quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Negociações da ENI E Anadarko com Moçambique para a exploração de gás decorrem “a bom ritmo”


As negociações dos contratos de exploração de gás natural na bacia do Rovuma entre o governo de Moçambique e os grupos concessionários, casos do italiano ENI e do norte-americano Anadarko Petroleum, estão a decorrer a bom ritmo, garantiu quarta-feira em Maputo a ministra dos Recursos Minerais.

“Até agora está tudo a correr bem e espero que essa tendência se mantenha até ao fim das negociações e que haja benefícios para todas as partes” referiu Esperança Bias, no decurso de um seminário destinado à apresentação do resumo do relatório que constitui o ponto de partida para um plano director do gás natural em Moçambique.



No âmbito dos projectos de exploração de gás natural, o Banco Mundial, em coordenação com o governo, contratou a ICF Internacional para desenvolver estudos para a elaboração de um plano director para o sector, sendo que a primeira versão do documento foi apresentada no ano passado.

De acordo com o matutino Notícias, de Maputo, no resumo apresentado quarta-feira para discussão e enriquecimento, são feitas cerca de 30 recomendações, algumas das quais descritas como sendo de grande prioridade.

Uma das recomendações críticas avançada pelos consultores é que as empresas e o governo devem acelerar as negociações para a execução dos projectos de liquefacção do gás em Palma, na província de Cabo Delgado, devido ao seu impacto na dinamização de outras iniciativas daquele sector energético.

Outra recomendação tem a ver com a necessidade de o governo decidir sobre qual a percentagem em dinheiro ou em espécie dos pagamentos ao Estado, tendo a ministra informada que a legislação moçambicana tem elasticidade suficiente para permitir percentagens diferenciadas.

“Se há projectos que podem utilizar gás então o pagamento poderá ser em espécie e caso não exista ainda capacidade de utilização do gás o pagamento será feito em dinheiro”, adiantou a ministra, que não avançou pormenores sobre as negociações bem referiu uma data para a sua conclusão. (macauhub)


Fonte: Macauhub (MO)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

GNV do Paraná fecha 2012 com menor preço do Brasil

O GNV distribuído no estado do Paraná foi o mais barato do país no mês de dezembro de 2012, desbancando o menor preço que vinha sendo praticado no estadio de  São Paulo. Desde maio do ano passado, o Paraná mantinha a segunda colocação no quesito e, em dezembro, assumiu a liderança do ranking de menores preços. Em  2012  paranaenses experimentaram uma economia média no uso do GNV de 55% em relação a gasolina e 57% em relação ao etanol.

Com a redução de gastos proporcionada aos motoristas, o número de conversões aumentou e o volume de vendas subiu em 2012. No ano, foram efetuadas 576 adaptações para o gás natural no Paraná, sendo Ponta Grossa o município que mais converteu veículos, com 275, seguido de São José dos Pinhais, com 110. Já o percentual de crescimento no volume de vendas no segmento veicular, em relação a 2011, foi de 3,91%. 

Atualmente, o Paraná conta com 42 postos revendedores de GNV, sendo 26 em Curitiba, 6 em São José dos Pinhais, 1 em Campo Largo, 2 em Ponta Grossa, 3 em Colombo, 2 em Paranaguá e 1 em Pinhais. Em Londrina, há um posto que comercializa GNV, porém o gás comercializado não é fornecido pela Compagas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Rede de gás do Paraná está disponível na internet


Além do traçado atual da rede de distribuição, são mostrados também os locais onde a companhia atende via gás natural comprimido (GNC) ou gás natural liquefeito (GNL), indicando inclusive a localização dos postos revendedores de Gás Natural Veicular (GNV) no Estado.
Indústrias e comércios que queiram se instalar no Estado podem saber onde o gás natural está presente e a possibilidade de contar com o combustível em futuras instalações. Além disso, concessionárias e empreiteiras que podem fazer uma consulta preliminar a escavações e assim evitar possíveis danos e interferências na rede de distribuição.
A novidade é útil para síndicos e condôminos que pretendem contar com o combustível em seus prédios. Mais informações na Central de Atendimento da Compagas pelo telefone 0800-643-8383.
O Portal da Transparência tem por finalidade atender à Lei de Acesso à Informação. O objetivo da legislação é oferecer ao cidadão o exercício do direito à informação pública, inclusive às provenientes de órgãos integrantes da administração indireta do Estado, caso da Compagas, que é uma sociedade de economia mista.


INVESTIMENTOS – Até 2014, o Governo do Estado vai investir R$ 247 milhões para ampliação da rede de gás natural no Paraná. O recurso integra o Programa de Modernização da Infraestrutura (Proinfra), que totalizará a aplicação de R$ 12,5 bilhões em melhorias na infraestrutura no Estado.
Nos próximos dois anos, devem ser construídos mais 150 quilômetros de tubulações de gás, para atender regiões como Carambeí/Castro e Lapa/São Mateus do Sul. Além disso, existe um projeto para levar gás a Paranaguá, no Litoral do Estado.
Desde 2011 foram investidos pela Compagas aproximadamente R$ 45 milhões em obras, construção, manutenção e modernização da rede de distribuição no Estado. De lá para cá a rede cresceu cerca de 50 quilômetros e chegou a 13 municípios (Curitiba, Ponta Grossa, Palmeira, Campo Largo, São José dos Pinhais, Balsa Nova, Araucária, Colombo, Paranaguá, Pinhais, São Mateus do Sul, Quatro Barras e Londrina).
A Compagas é a concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Estado do Paraná. É uma empresa de economia mista, tendo como acionista majoritária a Copel Participações S.A. (51%), a Gaspetro (24,5%) e a Mitsui Gás e Energia do Brasil (24,5%).


Fonte: Agência de Notícias do Paraná

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Gás de xisto – Energia suja


No início dos anos 2000, os americanos pagavam caro pelo gás que utilizavam para gerar eletricidade, aquecer suas casas e cozinhar seu jantar. Com os preços nas alturas, diversas empresas investiram na exploração de fontes não convencionais do recurso. Começava então o início do que pode vir a ser uma revolução na matriz energética não só dos EUA como de vários países, entre eles o Brasil, e diminuir sua dependência do petróleo importado do Oriente Médio e de outras regiões conturbadas do mundo. E a principal destas fontes é o chamado gás de folhelho, popularmente conhecido como gás de xisto {shalegas). Com depósitos potenciais de trilhões de metros cúbicos espalhados em bacias sedimentares ao redor do planeta, esse gás passou milhões de anos preso em camadas de rocha entre centenas e milhares de metros de profundidade. Apenas recentemente métodos que já eram usados na indústria petrolífera tradicional foram combinados com inovações para extraí-lo de forma comercialmente viável. A reboque disso, no entanto, crescem os temores de riscos ambientais ainda pouco conhecidos do modo como ele é explorado, assim como a preocupação de que, abundante, acessível e barato, acabe por desestimular os investimentos em fontes de energia limpas, como a eólica e a solar.
— Muito mais barato do que o petróleo, o gás de xisto pode trazer uma mudança profunda na matriz energética dos EUA e do mundo — destaca o consultor e ambientalista Fabio Feldmann. — As quantidades de reservas potenciais são gigantescas, assim como as preocupações ambientais. Se de fato superarmos os obstáculos da exploração, o cenário do mercado mundial de energia vai ser alterado radicalmente. Os EUA, por exemplo, podem ser autossuficientes em cinco anos, o que é quase amanhã. E se eles viabilizarem isso, o país ficará praticamente independente do Oriente Médio, o que também pode ter grandes consequências geopolíticas.
Alexandre Szklo, professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, explica, por sua vez, que o boom na extração de gás de xisto nos EUA se deve a características próprias da indústria petrolífera do país combinadas com os atrativos econômicos da valorização desse combustível. Tais fatores levaram a produção americana a crescer de 11 bilhões de metros cúbicos em 2000 para quase 140 bilhões de metros cúbicos em 2010, um aumento de mais de dez vezes em uma década. Isso faz com que as fontes não convencionais já respondam por 23% de todo gás natural extraído nos EUA, com a perspectiva de dobrar essa proporção até 2035. E a expectativa é que já em 2014 as importações de petróleo do país atinjam o menor nível em 25 anos.
— Havia um acúmulo de conhecimento das técnicas usadas na exploração, que também estava pulverizado entre várias empresas de pequeno e médio porte que prestam serviços para a indústria — aponta Szklo. — Além disso, o perfil de produção do gás de xisto é diferente dos poços tradicionais, com 50% do volume disponível podendo ser extraído logo nos primeiros dois anos de operação, o que dá um retorno financeiro muito rápido ao investimento, principalmente diante dos altos preços do início dos anos 2000. Por fim, as bacias produtoras estão localizadas em terra, com fácil acesso à malha de transporte, como gasodutos, que já está amortizada.
Szklo salienta ainda que as leis americanas para aproveitamento das riquezas no subsolo ajudaram neste processo. Diferentemente do Brasil, onde estes recursos são propriedade da União, independentemente de quem sejam os donos da terra, nos EUA os proprietários de terrenos também são donos do que está abaixo deles. Já as regras para exploração são ditadas principalmente pelos estados, com as empresas encontrando condições favoráveis para o trabalho em locais como o Texas e a Pensilvânia, onde estão duas das maiores bacias produtoras do país, Barnett e Marcellus Shale. Esta última, inclusive, acabou de ser liberada para exploração pelo estado de Nova York, que vê nela a alternativa para atender à crescente demanda por energia para iluminar “a cidade que nunca dorme”
— Todas essas condições fizeram com que o setor crescesse rapidamente nos EUA e houvesse um processo de consolidação, com as grandes empresas de petróleo comprando as pequenas e médias pioneiras, dando ainda mais força para este crescimento — avalia o professor da Coppe.
Szklo ressalta, no entanto, que o cenário de exploração rápida e barata do gás de xisto não deverá se repetir em outras partes do mundo, pois elas não têm as características que impulsionaram a indústria nos EUA.
De acordo com ele, isso pode adiar a esperada guinada na matriz energética mundial, mas o professor da Coppe acredita que eventualmente estes vastos depósitos acabarão explorados como parte de um esforço de muitos países para garantir sua independência energética.
Mesmo sem as características que impulsionaram a extração de gás de xisto nos EUA, vários países do mundo também esperam ver no recurso a saída para seus problemas energéticos. A Alemanha, por exemplo, pretende usar o gás vindo da vizinha Polônia (que deverá ser o primeiro pais europeu a regulamentar a sua exploração ainda este ano) para alimentar novas usinas geradoras de eletricidade que substituiriam as suas atuais plantas nucleares, em processo de desativarão após o desastre de Fukushima, no Japão
Estudo da Administração para Informação sobre Energia americana (EIA) indica que os depósitos de gás de xisto em 32 nações pode passar de 163 trilhões de metros  cúbicos (Tm3) . Sornada às reservas provadas mundiais de gás convencional, de 180 Tm3, a quantidade seria suficiente para suprir as necessidades globais por ate 200 anos. Mas tudo isso não passa de extrapolação das características encontradas nas bacias sedimentares americanas. No Brasil, a EIA estima que só na Bacia do Paraná estejam guardados  cerca de 6,4 Tm3, ou mais de 12 vezes as atuais reservas provadas de gás natural, de 450 bilhões de metros cúbicos. Szklo, porem, alerta que ainda e muito cedo para se pensar em números deste tipo. Segundo ele, com 7,5 milhões de quilômetros quadrados de bacias sedimentares em terra e mar, o potencial brasileiro é realmente grande, mas apenas 6% desta área tem sua geologia bem conhecida, com 16% de forma intermediaria e 78% desconhecidas.
- Estamos ainda em um processo muito inicial da fase de prospecção entao e muito difícil fazer uma estimativa do volume destes recursos no país – diz
Não consultada no levantamento da EIA, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também e cautelosa quanto as estimativas. Segundo o órgão, estudo preliminar das bacias de Parecis, Parnaíba e do Recôncavo indica potencial de 5,6 Tmde gás de xisto nas três. “0 Brasil tem chances de se tornar um produtor importante de gás não convencional, mas ainda estamos Ionge de poder afirmar que teremos reservas deste ou daquele tamanho. 0 que temos no momento são apenas possibilidades que ainda devem ser confirmadas’; informou a ANP.
E esta confirmação pode vir em breve. No pré-edital de sua 11ª rodada de licitações, prevista para maio, a ANP incluiu entre os blocos ofertados áreas consideradas novas fronteiras para produção não convencional de gás. Além disso, as empresas brasileiras do setor começam a se mexer. Em evento no Rio no fim de janeiro, Winston Fritsch, presidente da Petra Energia, afirmou que, em abril, a empresa começa os primeiros testes para exploração de gás de xisto em blocos adquiridos em leilões anteriores na Bacia do São Francisco. Caso tenha sucesso, a ideia é iniciar a produção comercial em 2015.
- Precisamos nos apoderar do subsolo do nosso país. Sabemos que (o gás de xisto) e uma coisa que não podemos deixar para trás – reforçou Magda Chambriard, diretora geral da ANP, também em evento em janeiro, reconhecendo, porem, que o país ainda trabalha “com menos informações do que gostaríamos” sobre a exploração desse gás em terra.
Mas se, do ponto de vista da independência energética, o gás de xisto é visto como a salvação; do !ado ambiental, ele pode rapidamente virar vilão. Vazamentos de metano, contaminação de mananciais de agua e até terremotos já foram associados aos métodos usados na extração. Essas técnicas consistem na injeção de grandes quantidades de agua, areia e aditivos químicos em alta pressão no solo por meio da perfuração horizontal. Isto provoca rachaduras nas camadas subterrâneas de xisto argiloso, permitindo que o gás que estava preso possa escapar.
- Dependendo do poço são necessários de 8 a 20 milhões de litros de água para fazer o fraturamento, e 0,5% disso é de aditivos – conta Szklo. – Então, temos até 100 mililitros  de produtos químicos sendo injetados na terra em cada poço que podem percolar (infiltrar) e contraminar reservatórios de água, com efeitos que ainda precisam ser estudados.
Nos EUA, denúncias de contaminação da água aumentam a pressão por maior regulamentação federal  da atividade  e pesquisa apontou que 66% da população já defendem regras mais estritas. Em resposta, o governo Barack Obama está revisando as regulações e, enquanto a indústria reage: em reunião depois da reeleição do presidente, representantes do setor se disseram preocupados com incertezas no marco regulatório.
Outra apreensão em torno da guinada da matriz energética mundial rumo ao gás de xisto é que ele não deixa de ser um combustível fóssil emissor de gases-estufa, lembra o consultor e ambientalista Fabio Feldmann:
- A Alemanha, por exemplo, estudava grandes investimentos em fontes renováveis para substituir suas usinas nucleares, mas com gás disponível e barato elas se tornarão uma opção menos competitiva e atraente neste momento de transição da matriz energética. Teremos então um cenário de menor investimento em tecnologias alternativas que poderiam levar ao seu barateamento e aumentar sua competitividade com relação aos combustíveis fósseis, em um ciclo que manterá o mundo focado em fontes sujas.


Fonte: O Globo

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Londrina autoriza construção de gasoduto

Após mais de um ano da instalação da Unidade Autônoma de Gás Natural (UAG) e fornecimento a uma indústria em Londrina, a Prefeitura autorizou a construção de gasodutos na cidade, integrando também o município de Cambé.


Na última semana, o diretor-presidente da Compagas, Luciano Pizzatto, recebeu o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, o Secretário de Obras e Pavimentação da cidade Sandro Paulo Marques de Nóbrega e presidente e diretor de desenvolvimento econômico da Companhia de Desenvolvimento de Londrina (CODEL), Bruno Veronesi e Marcello Paes Barreto na sede da companhia. Os visitantes entregaram o alvará que permite a construção de um gasoduto de cerca de 6 km para transporte de gás natural em Londrina.
As obras devem ser iniciadas até março, com investimentos de cerca de R$ 6,7 milhões pela Compagas, e o assunto agora é tratado como prioridade por Kireeff O prefeito reiterou o desejo do município de ampliar a estrutura de gás canalizado como forma de atrair investimentos e geração de empregos, tendo recebido do governador Beto Richa total apoio e prioridade para que a Compagas invista na região.