quinta-feira, 28 de junho de 2012

Mais três empresas operando com GNV no Mato Grosso

O mercado de gás natural em Mato Grosso promete se aquecer com o ingresso de mais três indústrias que usarão o combustível para funcionar. A Prol Indústria de Móveis de Aço foi a primeira das três a começar a utilizar o gás no início deste mês. As outras duas, Pap Rações e Milan Móveis, já assinaram contrato e devem iniciar as operações em um prazo de 45 dias. As informações são do engenheiro da GNV-MT Distribuidora de Gás Natural, Francisco Jammal Almeida.

Cada uma deverá consumir 20 mil m³ do gás ao mês. A expectativa é que com mais esse incremento o consumo aumente em cerca de 30%. De acordo com Jammal, antes das três, apenas a Sadia trabalhava com o gás no setor industrial. “As indústrias começaram a enxergar o GNV como vantagem para sua empresa, uma vez que proporciona uma grande economia energética, fora a colaboração com o meio ambiente ”, conclui.

Segundo ele, a agregação de mais empresas é possível graças a estabilidade no envio do combustível a Mato Grosso por parte da Bolívia. “Estamos conseguindo transmitir segurança ao Estado e isso só tem aumentado o interesse de indústrias no gás, uma vez que ele é a opção que oferece o melhor custo benefício”, explica.


CONSUMO DO GÁS


O consumo do gás natural aumentou 20% no Estado quando comparado o consumo de janeiro a maio deste ano, com o período de 2011. Nos cinco primeiros meses de 2012 foram consumidos 963,6 mil m³ do gás, contra 802,9 mil m³ no período do ano passado.


Só no mês de maio o aumento é de 3,3% quando comparado a maio de 2011, quando foram consumidos 186 mil m³ contra 192,2 mil m³ este ano.


Já em relação a abril houve queda de 1,3% quando o consumo chegou a 204,6 mil m³, o maior deste ano. Os dados foram divulgados ontem (25) pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Conforme Jammal, o consumo do gás no Estado segue estável. “Essa pequena queda se deve a feriados”, explica.


Para o diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo), Nelson Soares, até que o governo do Estado adote uma política de incentivo ao combustível, o consumo continuará nesses patamares. “É necessário uma política de incentivo para que essa realidade se modifique em grande escala”, explica.


Quando o assunto é economia, o GNV pode chegar a ser 50% mais econômico para os motoristas, além de ser ambientalmente mais correto. Para se ter uma ideia da economia no abastecimento com o gás, atualmente o metro cúbico está sendo vendido por R$ 1,79, ante R$ 1,87 por litro de etanol, uma diferença de 4,4%. “A economia é garantida”, conclui Jammal.
Fonte: Folha do Estado

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Trecho Sul do Gasbol ampliado



Petrobras vai destinar US$ 2,3 bilhões para processamento e movimentação de gás nos próximos quatro anos

A Petrobras vai ampliar em 2 milhões de m3/dia a capacidade de transporte do trecho Sul do Gasbol, anunciou nesta segunda-feira (25/06) o diretor de Gás & Energia da companhia, José Alcides Santoro. O aumento da capacidade de compressão do gasoduto foi incluído no plano de negócios da companhia, que vai destinar, até 2016, US$ 2,3 bilhões para projetos de expansão do processamento –incluindo a ampliação da UPGN Cabiúnas – e movimentação do gás natural.

Atualmente, o trecho Sul do Gasbol está dividido em três seções com diferentes capacidades de transporte. No primeiro segmento, que vai de Paulínia (SP) até Araucária (PR), a capacidade atual é de 12,8 milhões m3/dia, que atende o Paraná e parte do mercado de São Paulo. A partir de Joinville (SC), o trecho Sul do Gasbol reduz sua capacidade para 4 milhões de m3/dia até a estação de Nova Veneza (SC). Esse segundo segmento atende basicamente o mercado de Santa Catarina. De Várzea do Cedro (RS) em diante, a capacidade de transporte do gasoduto reduz-se para 2,8 milhões de m3/d.


De acordo com estudos do Grupo de Economia de Energia da UFRJ, a capacidade do último segmento é insuficiente para atender, simultaneamente, o despacho máximo da UTE de Canoas (1,2 milhões de m3/dia), o consumo pleno da Refap (1,5 milhões de m3/dia) e o mercado industrial do Rio Grande do Sul.

A capacidade da segunda seção também é insuficiente para atender picos de consumo dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, enquanto a pequena folga do primeiro segmento não basta para suprir a demanda reprimida da Compagas.

Fonte: Brasil Energia

terça-feira, 26 de junho de 2012

Leilões de gás natural

A divulgação pelo IBGE do resultado do PIB 2011, crescimento de 2,7%, mostrando forte desaceleração em relação ao crescimento de 7,5%, registrado em 2010, acendeu o sinal de alerta no futuro da economia brasileira especialmente no setor industrial. A participação do setor industrial no PIB recuou para 14,6% ante 16,2% em 2010. Apesar da diversificação do nosso parque industrial , o peso relativo da indústria no PIB recuou aos níveis de 1956. Diferentemente da China, onde a indústria representa 43.1% do PIB, da Coréia com 30,4% e de 20,8% da Alemanha.

No momento atual, um em quatro produtos industrializados consumidos no Brasil é importado, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Em 2003 essa relação era de um para dez. A conjuntura econômica internacional, marcada pela retração das atividades, com conseqüente aumento da capacidade ociosa da indústria local e sua corrida para os mercados emergentes agravou os problemas da indústria nacional. Iniciativas e políticas que ampliem as condições de competitividade do parque industrial brasileiro são fundamentais para garantir o crescimento da economia nacional, com inclusão social.


 
A indústria química é um importante e dinâmico setor da economia do Brasil, tanto em termos percentuais, quanto em termos efetivos. Limitada por impostos, câmbio desfavorável, lapsos logísticos e penalizada por energia e matéria-prima cada vez mais cara, a indústria química brasileira sofre dura concorrência internacional, principalmente das fábricas instaladas em regiões que dispõe de gás natural farto e a preços baixos.

Um instrumento preciso de política industrial para o setor químico deveria abordar de forma imediata o preço do gás natural matéria-prima. Com peso significativo na formação do custo desta indústria, o gás natural usado como matéria-prima no Brasil, segundo a Abegás, atingiu em 2011 apenas o volume de 735 mil m3/dia representando cerca de 2% do consumo nacional.

Por ser ao mesmo tempo pouco importante no consumo total e ter papel estratégico a jusante, o preço diferenciado – do gás natural matéria-prima – deve ser alvo de uma ação de curto prazo do governo federal.

Uma iniciativa imediata poderia ser a realização de leilões de gás natural específico para o uso como matéria-prima. Iniciados em maio de 2009, os leilões de gás natural realizados pela Petrobras, até hoje foram realizados 11 leilões, juntamente com os descontos concedidos nos contratos firmes, se constituíram em um instrumento fundamental para minimizar os altos preços do gás natural nacional, viabilizando a manutenção da sua competitividade e a ampliação do mercado. Os preços de gás natural de leilão estão cerca de 30% abaixo dos preços dos contratos de longo prazo.

A realização de leilões específicos para o gás matéria-prima, com prazos mais elásticos e valores de referência mais flexíveis, poderá contribuir substancialmente para ajudar, no curtíssimo prazo, a melhoria da competitividade da indústria química.



*Davidson Magalhães é presidente da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás)

Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A idade do ouro do gás natural


Os estados possuem um papel extremamente importante para que o gás natural possa avançar em nossa matriz energética - e a região Sul vive um momento de grandes oportunidades


A Agência Internacional de Energia tem mostrado que estamos no início da idade de ouro do gás natural. O aumento da produção mundial, graças principalmente à exploração de reservas não convencionais, como o gás de xisto, e o menor potencial poluidor do insumo entre as fontes fósseis de energia lhe garantem essa importância em tempos de mudanças climáticas. O fato de se tratar de um combustível estratégico para a indústria, pois pode ser usado com altíssimos níveis de eficiência e competitividade, completa esse cenário do gás natural como protagonista energético deste século.

O aumento da participação do combustível na matriz energética também se verifica no Brasil. Por aqui, junto com a ampliação das reservas, a regulamentação da lei 11.909/2009, a Lei do Gás, abre espaço para um uso mais intenso do energético em todas as regiões do país. Um exemplo do seu potencial indutor de consumo é a criação das figuras do consumidor livre, auto-importador e autoprodutor.

Os estados possuem um papel extremamente importante para que o gás natural possa avançar em nossa matriz energética. É deles a responsabilidade de promover a regulação em linha com o que já existe no âmbito da lei federal e das novas regulamentações que estão por vir. Mesmo os estados que não possuam expectativas de se tornarem produtores de gás precisam preparar o mercado para tornarem-se eventualmente importadores de gás, através de investimentos em terminais de regaseificação, a exemplo de projetos já comentados no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Também podem receber gás de outras regiões por meio de gasodutos.

Sem a previsão regulatória das figuras do auto-importador, autoprodutor e consumidor livre, a transição para um ambiente de maior competitividade desses mercados será mais lenta, se não inviável.

A região Sul do país vive justamente esse momento – de grandes oportunidades. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do estado (Agergs) tem se mostrado atenta à necessidade de definição de regras para criar um mercado local competitivo. Somados com a perspectiva de instalação de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) na região, esses avanços indicam que o estado não só poderá contar com volumes expressivos do combustível nos próximos anos, como terá condições regulatórias para disponibilizá-los aos consumidores em condições competitivas. Afinal, a expectativa é que a agência promova uma regulação eficiente da sua distribuição, que reflita a transparência e previsibilidade das tarifas e promova um ambiente mais competitivo para a indústria local.

Situação semelhante se verifica nos estados vizinhos. Com o aumento da oferta do insumo no Rio Grande do Sul, a partir de um novo local de suprimento, será possível que parte do gás natural boliviano hoje enviado por meio do Gasbol até a região de Porto Alegre possa ser destinada ao mercado do Paraná e Santa Catarina.

Os desafios regulatórios também são intensos nesses estados. O Paraná, que de acordo com dados da Firjan possui uma das maiores margens de distribuição do país, criou recentemente um comitê para estudar a regulação no estado, inclusive com o objetivo de rever essa margem. Santa Catarina, por sua vez, também tem demonstrado muito interesse em evoluir para garantir uma regulação adequada aos interesses de todos os agentes. Vale lembrar ainda que, nos três estados da região, os 3 contratos de concessão das distribuidoras têm cláusulas de remuneração incompatíveis com a situação macroeconômica do país, que precisam ser revistos.

A consideração de todos esses pontos é fundamental para que o mercado de gás natural não só possa se desenvolver em termos de oferta, como tenha participação de toda uma cadeia de consumidores, gerando empregos, renda e favorecendo o desenvolvimento econômico e social da região. A garantia de condições regulatórias em cada um dos estados que permitam a oferta competitiva do insumo é o principal caminho para o Sul do Brasil trilhar a sua própria era do ouro do gás natural.


Por Ricardo Pinto

Coordenador de Energia Térmica da ABRACE (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres)

Fonte: Revista Amanhã

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ONU defende uso do gás natural para salvar florestas

O gás natural, incluindo o não-tradicional gás de xisto, deveria ter um papel importante na redução das emissões de gases do efeito estufa, na preservação das florestas e na melhora dos padrões de vida e saúde das populações pobres, disse o copresidente do programa de energia sustentável da ONU Kandeh Yumkella.

Sem isso, a chamada Iniciativa de Energia Sustentável para Todos, da ONU, terá dificuldades em alcançar até 2030 as metas de acesso energético universal e duplicação dos índices de melhoria energética e uso de recursos renováveis, disse Yumkella à Reuters, na segunda-feira, durante a conferência Rio+20.

"Você não conseguirá salvar a floresta se não tiver gás", disse Yumkella, originário de Serra Leoa. "É uma das soluções das quais precisamos para reduzir o desmatamento e reduzir os 2 milhões de pessoas que morreram a cada ano por causa da poluição atmosférica em ambiente fechado, devido ao uso da lenha."

Yumkella, que é também chefe da Organização de Desenvolvimento Industrial da ONU, admite que seu apoio ao gás natural é polêmico, mas acha que seria quase impossível conseguir até 2030 o valor estimado --43 bilhões de dólares por ano-- necessário para fornecer eletricidade para 1,3 bilhão de pessoas, metade do número que não tem acesso a ela hoje.

Muitos participantes da Rio+20 consideram problemática a inclusão do gás natural na iniciativa.

O gás natural é um hidrocarboneto não renovável, e sua queima provoca emissões de dióxido de carbono, o principal dos gases do efeito estufa.

"Yumkella é um grande homem, mas seu painel é dominado por pessoas que falam pelas grandes indústrias energéticas", disse Pasco Sabido, consultor climático da ONG Friends of the Earth Europe.

O painel de Yumkella, nomeado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tem como outros copresidentes Chad Holliday, presidente do Bank of America, Chen Yuan, presidente do Banco de Desenvolvimento da China, e o brasileiro Carlos Ghosn, presidente e executivo-chefe da Renault-Nissan.

Sabido considera que a ênfase na geração de energia para os pobres deveria estar na adoção da energia solar e da biomassa.

"O gás pode ser bom como uma medida paliativa", disse Carlos Rittle, da entidade ambiental WWF. "Mas não é uma solução de longo prazo. Precisamos realmente nos afastar das velhas fontes energéticas."

Lidy Nacpil, que participa da coordenação do Movimento Jubileu para Dívida e Desenvolvimento no Sul da Ásia/Pacífico, também fez críticas à abordagem de Yumkella. "Qualquer iniciativa energética global que não coloque as pessoas em primeiro lugar está fadada ao fracasso na solução da pobreza energética", disse. "Em vez de olhar para a energia pertencente e gerida pela comunidade, ela empurra mais privatizações."


ENERGIA NA PAUTA

Mas Yumkella considera que as críticas são inerentes à discussão. "Pelo menos conseguimos finalmente colocar a energia na pauta", afirmou. "Antes disso, qualquer discussão sobre energia na ONU ficava em segundo plano diante da geopolítica do petróleo e do gás."

O desenvolvimento do gás e do petróleo é essencial, disse ele, especialmente porque a preocupação com a segurança energética levou à descoberta de novos recursos em lugares como Serra Leoa, seu país natal, e outras nações da África, região com menor acesso a eletricidade e energia limpa.


"Pense no mundo daqui a 40 anos", disse ele. "Será que a África vai exportar seus recursos para o mundo desenvolvido, para que os caras ricos tenham seus jipes e ar-condicionado, e todo o resto do pessoal continue pobre? Essa é a receita da insegurança."

Ao mesmo tempo, ele louva o desenvolvimento do gás de xisto nos EUA, por se tratar de um recurso abundante que ajudou o país, um dos maiores poluidores mundiais, a baratear sua energia e reduzir suas emissões de carbono, já que o gás é mais limpo que o carvão.

"Saudamos novas fontes de energia, na verdade é preciso dar crédito aos norte-americanos", disse Yumkella. "Há 15 anos eles decidiram investir em novas tecnologias."

"O gás de xisto é factível se a pesquisa e desenvolvimento forem feitos, e é menos poluente do que outras formas... Ao mesmo tempo, precisamos salvaguardar, precisamos assegurar que as tecnologias não causem danos colaterais."

Sabido, da Friends of the Earth, qualificou essa posição de perigosa, porque a exploração do gás de xisto ameaça mananciais e perturba comunidades remotas.

Quanto às tecnologias existentes de petróleo e gás, muita coisa precisa ser feita para evitar o desperdício e a poluição. Algumas medidas poderiam contribuir para o acesso dos mais pobres à energia, segundo ele.

Parte da iniciativa prevê uma redução drástica na quantidade de gás queimado ou desperdiçado devido à falta de mercados ou gasodutos.

"A quantidade de gás queimada na África pode amparar 50 por cento das necessidades elétricas da África, e o pior (desperdício) é na Nigéria", disse ele.


Fonte: Reuters

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Empresas buscam soluções para suprir demanda por profissionais em petróleo e gás

As recentes descobertas de petróleo na costa brasileira têm colocado o país em destaque no cenário mundial. Em recente painel intitulado ‘Ano 2030 – O Futuro da produção de Petróleo e Gás’, realizado no início deste mês no Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, cerca de 300 empresários e jornalistas responderam à pergunta “Qual o país deve liderar as novas descobertas em petróleo?” A grande maioria respondeu: Brasil. Para atender à essa expectativa global e à capacidade de produção, as petrolíferas e suas cadeias de fornecedores recorrem a serviços especializados para atrair mão de obra qualificada e pronta para operação.

A NES Global Talent, multinacional especializada em soluções de mão de obra para os diversos segmentos da Engenharia, Petróleo e Gás, espera que em 2012 o quadro de disputa por profissionais qualificados, não apenas dentro de cada setor, mas entre as indústrias pesadas e de petróleo, tenda a ser ainda mais acirrado. De acordo com Giovanna Dantas, gerente de operações da NES Global Talent no Brasil, as empresas enfrentam desafios como a falta de mão de obra qualificada, burocracia para obtenção de vistos no caso de expatriados e o crescimento da demanda local por engenheiros, a cada ano. “O nosso trabalho é justamente encontrar a equação perfeita entre os objetivos dos empregadores e empregados. Encontrar a companhia certa, saber onde estão os melhores projetos em todo o mundo e alinhar as expectativas de salário e condições de mercado são questões a serem trabalhadas de forma cotidiana”, diz Dantas.


 
A NES Global Talent opera no Brasil desde 2010 e fornece expertise em um setor que vem demandando cada vez mais profissionais capacitados. A empresa já colaborou na contratação de mais de 350 técnicos no país só em 2011, entre engenheiros brasileiros e estrangeiros de diversas especialidades. O escritório nacional trabalha em conjunto com uma rede de escritórios da própria empresa espalhada por mais de 40 países, o que permite otimização de processos e agilidades nas respostas ao profissional e empresa contratante.

A NES Global Talent é uma empresa de serviços especializada em atender demandas do setor de Petróleo e Gás, Geração de Energia e Infraestrutura nas áreas de recrutamento de profissionais de elevado nível técnico, processos de outsourcing e gerenciamento de folha de pagamento, além de oferecer apoio jurídico e documentação para expatriados. A rede de escritórios abrange a Europa, Américas, Ásia e Oriente Médio, o que significa que o grupo está muito bem localizado para atender clientes em qualquer lugar do mundo, sempre propondo soluções inovadoras. Em 2011, o volume de negócios da NES Global Talent foi de £ 379.4 milhões. Atualmente, a empresa conta com mais de 4.000 funcionários locados em escritórios em diversos países.

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Projeto prevê desconto de 50% no IPVA de veículos movidos a gás


O desconto de 50% no pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para os veículos movidos a gás natural veicular (GNV) foi sugerido pelo deputado Coronel Gilberto Santana (PTN), que apresentou o Projeto de Lei no 19.723/2012, na Assembleia Legislativa, para apreciação de seus pares. “O alcance do projeto deve ser compreendido como um alerta para o meio ambiente e para a saúde de todo o povo do Estado da Bahia”, afirmou Gilberto.
De acordo com o parlamentar, a matéria tem por objetivo incentivar o uso do GNV, levando-se em consideração que o gás natural é menos poluente, podendo emitir até 80% menos monóxido de carbono na atmosfera se comparado a gasolina, desde que a conversão de motor seja realizada de forma regular.
Uma das exigências trazidas pelo projeto para a garantia do benefício, é que a conversão do motor para biocombustível esteja regularizada junto ao Detran, bem como feita em estabelecimento homologado pelo Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia. Outra vantagem apontada pelo deputado é o rendimento do GNV quando comparado aos demais combustíveis, como a gasolina e o álcool, a redução nos gastos como abastecimento fica em torno de 50% a 70%.
Gilberto ressalta que o problema da poluição do ar é hoje um dos principais desafios a serem enfrentados por nações de todo o mundo. Tendo as emissões de gás carbônico e de outros gases poluentes aumentado em nível muito superior ao que o ecossistema terrestre pode suportar fato que contribuiu para a aceleração do efeito estufa – o .chamado aquecimento global – e para o agravamento de diversas doenças, sobretudo, as respiratórias e as de pele.

O deputado alerta que apenas na Bahia são mais de dois milhões de veículos circulando diariamente e a substituição para o GNV, um dos mais seguros, mais limpos e menos tóxicos entre os combustíveis, contribuirá para c diminuição .da poluição  veicular.
“A sociedade como um todo e, principalmente, nós parlamentares temos que propor e nos envolver na concepção e implementação de politicas públicas que visem à redução das emissões de poluentes, enfim ações em defesa do meio ambiente”, declarou Santana e completou, “devido aos grandes benefícios que a utilização do gás natural veicular-•GNV traz ao meio ambiente. se comparado a outros combustíveis. e pela relevância do tema, peço-lhes a aprovação unânime.”

Fonte: Jus Brasil Notícias

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cemig busca sócios nos EUA para explorar gás de xisto

A Cemig, maior companhia elétrica brasileira por valor de mercado, está apostando no xisto para triplicar suas vendas de gás até 2016. A empresa sediada em Belo Horizonte procura sócios americanos com experiência na exploração do gás de xisto para ajudar no desenvolvimento de quatro blocos em Minas Gerais, segundo o diretor financeiro, Luiz Fernando Rolla. A Cemig já concluiu dois poços exploratórios neste ano e pretende perfurar mais três.

A companhia está investindo em fontes não convencionais de energia para elevar as vendas de sua unidade de gás para 3 milhões de metros cúbicos até 2016, contra estimativa de 1,1 milhão de metros cúbicos neste ano. O aumento na procura pelo xisto pode levar os EUA a se tornarem exportadores de gás natural até o início da próxima década. A Argentina busca investidores para ajudar a desenvolver reservas de 13 bilhões de barris. “O cenário para o xisto é positivo”, disse Rolla em Londres. “O gás natural é muito subdesenvolvido no Brasil e pode impulsionar o crescimento da empresa.
Fonte: Brasil Econômico

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio + 20 terá ônibus a Gás Natural e a Diesel de Cana

Depois de a Volvo anunciar o lançamento oficial de seu ônibus híbrido, que funciona com energia elétrica e combustível fóssil, e a OIT – Organização Internacional do Trabalho classificar o ofício de motorista de transporte público como uma das "profissões verdes" que vão garantir sustentabilidade, a Volkswagen – MAN Latin America apresentou nesta terça-feira os ônibus rodoviários que vão transportar as delegações durante o evento.

E mais uma vez, o apelo ecológico falou mais alto.
Os veículos, desenvolvidos em parceria com a Bosch, são a Gás Natural.
Os motores operam com até 90% de GNV e 10% de diesel com baixo teor de enxofre, o S 50.
O modelo é Volksbus 17.280 com motorização traseira.
Além de veículos a GNV, a MAN Latin America anunciou que vai usar diesel de cana de açúcar, que não é etanol e mantém características de combustão semelhantes ao diesel de petróleo.
Até então, em parceria com a Amyris, apenas a Mercedes Benz anunciava o uso deste tipo de combustível menos poluente.
Nos dias do evento, entre 13 e 22 de junho, pelo menos 17 ônibus vão transportar as delegações no Rio de Janeiro.
Os veículos a gás natural podem reduzir de maneira significativa as emissões de alguns tipos de poluentes. Abastecidos com 90% de GNV, os ônibus emitem até 80% menos de materiais particulados e a redução de gás carbônico pode chegar a 20%.
Com o diesel de cana, a diminuição do gás carbônico pode ser de até 80%.
A apresentação dos ônibus flex GNV, no entanto, apesar de se tratar de veículos que vão operar na Rio + 20 não é apenas uma ação isolada para o evento.
Ela faz parte do Programa Rio Transporte Sustentável que visa garantir até a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 deslocamentos em meios públicos que usam fontes de energia menos poluentes.
O desenvolvimento dos ônibus GNV Flex necessitou de cerca de dois anos.
Em São Paulo, operam alguns ônibus urbanos Flex – GNV da marca Mercedes Benz por uma encomenda especial da Viação Sambaíba.
Os ônibus a Gás Natural e Diesel devem ser produzidos comercialmente pela MAN Latin America a partir de setembro de 2013 e o mercado não deve se restringir apenas ao Rio de Janeiro.
Apesar de os ônibus da Rio + 20 serem rodoviários, com carroceria Marcopolo, modelo Viaggio 1050, a produção em escala deve ser voltada para veículos de configuração urbana. Os custos de operação e os trajetos mais curtos são adequados para pontos de abastecimento de Gás Natural nas próprias garagens, além de uma previsão maior sobre o consumo fixo.
Fonte: Blog Ônibus Brasil - Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Residências do Bairro Cristo Rei, em Curitiba (PR), já contam com o gás natural


Moradores do Condomínio Residencial Botânica e do Residencial Civitas Solis, ambos localizados no bairro Cristo Rei, iniciaram, no mês de maio, o consumo de gás natural. Com isso, os condomínios se tornaram os primeiros da Região Nordeste da capital a contar com o combustível. No total, são cerca de 600 famílias que já podem utilizar o gás natural em atividades como aquecimento e cocção de alimentos. “A ligação destes empreendimentos com o gás natural confirmam a expansão da Compagas para outras regiões e consolidam o gás natural como um combustível moderno e seguro também para as residências”, ressalta o diretor-presidente da Compagas, Luciano Pizzatto.

O Cristo Rei é um dos bairros contemplados no projeto de expansão da Compagas, titulado de Curitiba Nordeste, por atender bairros localizados na região Nordeste da capital. As obras de instalação da rede de distribuição de gás natural na região iniciaram em 2009 e até o momento, cerca de 30 km de dutos já estão concluídos e atendem os bairros Rebouças, Centro, Cristo Rei, Alto da XV, Jardim Botânico, Alto da Glória e Tarumã. “O nosso objetivo é a cada trecho construído liberá-lo para operação, ou seja, iniciar o fornecimento de mais gás para mais clientes da região”, completa Pizzatto. No total, o projeto prevê 54 km de rede contemplando também os bairros Ahú, Bacacheri, Cabral, Jardim Social, Juvevê, Hugo Lange, Boa Vista, Bairro Alto e Atuba.
Os moradores e/ou síndicos de condomínios localizados nestes bairros, podem ter mais informações sobre o gás natural através do 0800 643 8383 GRÁTIS 0800 643 8383.
Fonte: Gerência de Marketing e Comunicação da Compagas

terça-feira, 12 de junho de 2012

Gasmig investirá R$ 150 milhões

A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) vai investir R$ 150 milhões na primeira etapa de implantação da rede de distribuição de gás natural para residências de Belo Horizonte. Nesta fase, chamada de “Anel Sul” e com previsão para ser finalizada até o final de 2014, serão atendidos 22 bairros, com potencial de 70 mil clientes.
O gás que será comercializado pela companhia será altamente competitivo e pode impactar, de forma positiva, na ponta consumo. As estimativas da companhia indicam que o gás natural pode ser até 50% mais barato que a energia elétrica e entre 8% e 10% mais em conta se comparado ao gás liquefeito de petróleo (GLP).
As informações foram confirmadas pelo presidente da Gasmig, Fuad Noman, ontem, durante cerimônia de assinatura entre a companhia e a Elecnor do Brasil para a implantação dos ramais que atenderão os bairros Santo Agostinho e Lourdes, na região Centro-Sul da Capital. “Uma concessionária de gás deve ter como premissa atender o segmento residencial e este contrato representa um passo significativo nesta direção para a Gasmig”, afirma.


O projeto da Gasmig é ousado e, segundo Noman, “onde tem gasoduto em Minas Gerais, a companhia chegará com o atendimento para o segmento residencial”. O presidente da companhia revela que a intenção é começar por Poços de Caldas (Sul Minas), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Governador Valadares (Vale do Rio Doce).
Obras – De acordo com o contrato entre a Gasmig e a Elecnor, serão investidos R$ 5,65 milhões para a construção da linha-tronco de aço de dois quilômetros de extensão, que consiste na derivação do gasoduto já existente sob a avenida Amazonas, e da rede de adensamento em polietileno, de aproximadamente 12 quilômetros, que passará sob as ruas dos dois bairros.
O início das obras está previsto para julho, com conclusão projetada para fevereiro de 2013, mas os primeiros clientes devem começar a reber o gás já em novembro deste ano. Ao todo, 114 prédios e 57 estabelecimentos comerciais foram mapeados na região como possíveis consumidores e já estão sendo contatados pela Gasmig. A expectativa da companhia é captar 1,9 mil clientes nos dois bairros até 2014.
Na cerimônia também foi assinado o primeiro contrato para o fornecimento de gás natural para residências da Capital pela Gasmig. O cliente é o Edifício Chamonix, localizado na rua Paracatu. Ainda na ocasião, a companhia também celebrou o contrato de R$ 30 milhões, com duração de dois anos, com a Construtora Elevação, para a implementação da rede de distribuição de gás no interior do Estado.
O gás natural pode ser usado em fogões e no aquecimento de água em pias, lavatórios, chuveiros e banheiras. Nas moradias, o gás natural substitui parcialmente a energia elétrica e totalmente o gás de cozinha (GLP). Apesar do uso mais comum ser em aquecedores próprios, que alimenta chuveiros e pias, o combustível pode ser usado em piscinas, saunas, banheiras, fogões, lareiras, ar-condicionado e churrasqueiras.
Entre 2008 e 2011, a Gasmig aumentou seu patrimônio líqüido em 52,7%. No mesmo intervalo, a companhia ampliou seu faturamento em 50,2% e o volume de gás natural comercializado em 20,8%. De acordo com informações da companhia, 90% do seu mercado ainda está vinculado à indústria do Estado.
Fonte: Diário do Comércio (MG)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Dilema entre meio ambiente e crescimento em Gladstone

A pequena cidade de Gladstone, a 550 km de Brisbane, nordeste da Austrália, está chamando a atenção de autoridades comerciais, econômicas e ambientais. Apesar da população de apenas cerca de 60 mil habitantes, a região abriga o quarto maior porto de carvão do mundo e começou a desenvolver o que deve ser um dos maiores polos de produção de gás natural do oriente. Enquanto o mercado australiano se agita diante do desenvolvimento de negócios que tem sido vivenciado por esse porto, crescem, por outro lado, as preocupações sobre os efeitos que isso pode ter sobre o delicado ecossistema da região, abraçada pela grande barreira de corais.

Um dos grandes centros de exportação de commodities industriais da Austrália, o Porto de Gladstone movimentou 76,4 milhões de toneladas em carga no ano fiscal de 2011. Foram comercializados mais de 30 produtos, sendo que 70% dos resultados do porto vieram da indústria de carvão e 25% do alumínio. No ano passado, a receita do porto somou US$ 492 milhões, apresentando crescimento de 45%. Os lucros antes dos juros e impostos subiram 19,3%, para US$ 113,5 milhões.

Esses números foram alcançados depois de uma forte estratégia governamental de incentivos aos negócios na região. O porto começou a operar em 1914, se tornando autoridade portuária somente em 1987. Até os anos 50 passavam por ele gado e produtos de carne. Depois, o carvão e o alumínio começaram a ter um importante papel no comércio pelo porto. Há cerca de 20 anos, o governo passou a investir na compra de terras ao redor do porto, com a intenção de posteriormente vendê-las às empresas, que deste modo, teriam a oportunidade de desenvolver operações na região.

Hoje, 4.321 hectares de terras estão sob o controle da Gladstone Ports Corporation (GPC), empresa pública que administra e opera o porto. Foi criado ainda o conselho de desenvolvimento industrial e econômico de Gladstone (GEIDB), com a função de atrair novos investimentos e facilitar as negociações.

"Hoje, são inúmeras empresas que operam aqui. E o grande impulso vem principalmente da alta demanda por commodities da Índia e China. A urbanização desses países é muito importante para esse crescimento", afirmou o chefe executivo do GEIDB, Ken King.

A Queensland Alumina, uma das maiores refinarias de alumínio do mundo e a Rio Tinto Aluminium Yarwun Alumina Refinery, a primeira refinaria do mundo, estão entre as empresas que têm unidades de produção na região. 15

Hoje, dez novos projetos estão em construção - envolvendo os setores de gás natural liquefeito (GNL) e alumínio, além de terminais de carvão - com investimentos previstos de cerca de US$ 50 bilhões. Mas o destaque mesmo vai para três grandes projetos de GNL que, sozinhos, devem gerar desembolsos de US$ 45 bilhões.

O Queensland Curtis LNG, do grupo britânico BG, com aporte previsto de US$ 15 bilhões, tem início de entregas estimados para 2014. O GLNG (dos grupos Santos, Total e Cogas) tem desembolsos programados de US$ 16 bilhões, com início de operação planejado para 2015. Já o Australian Pacific LNG (dos grupos Origin e ConocoPhillips) envolverá US$ 14 bilhões, com primeiras exportações previstas para 2015.

Há ainda mais uma série de projetos propostos, mas ainda não aprovados para a região do porto de Gladstone. As futuras operações envolverão, além do gás natural, os segmentos de níquel, carvão e aço. Estima-se mais US$ 37 bilhões para esses projetos em potencial.

"Nosso plano estratégico de 50 anos indica que o porto de Gladstone poderá alcançar a capacidade de mais de 300 milhões de toneladas em produtos para exportação", afirmou King.

Além dessa expansão industrial, a administradora do porto toca um grande projeto dragagem, justamente para acompanhar a expansão das operações e das exportações. Os trabalhos devem ser concluídos em 2014 e já estão gerando polêmica.

No início do ano, Gladstone recebeu a visita de especialistas da Unesco, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). As autoridades ambientais estão preocupadas, pois começaram a aparecer doenças na vida marinha da região, que é conhecida como a porta de entrada da grande barreira de corais. Segundo a mídia australiana, foram encontrados animais com problemas de pele e intestino e muitos culpam os processos de dragagem, que poderiam ter "levantado" a poluição industrial acumulada há anos.

Há ainda uma outra versão que diz que os problemas poderiam ter sido causados por alterações nas condições da água, depois das enchentes que assolaram o nordeste da Austrália no início do ano passado. O governo do Estado de Queensland ainda não apresentou explicações conclusivas sobre o assunto.

"Tem sido um ano de altos e baixos. Agora, a transformação econômica está em curso no Porto de Gladstone, com a indústria de GNL", afirma Leo Zussino, presidente executivo da GPC, em relatório de resultados.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Procura por kit-gás sobe 40%


De acordo com o Instituto, o preço da gasolina e do álcool está alto, o que impulsionou o uso do kit- gás para carros de passeio. O preço da gasolina atualmente está variando entre R$ 2,85 e R$ 2,90, já o etanol gira em torno de R$ 1,95 e o GNV está custando R$ 1,75. Oficinas que instalam o kit-gás em Niterói informaram que houve um aumento de aproximadamente 40% na procura pelo equipamento. Eles informaram que instalam cerca de 60 kits por mês. Os números são dos quatro primeiros meses desse ano, comparado ao mesmo período do ano passado. 

Segundo Soraya Santos, presidente do Ipem/RJ, o número de pessoas procurando o órgão por causa de dúvidas sobre o equipamento em seus veículos tem aumentado muito. Segundo a presidente, em todo o estado existem cerca de 150 estabelecimentos credenciados, sendo 80 somente na capital, para a instalação do kit. Ela destaca que não basta adquirir o kit, é necessário manter sua segurança. 

“Após realizar o reteste, o motorista deve procurar um Organismo de Inspeção (OI) para verificar se está tudo dentro das normas exigidas, e, em seguida, pegar o certificado para realizar a vistoria anual dos veículos”. 


O kit GNV custa em média R$ 2 mil e pode chegar a R$ 2,5 mil. Contudo, o valor economizado pelo uso do combustível pode ser muito mais vantajoso. De acordo com Paulo Roberto Costa, de 30 anos, proprietário de uma oficina especializada em instalação de kit-gás, houve um aumento de aproximadamente 40% no número de pessoas procurando o equipamento em sua oficina. “Percebemos um aumento absurdo nesses primeiros quatro meses. No ano passado, também vimos um número muito grande também comparado a 2010, foi basicamente 50% de aumento. Eu moro no Rio e economizo basicamente R$ 500 por mês com combustível. Entendo que é uma economia muito  grande”. 

Para Paulo Roberto, o aumento deve-se ao constante crescimento do preço da gasolina e ao preço do IPVA que é menor para carros com gás veicular. “Os benefícios são inúmeros, inclusive o IPVA de carros com gás é bem menor. O IPVA de um carro com gás é até 75% menor”. 

O frentista Gilberto Cunha, 45 anos, disse que o abastecimento de carros com gás veicular é bem maior que carros à gasolina. 

“Trabalho 12 horas por dia e abasteço basicamente 100 carros, posso dizer que 70 são a gás”. 

Cuidados - Não basta ter o benefício do gás, é necessário ter cuidado na instalação. De acordo com o Ipem deve ser observada ao adquirir o kit-gás se a empresa possui registro de certificação do Inmetro, que precisa estar em local visível. A presidente informou também que o Ipem/RJ realiza, a cada seis meses, operação de fiscalização nos estabelecimentos credenciados. Qualquer dúvida os consumidores devem ligar para o 0800-282-3040, que funciona de segunda a sexta, das 9h às l8h. 

Fonte: O Fluminense.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Frio na medida certa


Climatização bem dimensionada e com tecnologia adequada garante conforto e não pesa nas despesas 


Com a construção civil a todo o vapor, a procura por sistemas de climatização continua bastante movimentada. As empresas especializadas nesse segmento estão se desdobrando para atender os clientes. E como a participação do ar condicionado no consumo final de eletricidade em prédios corporativos e shoppings pode variar de 30% a 60%, o melhor caminho é recorrer a quem entende dessa tecnologia. 

A boa notícia é que o mercado hoje está abastecido com o que há de mais moderno no cenário mundial desse segmento. Os principais fabricantes estão presentes no Brasil, e os lançamentos demoram pouco tempo para desembarcar aqui. O preço dos equipamentos também teve queda sensível, sobretudo os de uso doméstico, os familiares splits. Os sistemas maiores também experimentaram recuo de preço, mas como mão de obra e outros itens envolvidos na montagem ficaram mais caros, o custo de instalação vem apresentando certa estabilidade. 

O mais importante é que a evolução tecnológica trouxe junto melhor desempenho de consumo. Os aparelhos atuais são mais eficientes e econômicos, destaca o presidente do Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores (DNPC) da Abrava e diretor da Pensar Engenharia, Fábio Takacs. “Os equipamentos mais antigos consumiam 1,09 kW/TR (tonelada de refrigeração) e hoje estão na faixa de 0,05 kW/TR.” 

Nos chamados edifícios inteligentes, dependendo do grau de sofisticação desejada, sensores diversos espalhados pelos andares fazem a leitura de parâmetros dos ambientes, permitindo um controle praticamente automático da quantidade de frio demandada ao longo do dia. O armazenamento dessas informações compõe um histórico importante, que vai auxiliar na hora de decidir um retrofit ou substituição. 

Ambiente destrinchado 

De forma bem resumida, a complexidade em climatização de grande porte começa pela avaliação cuidadosa dos ambientes e pelo dimensionamento da carga necessária para refrigerá-las. Segue pela escolha da tecnologia mais adequada a essas condições, passando ainda pela opção do tipo de energia a ser usado. E, claro, é indispensável a estruturação de um bom plano de operação e manutenção. Lembrando ainda que até mesmo a tarifa de água local é um dado importante nos cálculos para chegar a uma composição equilibrada. 

Takacs observa que o dimensionamento deve ser feito segundo a Norma NBR 16.401, da ABNT. As variáveis são muitas, e tudo tem de ser processado por aplicativos apropriados. O espaço em si é apenas um ponto básico que tem de ser complementado com informações sobre clima da região, condições de isolamento, insolação em janelas ao longo do dia, movimentação de pessoas, carga  térmica de iluminação e de equipamentos.  

Em edifícios corporativos, por exemplo, o adensamento de ocupação nos últimos anos vem 
aumentando significativamente. Passou de 7 m2 para 4,5 a 5 m2 por pessoa. 

Central e local 

Há um sistema certo para cada situação, e a consultoria especializada é que vai indicar as 
possibilidades. Para se ter uma ideia, os equipamentos podem ser de operação central – com distribuição de ar frio por dutos – ou de expansão direta, quando se bombeia líquido refrigerante pelas diversas dependências, e até equipamentos que fazem a troca de calor em cada ambiente, individualmente, possibilitando ajuste fino de temperatura local. 

O líquido refrigerante é outro aspecto importante. Recomenda-se preferência pelos que, em caso de eventual vazamento, afetem o menos possível a atmosfera, por conta de efeito estufa. Takacs salienta, no entanto, que nenhum deles hoje traz na composição o cloro, o principal inimigo da camada de ozônio. 

Manutenção é fundamental 

A manutenção e a operação de sistemas de ar condicionado não é tarefa trivial. Regatear 
competência nessa área pode afugentar clientes ou, pior ainda, custar danos à saúde de funcionários. Sem falar no preço salgado de uma manutenção emergencial que envolva a substituição de um equipamento chave. E, claro, se algo não vai bem, a conta de energia pode, sim, se transformar em pesadelo. 

Assim como na instalação, pesa muito na balança a experiência acumulada na hora de cuidar como se deve desses ativos. E ao longo do tempo também há perda de rendimento que pode indicar o momento de substituição. No entanto, para se ter ideia de como vale a pena tomar conta bem de perto, há complexos com 25 anos de operação. 

Graças à conectividade e à sofisticação tecnológica atual também é possível monitorar a distância o funcionamento das centrais de climatização. Ao sinal de que algo não vai bem, um técnico se desloca para verificar a necessidade de reparo antes que tudo pare de funcionar. 

Os contratos com empresas especializadas variam muito de formato, e há alternativas para todas as necessidades. Empresas como a Dalkia Brasil, por exemplo, que ingressou no mercado nacional em 1998, preferem tomar conta de tudo. A companhia se vale de contratos bem abrangentes porque entende que, afinal, num shopping ou prédio comercial, há ampla interdependência entre as utilidades. Sistemas obsoletos de iluminação podem levar a um maior esforço no sistema de climatização, que, por sua vez, se não contar com água de boa qualidade, movimentada por bombas sempre afinadas, corre o risco de perder vida útil mais rapidamente, esclarece Heloisa Bomfim, desenvolvedora de Negócios da Dalkia Brasil.  

Além de manutenção e operação, a empresa também executa projetos e orienta na substituição de equipamentos, entre outras demandas, como a avaliação de contratação de energia no mercado livre de energia. Também atuam nessa área de climatização Light Esco, Ecogen Brasil, BGF e Eficientysul. (A.C.S.) 

O melhor dos mundos 

A cogeração é um bom exemplo de eficiência. A partir de uma plataforma básica de produção termelétrica, é possível ter suprimento de outras utilidades. Há otimização do combustível, que pode ser gás natural ou óleo combustível.  

Ou seja, além de eletricidade, com o aproveitamento do calor residual do equipamento produz-se água quente, que é resfriada por meio de chillers de absorção. Esse tipo de chiller opera a partir de um processo químico, e não por compressão, como nos modelo elétricos. Portanto, a geração de frio para climatização de ambientes sai por um custo marginal, explica Nelson Cardoso, diretor da Ecogen Brasil, empresa que possui vários sistemas instalados pelo Brasil. 

Entretanto, a instalação de uma central de cogeração se aplica a situações que precisam ser bem estudadas, porque o investimento inicial é elevado. É indicada, por exemplo, para atividades que não podem depender apenas da eletricidade oferecida pela rede pública, caso de grandes complexos corporativos, indústrias, hotéis e shopping centers. 

A viabilidade do projeto envolve a análise de uma série de dados, porque o retorno positivo também depende do preço do gás, comparado à variação do valor da tarifa de energia elétrica ao longo do dia. Por razões ambientais, em grandes cidades dificilmente é possível operar com óleo combustível. 

Uma alternativa é buscar empresas que trabalham com o sistema Build Operate and Transfer (BOT). O investimento é todo feito pela companhia, que passa a cobrar pelas utilidades oferecidas. No fim do contrato de longo prazo, o sistema é repassado ao cliente. (A.C.S.) 

Gás ganha espaço 

A climatização a gás natural é razoavelmente nova no Brasil. Não apenas por conta da oferta do energético, que vem sendo ampliada gradativamente ao longo dos últimos anos, mas também em razão da disponibilidade de equipamentos apropriados. 

A Comgás, que atende atualmente 67 cidades de uma área de concessão composta de 177 municípios, vem desbravando o segmento com muita vontade. Há grande interesse no potencial desse uso final como forma de alavancar os negócios da companhia. Pedro Luiz da Silva Jr., gerente de Cogeração e Climatização da concessionária, conta que a Comgás não só dá suporte inicial aos interessados como vem buscando desenvolver e diversificar o mercado de equipamentos, trazendo mais fabricantes ao país.  

A melhor forma de aproveitar o gás em climatização, segundo ele, é por meio da cogeração, mas há os chillers movidos a gás (para centrais de água gelada) e também unidades individuais de expansão direta que usam a tecnologia Gas Heat Pump (GHP). Silva Jr. informa que a climatização a gás é possível tanto em edificações que começam do zero como em ampliações ou retrofit em caso de fim de vida útil do sistema existente.  

O executivo tem argumentos bastante convincentes para quem questiona o desembolso inicial mais alto na compra dos aparelhos a gás. O investimento é recuperado ao longo do tempo com um custo operacional menor, que varia entre 15% e 30%, comparativamente à alternativa elétrica.  

A confiabilidade do fornecimento pode ser conferida pelos indicadores de 2011: 12,18 horas/ano de interrupção para energia elétrica contra 0,089 hora/ano para o gás. E quanto à disponibilidade, o executivo lembra que a Petrobras está ampliando o sistema de compressão que envia o energético a partir da Bacia de Santos. “E mais novidades virão por aí no curto prazo”, promete. (A.C.S.) 

Fonte: Revista Brasil Energia 

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