quarta-feira, 26 de março de 2014

Portugal pode ser “porta de entrada privilegiada” para gás natural dos EUA

Expectativas para o acordo comercial entre Europa e Estados Unidos passam pelo fim das restrições à exportação de gás natural dos Estados Unidos.
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, defende que Portugal poderá ser uma “porta de entrada privilegiada” para futuras exportações de gás natural norte-americanas, se as restrições à sua comercialização caírem com a assinatura da parceria transatlântica entre os Estados Unidos e a Europa.
À margem do seminário realizado nesta segunda-feira em Lisboa sobre o impacto da parceria transatlântica (TTIP), Bruno Maçães disse ao PÚBLICO que, na próxima visita a Washington, dentro de duas semanas irá “insistir neste tema”.
“Por um lado, as restrições à exportação de energia do lado americano têm de ser eliminadas e, por outro, os Estados Unidos terão de investir em infra-estrutura, sobretudo em terminais de gás liquefeito”, disse o governante.

 “Nessa altura, a costa atlântica portuguesa será um ponto de entrada privilegiado dessa energia na Europa”, explicou Bruno Maçães, sublinhando ainda o potencial de diminuição dos custos energéticos e de reforço da competitividade da indústria europeia com esta fonte de energia mais barata.
Na sua intervenção no seminário, Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal destacou que o TTIP é um momento chave para que Europa e os Estados Unidos salvaguardem “a dimensão estratégica e política da segurança do abastecimento energético do ocidente”, colocando-a a salvo “de chantagens russas e do médio oriente”.
O presidente da Endesa notou que nos Estados Unidos existem neste momento duas forças distintas. Existe um lóbi industrial que vê reforçada a sua competitividade face às empresas europeias, mas também “uma indústria petrolífera e gasista que fica asfixiada por preços baixos”.
Considerando que “as restrições [norte-americanas] às exportações de hidrocarbonetos impostas desde os anos 70, em consequência dos choques petrolíferos, já não fazem qualquer sentido”, Nuno Ribeiro da Silva defendeu que é chegada a hora de Estados Unidos e Europa se entenderem sobre um dossier de “importância crítica”, para que o gás natural deixe de ser “utilizado como arma política”.

Fonte: Público.pt

segunda-feira, 24 de março de 2014

Portugal: Caminhões do McDonalds vão ser os primeiros a utilizar gás natural

A HAVI Logistics, a empresa que transporta produtos alimentares para o McDonalds e Ikea ou ainda as pipocas para os cinemas Zon Lusomundo, vai passar a usar gás natural em vez de gasóleo nos seus caminhões de mercadorias. A multinacional fechou um acordo com a Dourogás, a empresa do norte que detém a Goldenergy, para abastecer toda a sua frota em Portugal, num total de 15 veículos.
“Temos uma preocupação com a sustentabilidade e com a inovação, mas não sejamos hipócritas, existe uma clara poupança associada a esta decisão”, disse ao Dinheiro Vivo, o gerente desta empresa, explicando que, face ao gasóleo, podem poupar-se uns 15 a 20 cêntimos por litro de utilização em frotas que fazem 200 mil quilômetros por ano”.
Aliás, diz o responsável que as poupanças são tão significativas que “o investimento paga-se no primeiro dia em que começa a funcionar”. E o investimento é grande.

 “Isto requer vários milhões de euros. A substituição de cada viatura custa entre 140 a 150 mil euros, já incluindo o equipamento para transporte alimentar”, adiantou Carlos Mendonça. Contas feitas, a empresa irá gastar 2,3 milhões de euros neste processo.
É por isso que, para já, a HAVI Logistics terá apenas três caminhões a circular a gás natural, e os restantes ao longo dos próximos três anos.
Primeira empresa de logística
O investimento da HAVI Logistics surge agora porque a Dourogás inaugura, em maio, um novo posto de abastecimento a gás natural veicular (GNV) em Portugal. Fica no Carregado, muito perto da sede da multinacional, custou 1,5 milhões de euros e não será apenas para abastecer a HAVI Logistics.
Fonte: Dinheiro Vivo

terça-feira, 18 de março de 2014

Compagas anuncia investimento de R$ 84 milhões para este ano

A Compagas aprovou um orçamento de R$ 84,2 milhões para este ano, mais que o dobro dos investimentos realizados em 2013.
Na Região Metropolitana de Curitiba, a companhia prevê R$ 17,6 milhões para construção de 21,2 km de rede nos municípios de Quatro Barras, Colombo, Pinhais e Campina Grande do Sul. O projeto total na região contempla 33,1 km.
No interior, serão investidos R$ 20,4 milhões na região dos Campos Gerais. O gasoduto Ponta Grossa-Carambeí deve ser construído a partir de maio e contempla um total de 30,22 km, dos quais 12 km serão executados em 2014. O projeto como um todo, que se estende até Castro, compreende 45,6 km de rede.


O presidente da Compagas, Luciano Pizzatto também previu demais investimentos destinados ao interior que incluem a conclusão dos projetos executivos para futuro atendimento aos municípios de São Mateus do Sul e Lapa. Obras de relocação da rede de distribuição existente deverão demandar R$ 3,1 milhões.
Atualmente, a Compagas conta com mais de 640 km de rede de distribuição e atende 14 municípios do Paraná.
Contrato
A empresa Goetze Lobato Engenharia venceu a licitação para o serviço de construção e montagem do ramal Ponta Grossa-Carambeí, de 30 km. A empresa, já habilitada, superou as concorrentes Azevedo & Travassos e a Geometral.

Fonte: Energia Hoje

segunda-feira, 17 de março de 2014

Para mais de 60% da população, gasoduto trará desenvolvimento

Com anúncio do governo de Minas no fim do ano passado sobre o gasoduto Betim-Uberaba, o Instituto Ápice, a pedido do Jornal da Manhã, saiu às ruas para verificar a percepção dos uberabenses sobre o projeto. A pesquisa revela que mais da metade da população espera uma nova fase de desenvolvimento do município com a chegada do gás.

O coordenador do Instituto Ápice, Luiz Cláudio Campos, afirma que duas perguntas foram apresentadas aos entrevistados. A primeira foi realizada na modalidade espontânea, ou seja, sem a apresentação de alternativas por parte do pesquisador. O objetivo era identificar se a população tinha conhecimento sobre o anúncio da obra.

Conforme o levantamento, 54% das pessoas apontou espontaneamente que o gasoduto foi a grande obra anunciada para Uberaba no fim do ano passado, enquanto 37% não souberam responder e 9% indicaram outros projetos.

No recorte aprofundado, Luiz Cláudio afirma que foi possível observar que o assunto está mais difundido entre os mais escolarizados. Das pessoas com ensino superior concluído ou incompleto, 75% indicaram o gasoduto como a principal obra anunciada para Uberaba.

Já no segundo momento, os entrevistados foram estimulados a opinar qual será a perspectiva de desenvolvimento esperada com a chegada do gás. Mais de 60% da população acredita que o município terá um grande progresso a partir do gasoduto, 17% avaliaram que o crescimento será médio, 2,5% responderam que a expectativa é pequena e 1,5% disse não ter qualquer perspectiva por causa do projeto. 
Outros 18% não souberam se manifestar sobre o assunto.

De acordo com o coordenador da pesquisa, a análise detalhada das variáveis aponta otimismo dos uberabenses sobre geração de emprego e renda por causa do gasoduto. “Nas faixas etárias entre 25 a 34 anos, por exemplo, 70% acreditam em um grande desenvolvimento. Já entre 35 a 44 anos, 81% esperam também em um novo ciclo de desenvolvimento com o gasoduto. Então, podemos identificar uma visão otimista do ponto de vista de potencial de trabalho nos grupos populacionais de maior produtividade econômica”, salienta.

O Instituto Ápice entrevistou 400 pessoas em Uberaba no período entre 29 e 31 de janeiro. A margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.


Fonte: Jornal da Manhã Online