013; a previsão da 1ª rodada de licitações no polígono do Pré-Sal; o sucesso da produção no Pré-Sal; a queda de produção na Bacia de Campos; a redução de custos e os desinvestimentos da Petrobras; as incertezas no mercado de derivados; e a questão das importações de gasolina e etanol.
 
 
O objetivo do seminário é promover a participação de profissionais expressivos, oriundos de diversos segmentos da área. "O universo de informações gerado nesses painéis servirá de estofo para o grande debate do dia, do qual participarão autoridades do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, além da Iniciativa Privada e Terceiro Setor", argumenta Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto Brasileiro de Ação Responsável e coordenadora do Programa.
 
 
Do debate, resultará um documento pautado no conceito de "Economia-Sócio-Ambiental", com propostas de encaminhamento a Presidência da República, Casa Civil, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e ao Congresso Nacional.
 
 
O evento reúne, no Senado Federal, parlamentares e representantes do setor privado, instituições nacionais e internacionais, bancos de investimentos, centros de pesquisa, universidades e terceiro setor. As inscrições são gratuitas.


Fonte: Portal Fator Brasil

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Xisto vai pôr os EUA à frente da Arábia Saudita



O boom na produção de petróleo de xisto vai fazer os Estados Unidos ultrapassarem a Arábia Saudita como maior produtor de petróleo do mundo até 2020. A virada pode transformar profundamente não só as reservas de combustíveis fósseis do planeta, mas, também, o panorama geopolítico, informou a Agência Internacional de Energia.
 
No seu reputado relatório anual sobre o setor, o "World Energy Outlook", a AIE afirmou que o mapa energético mundial "está sendo transformado pelo ressurgimento da produção de petróleo e gás" nos EUA. A agência assessora a nações industrializadas em políticas energéticas.

O estudo, publicado ontem, contrasta com o do ano passado, que vislumbrava uma briga entre Rússia e Arábia Saudita pela primeira posição.


"Por volta de 2020, os EUA devem se tornar o maior produtor de petróleo do mundo" e ultrapassar a Arábia Saudita por um tempo, disse a agência. "O resultado é a queda continuada das importações de petróleo dos EUA [que hoje somam 20% daquilo que o país consome] até o ponto no qual a América do Norte se torna uma exportadora líquida de petróleo, por volta de 2030".


A mudança será fruto, sobretudo, do desenvolvimento de jazidas de hidrocarbonetos em formações rochosas como as de xisto betuminoso, que começam a ser exploradas para valer graças a uma nova combinação de duas tecnologias: fraturamento hidráulico e perfuração horizontal.


Segundo dados da Agência de Informações sobre Energia dos EUA, a produção de petróleo do país no terceiro trimestre subiu 7% em relação a um ano antes, para 10,76 milhões de barris/dia.


As conclusões da AIE são parcialmente corroboradas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Ainda assim, a participação de membros da Opep na produção mundial vai subir de 42% hoje para 50% em 2035, segundo a AIE.


Fonte: Valor Econômico




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Produção de petróleo cai e a de gás aumenta em setembro

A produção de petróleo no Brasil foi de aproximadamente 1,924 milhão de barris diários em setembro, informou ontem a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O volume é 8,4% inferior ao de setembro do ano passado e 4% abaixo do apurado em agosto deste ano. Foi a terceira queda consecutiva na comparação com o mês anterior.
 
Já a produção de gás natural no país foi de 71,7 milhões de metros cúbicos diários em setembro, 9,9% acima de setembro de 2011 e 0,5% superior à produção de agosto.
 
O campo de Marlim Sul, na bacia de Campos, foi o de maior produção de petróleo e o segundo maior produtor de gás natural, com 318,1 mil barris de óleo equivalente em setembro. O campo de Manati, na bacia de Camamu (BA), foi o maior produtor de gás natural, com 6,7 milhões de metros cúbicos diários.
 
Cerca de 93,7% da produção de petróleo e gás natural foi originada de campos operados pela Petrobras. Dos 20 maiores campos produtores de petróleo e gás natural no país, dois são operados por empresas com capital majoritário estrangeiro. É o caso do campo de Peregrino, na bacia de Campos, da norueguesa Statoil, décimo maior produtor, e do campo de Ostra localizado no Parque das Conchas, também na bacia de Campos, operado pela anglo-holandesa Shell, na 16ª posição, na lista dos 20 maiores produtores.
 
A ANP também detalhou a evolução da exploração da camada pré-sal, que em setembro teve produção de 182,6 mil de barris diários e de 5,9 milhões de metros cúbicos/dia de gás. No total, a produção de óleo e gás do pré-sal foi de 220,1 mil barris de óleo equivalente por dia, 8,3% acima de agosto. Dos 13 poços produtores do pré-sal, oito estão entre os 30 maiores produtores do país.
 
 
Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Gás natural pode ter usos diversificados nos hospitais

Economia, inovação, eficiência, segurança e otimização do sistema energético. Essas são apenas algumas das vantagens proporcionadas pelo gás natural para os hospitais. No Paraná, a Compagas está preparada para atender às demandas das entidades de saúde em diversas finalidades, como no aquecimento de água e na cocção de alimentos e também para os fins energéticos – climatização e cogeração.
 
Atualmente, são 11 os hospitais que já utilizam o gás natural como matriz energética no estado. “Ficamos felizes em poder proporcionar às entidades de saúde um combustível mais seguro, menos poluente e com maior eficácia. Seguimos a diretriz do governador Beto Richa de diversificar a matriz energética do Paraná e queremos continuar utilizando o gás natural como indutor do desenvolvimento regional” afirma Luciano Pizzatto, diretor-presidente da Compagas.
 
 
Fins energéticos – Nos hospitais, o gás natural também pode ser utilizado em processos de climatização e/ou cogeração. A climatização é um conjunto de processos que, por meio de equipamentos, garante tanto o aquecimento quanto a refrigeração de ambientes ou da água utilizada nestes locais. O custo com a energia elétrica para a realização deste processo é alto, podendo representar até um terço da conta de luz do empreendimento. Utilizando o gás natural como combustível, os custos são reduzidos, pois se utiliza uma fonte de energia para dois usos, e ainda se agrega maior segurança e praticidade, pois o fornecimento de gás natural é contínuo e não há necessidade de estoque de combustível no estabelecimento.
 
No caso da cogeração, o processo está entre as soluções mais inteligentes para a otimização do sistema energético de um hospital, pois permite a geração simultânea de energia elétrica e térmica (geração de vapor, aquecimento ou resfriamento de água), a partir de uma única fonte de combustível, o gás natural. Há redução direta dos custos da matriz energética e também ganhos indiretos, com a continuidade operacional, o melhor aproveitamento energético e o aumento da confiabilidade energética do empreendimento que passa a contar com mais uma fonte de energia.
 
Respeito ao meio ambiente – A extração do gás natural apresenta menor agressão ao meio ambiente, com menos emissões de poluentes em relação aos demais combustíveis fósseis. Com isso, contribui para a redução do impacto ambiental. Neste cenário, o gás natural também se destaca como energia alternativa para diminuir a degradação ambiental, com baixo custo e segurança.
 
Fonte: Newsletter Compagas

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Gás abre uma nova fronteira energética

A Petrobras constrói gasodutos para escoar o gás natural produzido no pré-sal, a quilômetros da costa. A HRT descobriu o que pode vir a ser o maior poço produtor de gás em terra, em plena Floresta Amazônica. A OGX começa a produzir gás no interior do Maranhão no início de 2013. E além de os investimentos em gás natural ganharem força, o Brasil começa a perfurar suas reservas de gás não convencional, pelas mãos da Petra, em Minas Gerais.
 
Esse é o potencial de um Brasil cheio de gás, capaz de levar desenvolvimento ao interior do país, atraindo indústrias e gerando empregos. O Ministério de Minas e Energia acredita que esses investimentos podem levar o país à autossuficiência em cinco anos, com produção em torno de 170 milhões de metros cúbicos por dia. Hoje, segundo a Petrobras, principal produtora do país, a oferta é de 71 milhões de metros cúbicos por dia.
 
- O gás não convencional e o gás natural do pré-sal são hoje as novas fronteiras do setor. Mas há muitos desafios, como o desenvolvimento de novas tecnologias de exploração em águas ultraprofundas e o fraturamento das rochas, para o gás não convencional – diz Sylvie DApote, sócia e diretora da consultoria Gas Energy.
 
 
Só com o pré-sal, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) estima que a produção nacional crescerá entre 100 milhões e 120 milhões de metros cúbicos por dia em dez anos, com 21 novas plataformas em operação. Para o gás não convencional, não é possível fazer uma estimativa, pois as poucas empresas do setor, como Petra e Orteng, ambas em Minas Gerais, na Bacia de São Francisco, estão em fase exploratória.
 
Segundo a ANP, o gás não convencional no Brasil tem indicação de potencial de reservas de até 5,7 trilhões de metros cúbicos em apenas três bacias, como Parecis (no Centro-Oeste), Parnaíba (Nordeste) e Recôncavo (Bahia). Mas há indícios em outros locais, como São Francisco e Paraná (Sul). Ao todo, seriam 17 trilhões de metros cúbicos, diz a Gas Energy. Acredita-se que a reserva de gás não convencional do Brasil seja a quarta ou quinta maior do mundo. Para efeito de comparação, a reserva de gás natural do Brasil é estimada em 450 bilhões de metros cúbicos.
 
- É a era de ouro do gás. Pode haver um desenvolvimento no interior do país. O gás não convencional pode colocar o Brasil no mesmo patamar dos EUA, que vivem uma revolução energética, com aumento da produção e queda no preço, mas é preciso preparar a indústria de apoio para isso, pois são necessários equipamentos especiais – afirma Roberto Fernandes, professor da Uerj.
 
Mas a Petrobras não prevê excesso de gás no país até 2020. O Brasil ainda importa 30 milhões de metros cúbicos por dia da Bolívia. A estatal diz que o desenvolvimento de tecnologias para explorar o gás não convencional requer investimentos pesados e tempo. Mas admite que participará desse desenvolvimento.
 
Enquanto isso, a Petrobras destinará US$ 13,5 bilhões para o setor de gás e energia nos próximos cinco anos. A empresa pretende usar esse gás na produção de fertilizantes e na expansão da capacidade da geração de energia elétrica, por meio de termelétricas. E ainda vai construir uma usina de liquefação de gás.
 
 
Investimento de US$ 225 milhões
 
Gerar energia elétrica a partir do gás também é a aposta da OGX, controlada pela EBX, de Eike Batista. A empresa, que investiu US$ 225 milhões na Bacia do Parnaíba, no Nordeste, já perfurou 31 poços. Neste trimestre, a OGX fará testes em sua unidade de tratamento de gás, com capacidade de processamento de até 6 milhões de metros cúbicos por dia.
 
- Esse gás irá para uma termelétrica da MPX por um gasoduto, na qual será transformado em energia elétrica. É o primeiro projeto integrado do país. Todos esses recursos significam desenvolver o estado, com a atração de indústrias para o interior do Maranhão – afirma George Fernandes, gerente-geral do projeto da OGX.
 
Em toda a Bacia do Parnaíba, a OGX tem potencial de reserva de 311 bilhões de metros cúbicos. Desse total, 45% são de gás não convencional.
 
- Vamos começar com o gás convencional. O não convencional é uma oportunidade a médio e longo prazos – diz Fernandes.
 
 
Já a Petra, dona de blocos na Bacia de São Francisco, aposta no gás não convencional. A companhia deve começar a fraturar esses poços até junho de 2013. O gás está em rochas pouco permeáveis (ou “fechadas”). É preciso fraturar essa rocha com um fluido à base de água para liberar o gás.
 
De acordo com a empresa, esse gás pode ser usado em termelétricas e usinas de fertilizantes
 
 
Exploração já muda rotina de cidades
 
População vê alta em preços de imóveis e tráfego de caminhões
 
As pequenas Patos de Minas e Presidente Olegário, a cerca de 400 quilômetros de Belo Horizonte, já sentem os primeiros reflexos da atividade exploratória de gás não convencional da Petra, que começou em março do ano passado. Os preços dos imóveis subiram, devido à maior procura. Quem mora lá também teve de se habituar com o número de caminhões circulando pelas estradas entre os dois municípios mineiros.
 
Somente este ano, as atividades de perfuração da Petra, concentradas nessas cidades, consumirão investimentos de R$ 360 milhões. Para 2013, serão R$ 450 milhões. A expectativa é que somente em Patos de Minas a população tenha um aumento de 10%. De olho no crescimento, empresários locais já planejam construir um novo hotel na cidade.
 
 
Fazendeiro terá 1% da produção
 
A Petra, que tem uma base operacional na cidade, também está construindo um escritório, próximo ao aeroporto. Segundo fontes, outras companhias vão abrir bases no local. A Petra informa que fez alguns investimentos em infraestrutura, como a melhoria de 175 quilômetros em estradas, essencial para se chegar aos locais onde os primeiros três poços foram perfurados.
 
Por outro lado, há quem reclame da poeira causada pelo vaivém constante dos caminhões – o que levou a Petra a usar água durante o trajeto. A exploração do gás não convencional também vem trazendo renda adicional à população. O fazendeiro José Eustáquio de Faria, de 62 anos, por exemplo, recebe cinco salários mínimos pelo aluguel de um hectare para a Petra, que perfura um poço no local.
 
- Fizeram estradas. Houve uma melhora, sim. Agora, tem que ter asfalto. Esse dinheiro que recebo ajuda a pagar as contas. Mas quero que a produção de gás comece logo, pois vou ganhar 1% sobre a produção. Estou muito animado – disse Faria, ao lado da mulher e do filho.
 
A Petra pretende iniciar o fraturamento hidráulico até junho de 2013 e iniciar a produção após os testes que mostrarão se essas áreas têm viabilidade econômica. Nos poços, a perfuração é silenciosa, reflexo dos equipamentos cada vez mais modernos. Com um sistema praticamente todo computadorizado, 60 pessoas se dividem em turnos.
 
 
HRT quer produzir no Amazonas
 
Assim como a Petra, a HRT, dona de 21 blocos de gás natural na Bacia do Solimões, no Amazonas, em parceria com a russa TNK, também estuda, com a Petrobras, formas de usar o gás descoberto. Ricardo Bottas, gerente-executivo financeiro da HRT, lembra que cerca de R$ 1 bilhão já foi investido na perfuração de nove poços.
 
- Podemos fazer um gasoduto, uma termelétrica ou planta para produzir metanol ou fertilizantes. A estratégia pode envolver até mais de uma opção. A Região Norte ainda está isolada na rede de energia. Essa região importa o metanol de São Paulo. Há muito potencial e uma demanda reprimida de desenvolvimento. A exploração do gás em terra pode ultrapassar a do mar – afirmou o gerente-executivo da HRT.
 
 
Fonte: O Globo